Última atualização em 12 de maio de 2019
Na manhã de 1º de junho de 2017, o vídeo da mulher com um bebê no colo sendo atropelada por um ônibus da Passaredo viralizou nas redes sociais. Graças a Deus, apesar de chocante, o acidente não foi fatal. Mãe e filho sofreram apenas escoriações, foram medicados e estão vivos para contar essa história. Até hoje, não foi divulgado (ou não se sabe) o que fez o motorista avançar pela faixa de pedestre na Avenida Fausto Pietrobom, quase provocando uma tragédia. Foi falha humana ou mecânica?
Na noite de 31 de março deste ano, a pedagoga Ângela Maria de Oliveira, mais conhecida como Ângela Calegari, foi atingida violentamente por uma moto, próximo à Igreja Católica Belo Ramo, no Monte Alegre. Embora ela tenha ficado em coma na UTI da Unicamp, graças a Deus, o pior não aconteceu. O motoqueiro também saiu muito machucado do acidente, cujas circunstâncias estão sendo apuradas pela Polícia Civil da cidade.
A mesma sorte não tiveram os quatro pedestres que, segundo o Infosiga – Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo, morreram atropelados em Paulínia no ano passado. Ainda de acordo com o sistema estadual, três motociclistas e um motorista de automóvel também perderam a vida nas ruas da cidade, em 2018. Outros órgãos oficiais de trânsito apontam que, além da combinação do álcool e direção, a falta de uso do cinto de segurança e o uso de celular ao volante, o excesso de velocidade é uma das principais causas de mortes nas rodovias e vias urbanas do país.
Para tentar tirar Paulínia do mapa das cidades onde pessoas morrem no trânsito por imprudência de outras, o prefeito interino Antonio Miguel Ferrari, o Loira (DC), resolveu radicalizar, espalhando faixas elevadas de pedestres, as chamadas “lombofaixas”, por diversos pontos do município. Nas redes sociais, grande parte das pessoas que postam ou comentam sobre o assunto aprova a medida, como forma de frear motoristas irresponsáveis e poupar vidas inocentes. Na contramão da maioria, outras criticam tantas lombofaixas na cidade e reclamam dos danos que elas podem causar nas suspensões ou nos amortecedores de seus veículos.
“Se não tivesse tantos retardados dirigindo, não seria necessário tantas lombofaixas, assim como radares, etc. A falta de respeito ao próximo e ao cumprimento das leis causam esse tipo de prevenção”, disse um internauta. “Melhor assim do que mais uma avó ou amiga hospitalizada por atropelamento. Quase perdi minha avó e agora tenho uma amiga internada”, afirmou uma dona de casa. “Precisa de uma lombada aqui na Silvio Viamonte. Já aconteceu vários acidentes em frente à minha casa, por causa dos carros que descem em alta velocidade”, sugeriu outra internauta.
Se tecnicamente alguma lombofaixa encontra-se em local errado ou fora dos padrões oficiais, que essas falhas sejam imediatamente corrigidas pelo setor competente da administração municipal. Se a lombofaixa danificou a suspensão ou o amortecedor de seu carro, isso demonstra que você dirigia acima da velocidade permitida por lei, além de não ter prestado atenção nas placas de “lombofaixas a tantos metros”.
Portanto, se não quer a cidade cheia de lombofaixas, respeite a vida dos outros e coloque freios nos próprios pés.
Mizael Marcelly
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
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