Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
Sem pandemia e eleições, 2020 teria sido o ano de K9 Stallone

Última atualização em 5 de janeiro de 2021

Booooooooooooaaaaaaaaaooooa nooooooooooooooooooooooooite, meus amooooooooooooooooooooores. Nesta primeira edição de 2021, vamos relembrar alguns dos principais fatos que marcaram Paulínia City em 2020, o ano mais impactante de nossas vidas. Era pra ter sido apenas mais um ano de disputa pelas Prefeituras e Câmaras do país, tanto que começamos perguntando, no dia 3 de janeiro, quantos vereadores seriam reeleitos em 4 de outubro, e adiantando três possíveis candidatos ao Poder Executivo local. Entretanto, infelizmente não foi. A pandemia de um vírus completamente desconhecido e aterrorizante chegou antes das urnas, roubou a cena e mais de 193 mil vidas no país, incluindo as de 89 paulinenses, até o dia 31 de dezembro.

  

SAÚDE. Ao longo de 2020, a Prefeitura Municipal de Paulínia (PMP) investiu pesado para melhorar a qualidade dos serviços prestados aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) da city. Logo em janeiro, o prefeito Du Cazellato (PL) autorizou uma compra emergencial de medicamentos, no valor de R$ 1.033.268,66, para abastecer as farmácias do hospital e das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A partir daí, foram inúmeras aquisições de remédios que compõem uma cesta com mais de 600 itens – uma das maiores do país – fornecidos de graça à população.
2020 foi também o ano dos mutirões de cirurgias, organizados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Só de catarata foram 182 procedimentos realizados, segundo a pasta. Inúmeras mulheres passaram por cirurgias ginecológicas, e o mutirão para retirada do dente do siso, na unidade central de odontologia, atendeu pelo menos 120 pessoas. Após cinco anos sem fazer e com uma centena de pacientes na fila de espera, o Hospital Municipal de Paulínia (HMP) retomou as cirurgias de joelho e ombro, o que foi muito comemorado pelo médico Eduardo Rached, chefe de Atenção da Ortopedia-Traumatologia do HMP.
Mas quem dera que o maior desafio da gestão da saúde pública, no ano passado, tivesse sido apenas os velhos e conhecidos problemas que insistem em afetar o setor mais essencial à população. No dia 30 de janeiro, veio à tona o PRIMEIRO CASO DE UM MORADOR DA CIDADE SUSPEITO DE TER CONTRAÍDO O NOVO CORONAVÍRUS: um empresário de 45 anos, recém-chegado de uma viagem à Pequim, capital da China, onde começou a trágica pandemia da Covid-19
No dia seguinte (31), a SMS divulgou o segundo caso suspeito na city: uma enfermeira de 30 anos, que participou do atendimento ao empresário, em um hospital particular de Campinas. Ambos foram colocados em isolamento domiciliar, submetidos a exames da Covid-19 e, felizmente, testaram negativo para a doença. Entretanto, embora descartados, os primeiros casos suspeitos sinalizaram que a chegada da pandemia em Paulínia era só uma questão de tempo
No dia 19 de março, Paulínia registrou o primeiro morador da cidade diagnosticado com a Covid-19: um homem de 36 anos, que buscou atendimento na rede privada de saúde de Campinas, onde trabalhava. Nesse mesmo dia, o prefeito Du Cazellato (PL) decretou o fechamento do comércio e serviços não essenciais da cidade, por 180 dias, e o Comitê de Enfrentamento e Prevenção ao Coronavírus, criado três dias antes, anunciou a suspensão das aulas na rede municipal de ensino, por tempo indeterminado, visando retardar a propagação da doença na cidade.  No dia 25 de março, a Covid-19 matou o primeiro paulinense: um homem, de 73 anos, morador de Betel. Entretanto, o óbito só foi divulgado pela SMS no boletim epidemiológico de 22 de abril, após o Instituto Adolfo Lutz oficializar a doença como a causa oficial da morte do idoso.

À essa altura, Paulínia já havia adotado outras medidas cruciais para atender seus pacientes da melhor forma possível e, sobretudo, salvar o máximo de vidas.  Logo no começo da pandemia, sob o comando do renomado médico sanitarista Fábio Alves, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) instalou Unidade Respiratória, Enfermaria Respiratória, Clínica e UTI exclusivas para a Covid-19, no HMP. Produziu e distribuiu para a população material informativo com medidas contra o contágio do novo coronavírus, válidas até hoje: usar máscara de proteção, higienizar as mãos com álcool em gel, sair de casa só quando realmente for necessário, manter o distanciamento social, e evitar aglomerações. 


Segundo o Portal da Transparência Covid-19, nos primeiros nove meses de pandemia, Paulínia investiu mais de R$ 12 milhões no combate à doença. No dia 1º de abril, quando a city registrava apenas quatro casos confirmados de infecção, a SMS autorizou a compra de 20 mil testes rápidos, e realizou a maior testagem em massa da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Para ampliar a capacidade de Paulínia examinar sua população, a SMS adquiriu ainda o equipamento que realiza o RT-PCR, exame que detecta com maior exatidão a presença do novo coronavírus, por meio de secreções coletadas do nariz e da garganta. Até então, o município dependia do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para esse tipo de procedimento.  
A Lei Federal 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, e o Decreto Municipal 7.781 (Estado de Calamidade Pública), de 31 de março de 2020, permitiram que materiais, equipamentos e insumos hospitalares, imprescindíveis para atender a população e os profissionais de saúde, fossem comprados com a urgência exigida pela pandemia. Permitiram ainda a contratação temporária de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, entre outros) para reforçar a equipe na linha de frente do combate à Covid-19.
De março a dezembro passados, o novo coronavírus infectou 5.118 paulinenses e, destes, infelizmente, 89 morreram –  média de 9,8 óbitos por mês. A vítima mais jovem da Covid-19, na city, foi um rapaz de 26 anos, morto no penúltimo dia do ano. Do total de infectados em 2020, 4.926 venceram a doença, e outros 82 passaram a virada do ano em tratamento, sendo 17 internados no HMP e 65 isolados em casa
POLÍTICA. Além de transferir a votação de 4 de outubro para 15 de novembro, bem como alterar outras datas importantes do Calendário eleitoral 2020, a pandemia do novo coronavírus exigiu dos milhares de candidatos aos Poderes Executivo e Legislativo, país afora, uma campanha com distanciamento social e sem aglomeração de eleitores. 
Em Paulínia, dos dezoito partidos que disputaram o pleito apenas cinco optaram por convenções virtuais. As demais legendas escolheram seus candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores de forma presencial, mas exigiram máscaras de proteção e disponibilizaram álcool em gel para convencionais e convidados.  Vários candidatos a vereador realizaram reuniões com eleitores, mas também adotaram medidas de prevenção. 
Durante os cinquenta dias do período eleitoral, de 27 de setembro a 15 de novembro, Paulínia registrou 675 novos casos de Covid-19 e mais cinco paulinenses mortos pela doença, contra 1.074 novos casos confirmados e mais 33 óbitos registrados no mesmo período anterior, de 8 de agosto a 26 de setembro. 
Seis candidatos disputaram a Prefeitura de Paulínia City: Dr. Gustavo Yatecola (Patriota), Du Cazellato (PL), Edson do PT (PT), Nani Moura (MDB), Renato Cardoso (PDT) e Robert Paiva (REDE). Já as 15 cadeiras da Câmara de Vereadores foram disputadas por 289 candidatos, incluindo 12 dos 15 parlamentares da legislatura passada. Com 100% das urnas apuradas pela Justiça Eleitoral, veio a resposta da pergunta que fizemos no dia 3 de janeiro. SETE PARLAMENTARES FORAM REELEITOS: Tiguila Paes (Cidadania), Fábio Valadão (PL), José Soares (Republicanos), Edilsinho Rodrigues (Solidariedade), João Mota (DC), Flávio Xavier (PODE) e Zé Coco (PSB).  
Danilo Barros (PL), Marcelo D2 (DC) e Marquinho Fiorella (PSB) não disputaram novos mandatos. Fábia Ramalho (PODE), Loira (DC), Marcelo Souza (PSB), Xandynho Ferrari (PODE) e Manoel Filhos da Fruta (Solidariedade) não conseguiram se reeleger. Assim, Paulínia elegeu oito novos vereadores: Fábio da Van (Cidadania), Alex Eduardo (Solidariedade), Gibi Professor (PTB), Pedro Bernarde (Cidadania), Messias Boi (PL), Helder Pereira (PL), Grilo (MDB) e Cícero Brito (MDB). 
Entretanto, a marca histórica das Eleições 2020 foi fixada pelos 26.932 votos que reelegeram a chapa Du Cazellato (PL) e Sargento Camargo (PSL) para a Prefeitura da City. Além de derrotar, pela segunda vez consecutiva, a emedebista Nani Moura, candidata e esposa do ex-prefeito Edson Moura, Cazellato assumiu o topo da lista dos políticos mais influentes e respeitados da city, até então, ocupado pelo baiano que governou o município três vezes, ajudou eleger três prefeitos, e ainda elegeu o filho, Edson Moura Junior, em 2012.  Dez dias após a eleição, esta coluna destacou os principais recados dados pelos eleitores, por meio das urnas 2020. Se você ainda não leu, CLIQUE AQUI e leia.

Dos 79.885 eleitores paulinenses aptos ao voto no ano passado, 18.391 (23,02%)  não foram votar (abstenções), e 61.494 (76,98%) compareceram às urnas. Destes, 55. 888 (90,88%) votaram nos candidatos de sua preferência, e 5.606 (9,12%) votaram branco (2.054) ou nulo (3.552). Somando abstenções, nulos e brancos, 23.997 (30,04%) eleitores não escolheram candidatos no pleito 2020, contra 17.732 que tiveram o mesmo comportamento na disputa regular de 2016. Os eleitos foram diplomados pela Justiça Eleitoral, dia 15 de dezembro, e empossados pela Câmara de Vereadores, na última sexta-feira (1º). 
TRANSPORTES.  Na estreia, dia 11 de janeiro, como a nova empresa de ônibus da city, a Terra Auto Viação irritou o prefeito Du Cazellato (PL) e causou vários transtornos aos passageiros, principalmente cadeirantes.  Além de sujos, quebrados, sem cobradores e atrasados, os veículos circularam com nomes de bairros do Rio de Janeiro, como Cidade de Deus, Méier, Copacabana, entre outros. No mesmo dia, à noite, Cazellato foi às redes sociais, e desabafou: “Confesso que com decepção pude ver que faltou por parte da empresa planejamento, limpeza e identificação de itinerários”.
A própria Terra Auto Viação divulgou nota pedindo desculpas à população pelos transtornos causados, e prometeu melhorar a qualidade do serviço. De fato, de lá para cá, as reclamações diminuíram, mas o transporte de passageiros da city ainda precisa melhorar muito. Em ano eleitoral, o caos provocado pela empresa  foi um prato cheio para a oposição, que explorou o assunto, exaustivamente, até o último dia de campanha. Entusiasmada com os proveitos políticos que a situação poderia lhe render, a emedebista Nani Moura chegou a dizer que Marcopolo, a fabricante de ônibus, era um bairro do Rio de Janeiro, e as redes sociais não perdoaram a gafe cometida pela então candidata à prefeita. 
Faltando 15 dias para 2020 acabar, a administração Du Cazellato (PL) realizou audiência pública sobre a licitação que, segundo o secretário de Transportes, João Victor Teixeira, vai  contratar uma nova empresa de ônibus para a city, ainda este ano. Durante a audiência, Teixeira adiantou detalhes do edital da concorrência pública, cujo lançamento, de acordo com ele, está previsto para acontecer neste mês de janeiro. A futura concessionária do transporte público de passageiros deverá operar com uma frota de 56 ônibus, todos zero quilômetro, com ar-condicionado e adaptados para atender pessoas com deficiência. Além disso, os veículos deverão estar equipados com sistema de bilhetagem eletrônica com identificação facial, GPS e Wi-Fi. Até lá, a Terra segue prestando o serviço. 

SEGURANÇA PÚBLICA. As ações das Polícias Civil e Militar e da Guarda Civil (GC) de Paulínia fizeram a segurança pública da cidade terminar o ano de 2020 muito bem avaliada pela população. Além de derrubar os índices de criminalidade, o policiamento ostensivo/preventivo da PM e da GC resultou na maioria das 238 prisões em flagrante, lavradas pela Civil entre janeiro e novembro passados, segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-SP). Ainda de acordo com a SSP-SP, no mesmo período, Paulínia registrou 113 ocorrências de tráfico de drogas, um dos crimes mais combatidos pelas forças de segurança da cidade no ano passado. 
Logo no terceiro fim de semana de janeiro, durante operações nos bairros Jardim Amélia, Bom Retiro, Morro Alto e Vida Nova, a Guarda Civil (GC) prendeu quatro homens por tráfico de drogas. Com eles, segundo a GC, foram encontradas porções de cocaína, maconha e skunk (conhecida como “supermaconha”), além de dinheiro. A partir daí, diversas ocorrências de tráfico de drogas foram registradas no município ao longo de 2020. 
Um morador de Sumaré foi preso no Jardim Leonor II com uma sacola cheia de entorpecentes e, dias depois, outro homem acabou detido pela GC, nas proximidades da Ponte do Rio Atibaia, com mais de 4 quilos de maconha, avaliados em R$ 64 mil. No João Aranha, a GC encontrou um tijolo de crack escondido dentro do carro de um casal, que estava acompanhado de dois filhos pequenos. Com as prisões ratificadas pela Polícia Civil, o homem foi para a cadeia, e a mulher ficou presa em casa para poder cuidar dos filhos.
No ano em que muitas pessoas acabaram presas por tráfico e quilos de drogas foram apreendidos, o Correio apresentou aos seus leitores quatro personagens que contribuíram para o êxito da maioria das operações realizadas: BRADOCK, CICATRIZ, STALLONE e ZARA, três cachorros e uma cadela da raça Pastor Belga Malinois, que formam o pelotão do Canil da Guarda Civil (GC) de Paulínia. 
Treinados desde pequenos para auxiliar a GC no combate ao tráfico de drogas, eles deram um show de expertise em 2020, mas quem dominou mesmo a cena foi STALLONE, que tem 18 meses de idade e completou um ano de GC este mês. Ao longo do ano passado, o pastor belga policial localizou cerca de 500 embalagens com drogas, em vários bairros da city, e ajudou a prender pelo menos uma dezena de pessoas, a maioria por tráfico.

 

O último preso enquadrado por Stallone, na manhã da véspera de Natal, foi o maranhense A.S.C, de 19 anos, que saiu de Sumaré, onde mora, para tentar roubar o carro de uma família que saía de casa, no Jardim Ypê.  Como não conseguiu levar o veículo, o acusado tomou a bicicleta de um homem que passava pelo local e tentou fugir, mas foi parado pelo cão policial. O suspeito dentro do camburão, aguardando para ser levado à delegacia, e Stallone do lado de fora, com a satisfação por mais uma missão cumprida estampada no focinho, foi a cena policial de 2020, sem sombra de dúvida. Aliás, se não fosse a pandemia do novo coronavírus e as eleições municipais, 2020 teria sido o ano do apaixonante Stallone. 
Finalizando essa retrospectiva, desejo a vocês, amaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaados e amaaaaaaaaaaaaaaaaadas, bem como aos seus familiares, um 2021 100% VACINADO CONTRA A COVID-19, REPLETO DE MUITAS VITÓRIAS, PROSPERIDADE E FELICIDADE.  Muuuuuuuuitos beeeeeeeeeeeeeeeeeeijos, abraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaços, e FIQUEM COM DEUS. Au revoir!

Fotos: Aquivo/Correio Imagem

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