Última atualização em 14 de abril de 2016
[imagem] Com a presença do Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, a doação foi assinada pelo prefeito José Pavan Junior em abril de 2011
Prevista para terminar em fevereiro do ano passado e com um custo inicial de quase R$ 32 milhões, a construção da nova Escola Senai, no bairro Alto de Pinheiros, em Paulínia, está abandonada há mais de um ano. A área de 32 mil metros quadrados, onde já deveria está funcionando a nova unidade da mais respeitada escola de cursos técnicos profissionalizantes e aprendizagem industrial do país, foi doada em abril de 2011 pelo prefeito José Pavan Junior, porém, a construção começou em janeiro de 2013, quase dois anos depois. O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, participou pessoalmente da assinatura do termo de doação do terreno, no gabinete do prefeito.
Como a Prefeitura de Paulínia apenas doou o terreno, cabendo ao Senai construir e equipar a sua unidade no Alto de Pinheiros, questionamos a instituição sobre os motivos da paralisação, previsão de retomada e finalização da obra. “A empresa contratada para construir a nova Escola SENAI de Paulínia teve dificuldades financeiras e não observou o cronograma de trabalho. O atraso das obras resultou na rescisão do contrato e na abertura de nova licitação, que deverá ser finalizada até o final de maio. Caso não haja recurso contrário, as obras poderão ser retomadas em até 20 dias após o término da nova licitação. O novo contrato prevê o prazo de 14 meses para a conclusão do projeto”, informou o Senai, por meio da assessoria de imprensa.
Segundo afirmou o prefeito Pavan, quando assinou a doação da área para o Senai, a escola com capacidade de realizar cerca de 6 mil matrículas/ano, oferecerá cursos técnicos de química e instrumentação, e aprendizagem industrial de caldeireiro, eletricista e mecânico de manutenção. “A nova escola atenderá a demanda por capacitação profissional para as empresas que já atuam no município, e de outras que estão se instalando no polo de petróleo e gás”, disse o prefeito.
Câmara
Em junho do ano passado, o vereador Flávio Xavier (PSDC) pediu informações (Requerimento 303/15) à Prefeitura “sobre o cronograma da obra de construção do Senai Paulínia”. Três meses depois, a administração Pavan respondeu que “tratando-se de obra de responsabilidade do Senai”, a municipalidade não tinha informações concretas para dar ao vereador.
O abandono da obra do Senai também provocou o Requerimento 168/16, de autoria do vereador Danilo Barros (PR), que solicita ao prefeito José Pavan Junior a recuperação da área para o município, bem como a construção de uma Escola Municipal no local. Segundo Barros, o esqueleto de concreto abandonado está servindo de “abrigo para moradores de rua, usuários de drogas, além de acumular água parada”, atrativo para o mosquito transmissor da dengue, zika vírus, e chikungunya.
Outros vereadores também apresentaram sugestões relacionadas à obra do Senai Paulínia, como o petista Custódio Campos que pediu a limpeza e poda do mato que toma conta da construção. O ex-vereador Palito (Solidariedade) e o vereador Fábio Valadão (PRTB) também já questionaram a Prefeitura sobre a interminável obra.
Foto: Correio Imagem
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