Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
SEGUNDO DOMINGO DE AGOSTO: Será que os PAIS DA APAE são meros “babacas” lutando pelos direitos de seus filhos excepcionais?

Última atualização em 10 de agosto de 2014

[imagem] O segundo domingo de agosto tem sido um dia atípico, para milhares de pais paulinenses. Em 2013, mais de 400 pais que trabalhavam no Caco (Centro de Ação Comunitária) e AIJ (Associação pela Infância e Juventude) de Paulínia foram colocados no “olho da rua” pelo “filho” que deveria honrar não apenas o próprio “pai”, mas todos os pais que confiaram à ele o poder de fazer o bem e não o mau, sem olhar a quem.  O artigo “Para o meu pai dou o cofre e o poder de decisão. Para os pais dos outros, desemprego e humilhação”, dia 11 de agosto do ano passado,  foi uma espécie de aviso de como seriam os próximos Dias dos Pais em Paulínia, com um “filho” comandado por um “pai” que se encaixa perfeita e justamente na máxima: “NEM SEMPRE, PAI É PAI”. 

Este ano, o “presente especial”  foi para um grupo de pais, cujos filhos portadores  das síndromes de Down, do X-Frágil, de Prader-Willi, de Angelman, Williams e Erros Inatos de Metabolismo, entre outras deficiências intelectuais, estão sendo perseguidos pelo “irmão” desnaturado, que quer arrancá-los à força da escola, onde a maioria cresceu estudando e recebendo os melhores e mais adequados tratamentos, que as condições deles exigem.  
Desde o início do ano, quando o prefeito Edson Moura Junior (PMDB) tirou R$ 960 mil da APAE de Paulínia, os dias e as noites dos pais de mais de 120 crianças especiais tem têm sido de angústias, incertezas e humilhações públicas. A semana que deveria ser de alegria também para os Pais de Alunos Excepcionais foi marcada por mais um protesto, terça-feira (5), contra a covardia de um prefeito que não tem problemas físicos e intelectuais, mas sofre de uma grave deficiência espiritual. Além de não rever o valor da subvenção da APAE, como havia prometido, ele agora não quer pagar nem o que a entidade tem direito, pela Lei nº 55/2013. Com a entidade praticamente sem dinheiro, o jeito foi os Pais da APAE, mais uma vez, ir às ruas com seus filhos excepcionais mostrar a situação inaceitável a qual continuam sendo submetidos.
Mas, pelo visto, nada é capaz de sensibilizar o Prefeito de Paulínia, cujo coração parece ser, literalmente, de pedra. Para Moura Junior (PMDB), parece que as imagens publicadas dos alunos desolados é sensacionalismo da imprensa; os Pais da APAE, chorando e apelando na televisão para ele resolver o problema, não passam de “babacas” que pensam ter o direito de reivindicarem os direitos dos seus filhos; e este, assim como o publicado no Dia dos Pais do ano passado, é mais um artigo tendencioso contra a sua administração. Ou seja, tudo não passa de “intrigas da oposição” e assim ele segue pisando cruelmente nas pessoas, independente de quem sejam. 
A Câmara Municipal, que deveria defender a população nessas horas está submissa, em sua maioria (11 contra 4), ao poder do prefeito malvado, que ameaça cortar os “benefícios” dos vereadores aliados, caso eles não sejam cúmplices legais do plano para ferrar a cidade e a população. Os “comparsas” de Moura Junior (PMDB) no Legislativo Paulinense não estão nem aí para os Pais da APAE, embora também sejam pais. Os aliados fecharam os olhos para a drástica redução do valor que a Prefeitura vinha repassando para a APAE e agora se calam, vergonhosamente, diante do calote que o “chefe” está dando na entidade, deixando de pagar o repasse aprovado por eles próprios. Na terça-feira do protesto da APAE teve sessão e nenhum deles tocou no assunto. Todos, que usaram ou não a Palavra Livre, se fingiram de mortos.
A entidade protocolou um documento na Câmara, cobrando providências ao presidente Marcos Roberto Bolonhezi, o Marquinho Fiorella (PP). A APAE espera que o Legislativo faça Moura Junior (PMDB) cumprir a lei e pague as 9 parcelas de R$ 24 mil, referentes à subvenção aprovada para este ano, que estão atrasadas. O presidente disse que “vai ver o que que pode fazer”.  Enquanto isso, os Pais da APAE estão terminando o seu Dia do mesmo jeito: sem saberem se o amanhã será melhor para os seus filhos.

Já o pai por trás de tudo isso, através do filho, e os pais da Câmara, que aprovam tudo isso, passaram este segundo domingo de agosto felizes com os seus, sem sequer lembrarem da existência dos “simples mortais” que os elegeram, justamente na esperança de terem direito à mesma felicidade, neste dia tão importante para eles. FAZER O QUÊ!?!?! 

Fotos: Lucas Rodrigues/CP Imagem

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