Última atualização em 4 de agosto de 2013
[imagem] Há exatos vinte dias, uma festa de arromba marcou a posse do novo governo municipal, comandado pelo ex-prefeito Edson Moura, através do filho Edson Moura Júnior, que foi diplomado no lugar do pai ficha-suja confesso. Quinze dias depois, os “Dois Prefeitos” decidem cortar as subvenções (verbas públicas) do Centro de Ação Comunitária (CACO) e Associação para Infância e Juventude (AIJ), sob o pretexto de que as entidades devem caminhar com as próprias pernas. Segundo os “Dois Prefeitos”, todos os serviços prestados pelo Caco e AIJ serão executados pela Secretaria de Promoção Social, hoje, comandada pela ex-primeira-dama Maria Regina Ferreira de Mattos e Moura. Será assim mesmo?
Por que os “Dois Prefeitos” resolveram sacrificar os funcionários das entidades e a população assistida por elas, sem dar a menor explicação? Por que os “Dois Prefeitos” não prepararam primeiro as entidades para as mudanças, em vez de dizerem friamente “SE VIREM, POIS NÃO TEMOS NADA A VER COM VOCÊS?” O quê os “Dois Prefeitos” pretendem fazer com o dinheiro tirado do Caco e da AIJ? Se na visão dos “Dois Prefeitos” entidades assistenciais devem caminhar com as próprias pernas, por que somente o Caco e a AIJ foram atingidas?
Além do Caco e AIJ, hoje, a Prefeitura repassa dinheiro para outras 11 (onze) entidades assistenciais do município: Associação Cultural Educacional Abadá Capoeira, Associação Protetora dos Animais São Francisco de Assis, Associação Educacional e Cultural de Capoeira Rainha do Engenho, Bezerra de Menezes, Aupacc (Amigos Unidos por Amor Contra o Câncer), APAE, Casa do Menor Padre Antonio Caetano Magalhães, Corporação Musical Santa Cecília, Ciadapte, Associação Assistencial de Paulínia, Paulínia Racing Bicicross. Será que os “Dois Prefeitos” pretendem cortar também o dinheiro destas entidades? O Orçamento 2013, aprovado pela Câmara Municipal de Paulínia em dezembro passado, destinou R$ 23.500.000,00 (vinte e três milhões e quinhentos mil reais) para serem gastos com subvenções sociais.
Além de fraca e imoral, será que a justificativa apresentada pela “administração dupla” para cortar o dinheiro do Caco e da AIJ não esconde os verdadeiros motivos por trás de tudo isso? Desde que perdeu o comando das duas entidades, a família Moura (leia-se Edson e Regina Moura) não fez outra coisa a não ser atacar os gestores que lhes sucederam nas entidades. Para eles, ninguém tem competência para nada, ninguém faz nada que preste.
Em 2012, ano eleitoral, a ex-presidente do Caco Regina Moura saiu em defesa da entidade, criticando diversas vezes em redes sociais da internet a gestão de sua sucessora Fernanda Aranha. Para a ex-primeira-dama, simpatizantes dela e do marido foram demitidos por perseguição política, a cesta oferecida pelo Caco caiu de qualidade, os programas criados por ela foram abandonados, entre outras “críticas-denúncias”. Enquanto isso, a entidade continuava atendendo a população plenamente.
O ex-vereador Bonavita (PMDB) e então pré-candidato a Vice de Edson Moura (pai) também mirou contra o Caco em pleno ano eleitoral, acusando a entidade de esconder cestas básicas da população. Como relator da Comissão de Finanças da Câmara, Bonavita segurou o Projeto de Lei 90/11, que autorizava o repasse de dinheiro público não apenas para o Caco, mas para todas as demais entidades subvencionadas pela Prefeitura, prejudicando centenas de funcionários e a população. O “PL das Subvenções”, que deveria ter sido aprovado em dezembro de 2011, só foi dia 20 de janeiro de 2012, depois que a falsa denúncia das cestas foi desmentida.
Na era Edson e Regina Mattos o Caco foi administrado em família. Cunhada, sobrinho e nora da ex-presidente, ex-cunhada, sobrinha e prima do ex-prefeito recebiam salários generosos da entidade. Até o atual secretário dos Negócios Jurídicos da Prefeitura, Arthur Augusto de Campos Freire, foi funcionário do mesmo Caco, que hoje ele desdenha em obediência aos “Dois Prefeitos”. Não podemos esquecer que antes da troca de alianças entre Edson e Regina, na Casa de Campo do The Royal Palm Plaza, a presidente do Caco era Cristina Moura, irmã do ex-prefeito.
Agora, que parte de seus integrantes e amigos não está mais na folha de pagamento do Caco, a família Mattos Moura condena a entidade à falência, sob a alegação de que a Prefeitura não tem e não terá vínculo com a entidade. Orcídia Gaeta de Mattos, cunhada da ex-presidente Regina, era funcionária comissionada da Prefeitura no então governo Moura, entretanto, atuava como Diretora do Pronto Para o Trabalho do Caco. Isso não era um vínculo?
Diante destes fatos, é impossível não imaginar que por trás do corte do dinheiro do Caco existe um forte desejo de vingança contra aqueles que ousaram divergir politicamente da família Mattos Moura. Enquanto serviu de arma contra adversários políticos, o Caco importou e muito para eles. Agora não importa mais. O normal seria a primeira-dama Thaiz Moura assumir a presidência da entidade e consertar tudo o que achasse de errado e não investir contra trabalhadores e a população carente. Por que não assumiu? Será que a Promoção Social executará mesmo todos os programas do Caco ou vai terceirizá-los (com os milhões tirados do Caco) para alguma nova ONG ligada a alguém de confiança da poderosa família? A sociedade estará de olhos bem abertos para qualquer tentativa de golpe, neste sentido.
Com o filho Samuel Ayala, de apenas um mês, no colo a dona de casa Erika Aparecido (foto) representa todas as famílias que serão penalizadas pela truculência do governo Moura (pai e filho). Moradora do Jardim Flamboyant (Nosso Teto), Erika foi ao Caco buscar agasalho de frio para o filho recém-nascido, justamente no dia (31 passado) em que a entidade recebeu o “AVISO DE CORTE”. “Esta notícia é muito triste, pois o Caco sempre ajudou as pessoas carentes”, lamentou ela. Mesmo com o atendimento paralisado, devido a reunião, a assistência social do Caco atendeu a dona de casa.
Mas acima do sentimento de todas as famílias carentes assistidas pelo Caco e AIJ está a “VONTADE SOBERANA” de “dois prefeitos”, que chegaram ao poder aplicando mais um “conto do vigário” na população: o “SORRIA PAULÍNIA”. Seria o caso de sorrir mesmo ou de chorar?
Foto: Lucas Rodrigues/CP Imagem
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