Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
“SE PREPAREM, POIS A SEMANA QUE VEM ESTAREMOS DE VOLTA”: a ousadia dos dependentes irrecuperáveis do salário público não tem limites

Última atualização em 22 de março de 2015

[imagem] Pessoas inteligentes se tornaram personagens centrais de uma guerra burra, estúpida, sem limites e, muitas vezes, sem escrúpulos. Como não medem atos e palavras, as consequências pouco importam. O que vale é “cobrir um santo” e “descobrir o outro”, quando, na verdade, de “santo” ninguém tem nada.  Enquanto os “adorados” passam os dias em seus confortáveis “tronos”, os “adoradores” passam horas a fio em cadeiras “duras”, duelando freneticamente pelo que conquistaram ou perderam. Nada mais legítimo. Bravoooo!!! O problema são as “armas” e “golpes” utilizados nesta batalha desenfreada.  

Na semana passada, dois ex-ocupantes de cargos de confiança foram na Secretaria onde trabalhavam dar o seguinte aviso: “SE PREPAREM, POIS A SEMANA QUE VEM ESTAREMOS DE VOLTA”. Este é apenas um dos muitos exemplos claros do “terror” que o funcionalismo público de carreira é submetido diariamente, por pessoas que não têm o menor compromisso com o funcionamento da máquina pública e muito menos com a estabilidade social. O que elas querem é desestabilizar, tudo em nome de um polpudo holerite mensal. A ameaça escancarada dos comissionados trava servidores concursados e, por consequência, prejudica o atendimento à população.
Mas, afinal, até que ponto o chamado CARGO DE CONFIANÇA (CC) é, verdadeiramente, vital para o serviço público em geral? É preciso abrir essa discussão e, como diz o ex-cargo de confiança e jornalista Silvio Motta, colocar o “dedo na ferida”. A grande maioria da categoria de servidores comissionados é formada por cabos eleitorais do candidato que venceu uma eleição, legislativa ou executiva. O cargo dado é a recompensa pelos “votos conquistados”, na campanha política.  Quanto melhor for o desempenho, maior é o símbolo da nomeação – CC 4, 5, 6, 7, 8, 9 e por aí vai. Como em qualquer classe trabalhadora, existem os bons, os mais ou menos e os péssimos comissionados. Ou seja, tem comissionado que vale cada centavo público que recebe e aquele que não merece um tostão furado. 
Por serem cargos políticos, com datas de entrada e saída definidas, os CC’s são usados para se fazer política. Isso é errado? Depende do ponto de vista. Não, se a política praticada for pelo bem coletivo, como deve ser. Sim, se for por interesses individuais, como nunca deveria ser. O cargo de confiança nada mais é do que um funcionário público temporário e como tal tem o dever de trabalhar em prol da população, que lhe paga. Independente do símbolo do CC, o sujeito tem que ter essa consciência e desempenhar suas funções à risca, fazendo jus à confiança de quem o nomeou e ao salário que o povo lhe paga.
O cargo se vai com o término do mandato, mas a vida continua. Assim como acontece com os demitidos da iniciativa privada, os exonerados do serviço público devem ir à luta por um novo trabalho. A dependência quase que “química” do “salário público” tem levado muitas pessoas ao fundo do poço moral. É deprimente ver, ler, ouvir e acompanhar determinadas coisas. Pessoas esclarecidas defendendo a corrupção, a fraude, o enriquecimento ilícito, a compra de votos, o mau uso da coisa pública, entre outros tipos de crimes, propagando o ódio e incitando a violência nas redes sociais, apenas e tão somente por vantagens pessoais.
Será que não é chegada a hora de ACABAR COM O “SEGUNDO ESCALÃO” DO FUNCIONALISMO PÚBLICO COMISSIONADO? Nomeações políticas, porém com requisitos técnicos obrigatórios, somente para Secretários e Diretores, e todas as demais funções públicas exercidas exclusivamente por funcionários de carreira, não seria uma saída para diminuir o custo da máquina pública, qualificar e melhorar o atendimento à população? A discussão está aberta!
Foto: Ilustração/Internet

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