Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
Prefeitura paga R$ 250 mil, mas crise no transporte coletivo de Paulínia está longe do fim

Última atualização em 4 de dezembro de 2016

A crise no transporte coletivo de Paulínia está longe de terminar. Neste domingo (4), dia de tarefa zero na cidade, 100% da frota da Passaredo não saiu da garagem, deixando, mais uma vez, milhares de pessoas a pé.  A partir desta segunda-feira (5), segundo informações obtidas pelo Correio, apenas parte dos ônibus estará em circulação. A paralisação parcial do serviço será definida nas primeiras horas do dia, durante mais uma assembleia convocada pelo sindicato de motoristas e cobradores. 
A categoria ainda não recebeu a primeira parcela do 13º salário e o vale-refeição (VR) de novembro. Por sua vez, a Passaredo alega que não tem dinheiro para pagar porque não consegue receber da Prefeitura. Segundo a empresa, o município acumulou uma dívida de R$ 6,7 milhões e, por isso, ela enfrenta dificuldades para cumprir com suas obrigações junto aos trabalhadores. 
De acordo com o Portal da Transparência de Paulínia, a empresa recebeu da Prefeitura R$ 1 milhão dia 23 do mês passado e R$ 250 mil na última quinta-feira, dia 1º. Esse último pagamento foi acordado em audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) em Campinas, quarta-feira (30). Na semana passada, a Passaredo adiantou ao Correio que não terá dinheiro para pagar a folha salarial de novembro, que vence nesta segunda (5). “Se não recebermos da Prefeitura não teremos como pagar”, afirmou um representante da empresa. 
Prefeitura, Sindicato e Passaredo voltam à mesa de negociação terça-feira (6), no TRT de Campinas. Embora convocado, ainda não sabemos se o prefeito José Pavan Junior (PSDB) vai comparecer ou não.

Vandalismo
Segundo um funcionário da Passaredo, que prefere não ser identificado, além da falta de pagamento, supostos atos de vandalismos praticados por adolescentes contra os ônibus nos dias (domingos e feriados) de “passagem de graça” também motivaram a paralisação total neste domingo. “Eles quebram janelas de emergências, fazem algazarras, e alguns até usam drogas dentro dos coletivos”, disse o funcionário.
Ainda segundo ele, o problema foi discutido durante a audiência no TRT de Campinas, quarta (30), e que, na ocasião, a Passaredo teria solicitado à Prefeitura um reforço na segurança dos pontos de ônibus de maior movimento, como o do rodoshopping, por exemplo. “Essa questão também não foi atendida. A Prefeitura falou que não tem efetivo para isso”, explicou. Não conseguimos contato com a atual administração para comentar o assunto.  
Protesto
Em sua página no Facebook, a Prefeitura de Paulínia criticou duramente a paralisação de hoje, a qual considera “um grave flagrante do descumprimento, por parte do sindicado da categoria e da empresa Passaredo, da decisão da Justiça do Trabalho na última quarta-feira, dia 30.”
Não conseguimos encontrar ninguém do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Anexos de Campinas e Região para comentar as declarações da Prefeitura.
VEJA O “INFORME”
A paralisação do transporte coletivo neste domingo, dia 4, é um grave flagrante do descumprimento, por parte do sindicato da categoria e da empresa Passaredo, da decisão da Justiça do Trabalho na última quarta-feira, dia 30.

A Prefeitura de Paulínia acionará a Justiça para que os responsáveis pela paralisação respondam, com o rigor da lei, a esse ato ilegal e irresponsável, que pegou a todos de surpresa, e que causa muitos danos à população paulinense.

A Prefeitura de Paulínia informa que os pagamentos à Passaredo estão regulares, respeitando a decisão da Justiça do Trabalho. A empresa ainda poderá ser multada pelo município em razão da falha no serviço de transporte.

Por fim, a prefeitura reafirma seu compromisso com a população, de garantir a tarifa do transporte coletivo a R$ 1,00 durante a semana, e grátis aos domingos e feriados, conforme lei municipal de 2009. 
Foto: Correio Imagem/Montagem

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