Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
SANDRO! SANDRO! SANDRO! O homem que deu “cara e nome” ao “PL 37” se mantém calado, desde a ocupação do Pazetti; Amanhã tem sessão: o que dirão protagonista e coadjuvantes, sobre o caos?

Última atualização em 24 de novembro de 2014

[imagem] Boaaaaaaaa taaaaaaarde meus amooooores! Amanhã (25) acontece a primeira sessão da Câmara da City, depois da ocupação das casas do 3º Módulo do Residencial Pazetti. Será que o líder do governo Moura Junior (PMDB) e personagem central dessa trama no Legislativo ocupará a Tribuna da Casa, dessa vez para discursar todo orgulhoso sobre os acontecimentos? Caso ele fale, da Tribuna ou da mesa mesmo, o discurso será baseado no tão famoso “COMPROMISSO COM A VERDADE” ou ele despejará as mesmas mentiras deslavadas despejadas por seus comparsas (os “dois prefeitos” e Secretário de Habitação), de terça-feira (18) para cá?

Aliás, mentir é o que eles têm feito desde 8 de setembro do ano passado, quando prometeram casa pra todo mundo e agora dezenas de famílias enganadas estão amontoadas em prédios públicos, sabe-se lá em que condições. E o que dirão, também, os coadjuvantes,  que se juntaram a ele na empreitada? É chegada a hora da onça beber água ou uma pitu da “mulésta” (gargalhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaadas). Sigam comigo!!!
Terça-feira, 19 de agosto de 2014, a Câmara Municipal de Paulínia realizava a 15ª Sessão Ordinária do ano. Antes mesmo do Presidente da Casa iniciar os trabalhos, “invocando as Bênçãos e a Proteção de Deus”, o clima no Plenário lotado já era de muita euforia, mas o ápice só aconteceu mesmo às 19h20min. Neste momento, o local virou um verdadeiro auditório de programa de televisão, mas, em vez de fãs enlouquecidas, soltando o coro de “lindo, tesão, bonito e gostosão” para algum galã no palco, dezenas de pessoas gritavam “Sandro, Sandro,, Sandro, Sandro”.  As pessoas, na grande maioria, eram do Acampamento Menezes e o “Sandro” tão ovacionado por elas era o Caprino, que se dirigia à Tribuna Legislativa, para o seu momento de “glória”, como o grande “defensor dos fracos e oprimidos”. 
Começava, então, a votação do Projeto de Lei 37/2014, que prometia promover de “invasoras” à “proprietárias”, todas as famílias do Acampamento Menezes. Era o sonho da casa própria a quatro passos de ser realizado, graças ao empenho e a dedicação do “astro” da noite, que costuma repetir exaustivamente o seu “compromisso com a verdade”. Por ser uma noite especial, naquela sessão ele incrementou, dizendo: “ANTES DE SER LÍDER, TENHO COMPROMISSO COM DEUS E COM O POVO”. Mais uma vez, o público foi ao delírio. O caminho de volta, da Tribuna para a mesa, também foi sob gritos e aplausos da plateia, que parecia enxergá-lo como o “vereador dos sonhos de qualquer população”. Embora ele sozinho não conseguisse aprovar o sonho delas, aquelas pessoas pareciam acreditar no contrário – e acreditaram mesmo, até domingo (16).
Enquanto o “homem mais compromissado do mundo” (gargaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaadas) era ovacionado, os vereadores contra o projeto foram hostilizados, xingados e vaiados. A vereadora Angela Duarte (PRB) quase não conseguiu falar e foi até ameaçada por uma mulher, que disse saber aonde a edil morava. Além de “rachar” por dentro, o protagonista da noite ainda saboreou a vingança dizendo: “passei por isso, durante sete meses”.  E agora?
Dia 02 de setembro de 2014, uma quinzena depois, veio a “consagração” final de Caprino (PRB). Ele e mais 6 (seis) vereadores – DU CAZELLATO (PP), SIMEIA ZANON (PROS), CUSTÓDIO Campos (PT), ZÉ COCO (PTB), JOÃO PINTO MOTA (PSDC) e MARQUINHO DA BOLA (PSB) – aprovaram o Projeto de Lei 37/14 – Programa Prioritário Especial de Habitação, que ficou conhecido como o “PL do Menezes”. Outra vez, a Casa ficou lotada e o “homem que foi o  nome e a cara do projeto”, na Câmara, ovacionado tanto quanto na sessão anterior. Pronto, agora restavam os dois últimos passos: sortear e entregar as casas. As famílias explodiram de felicidade e não viam a hora do grande dia chegar.
O dia chegou, mas “não chegou”.  O sonho virou pesadelo, caso de polícia, humilhação, fogo, casas destruídas, desespero, desamparo, muito choro, tristeza, revolta e decepção.  “Eles acabaram com a minha vida”, disse um morador do Menezes, que fez parte do coro de “Sandro, Sandro, Sandro”, no dia 19 de agosto. Em vez de entrar, literalmente, pela porta da frente na tão esperada casa própria, quem conseguiu pegar a chave teve que mudar na calada da noite, até escalando muro. Os enganados permaneceram em suas humildes residências, até os mesmos homens que lhes prometeram dignidade mandarem derrubá-las. 
“Extinção da Favela Menezes”, dizia o convite distribuído por eles, um dia antes dos tratores, com autorização deles, não deixarem “tijolo sobre tijolo”, “tábua sobre tábua”, no Acampamento. Muitos dos “favelados”, que ovacionaram Caprino (PRB) e o fantasiaram como o “vereador dos sonhos de qualquer população”, não ganharam casas e ainda ficaram sem os “barracos”. Já aqueles que “mudaram” estão arriscados a ficarem na mesma situação, caso a Justiça mantenha a reintegração de posse das casas, que, se tivessem sido sorteadas e entregues dentro da lei, seriam suas de fato e de direito.
Cadê Caprino? Essa pergunta não quer calar, desde terça-feira (18). O homem que quando o PL chegou na Casa, dia 03 de julho, correu para postar no Facebook do Acampamento Menezes: “meus amigos, o projeto de vocês acabou de chegar na Câmara”; que vivia no acampamento, antes do projeto ser aprovado, mostrando o quanto estava empenhado em resolver o problema das famílias, parece que sumiu, quando AS VERDADES VIERAM À TONA.
Alguém viu o vereador no Acampamento, na noite da “mudança” ou nos dias em que os “barracos” foram derrubados pelas máquinas da Corpus, a mando do governo que ele lidera na Câmara? Alguém leu uma postagem dele sobre o episódio em alguma rede social? Alguém viu alguma entrevista do vereador, mais uma vez, tentando explicar o inexplicável? Alguém leu um postagem sequer do vereador, sobre o assunto, em sua página no Facebook? Se todas as respostas forem NÃO, NÃO E NÃO, só existe uma explicação plausível para tanto silêncio: VERGONHA! 
Evidentemente, Caprino (PRB) não pode ser responsabilizado sozinho pela página mais negra da história habitacional do município. Esse fardo ele divide com os “dois prefeitos” e os seis colegas que votaram favoráveis ao “PL do Menezes”. Agora, como “marinheiro de primeiro viagem”, embora bastante escolado em “certas” artimanhas políticas, tenho a impressão que Caprino (PRB) enfiou o pé na jaca, ao tomar para si a bandeira de um projeto que já nasceu predestinado a provocar todo o caos que estamos acompanhando. Se ele esperava colher dividendos políticos no futuro, por sua “brilhante atuação” neste caso, acho que pode esquecer e contentar-se apenas com os gritos de “Sandro, Sandro, Sandro”. A fatura que o vereador e todos os responsáveis pela patifaria contra as famílias do Menezes e do Pazetti será do tamanho dos estragos causados à elas e a city.
Uma semana com chuvas de água e de bênçãos, vindas do NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, SALVADOR E PROTETOR DE NOSSAS VIDAS. Beiiijos e abraaaaaaaaaaços. Au revoir!
Foto: Fabiano Moreira/Assessoria de Imprensa da PMP

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