Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
Pastores pedem reabertura das igrejas e oram pela cidade

Última atualização em 29 de abril de 2020

Na manhã desta terça-feira (28), um grupo de pastores evangélicos de Paulínia se reuniu em frente à Prefeitura da cidade pela reabertura das igrejas. Por conta da pandemia do novo coronavírus, os governos estadual e municipal proibiram cultos durante a quarentena para evitar aglomeração de pessoas e, por consequência, a propagação da doença. A Igreja Católica, que também está proibida de realizar missas, não participou do movimento.

Pelas imagens do encontro divulgadas nas redes sociais, cerca de dezoito pessoas participaram do encontro. Os líderes religiosos cobraram uma reunião com o prefeito Du Cazellato (PL) para discutir o assunto, o que aconteceu na tarde desta quarta-feira (29) – leia no final da matéria

O presidente do Conselho de Pastores Evangélicos de Paulínia (CONPEP), José Cosme Filho, líder da Igreja O Brasil para Cristo, relatou algumas dificuldades que os templos vêm enfrentando, desde que foram obrigados a fecharem as portas temporariamente. “As igrejas estão fechando. Os pastores pagam aluguel. Não entra oferta, não entra dízimo. E a gente tá preocupado com isso”, relatou.
Cosme Filho pontuou que o objetivo do movimento não é pressionar, mas sim dialogar com o governo municipal sobre a atual situação das igrejas locais. Ele destacou a presença do vereador José Soares (Republicanos), obreiro da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), e cobrou apoio dos outros parlamentares paulinenses. “Inclusive, eu quero dizer aqui que eu não vejo um deputado, um governador, um senador, a única pessoa que eu vejo preocupado com as igrejas é o presidente da república (Jair Bolsonaro) e mais ninguém”, disse ele.  
O presidente do CONPEP também criticou outros pastores evangélicos que, segundo ele, “pregam, têm as igrejas”, mas não estariam preocupados com as almas (os fiéis). “Então, eu preciso falar com o prefeito, falar com alguém de representação”, ressaltou.
Outro pastor que participou do movimento em frente à Prefeitura, disse que chamou o proprietário do imóvel onde funciona a igreja que comanda para tentar diminuir pela metade o valor do aluguel.  “Se a gente não tiver a arrecadação de ofertas, não tem como fazer a obra de Deus. Estamos indignados com a situação que os evangélicos, as igrejas estão atravessando”, explicou ele.
A pastora Sara Ben, da Igreja Avivamento e Poder, destacou que ela e os demais líderes religiosos buscam um posicionamento do prefeito Du Cazellato sobre a reabertura das igrejas. “Nesse momento, nós pastores, somos médicos espirituais. Então, uma oração, o povo tá precisando da gente. Queremos uma posição do nosso prefeito, pra gente poder abrir nossas igrejas”, afirmou ela. 
Um pastor do Bom Retiro disse que sua igreja tem um projeto social que atende mais de 60 crianças. “O projeto está fechado, mas nós continuamos ajudando com cestas básicas, com alimento, são crianças carentes. E nós precisamos que as autoridades estejam atentas as igrejas”, afirmou, e acrescentou: “Sabemos que este ano, está se aproximando aí as eleições e muitos de nós seremos procurados. Mas nós não queremos apenas que as autoridades nos procurem nesse momento para pedir voto, nós também precisamos ser ouvidos, nós precisamos de respeito”. No final do encontro, os pastores fizeram uma oração pela cidade.
Reunião

Foto: Divulgação/PMP

Na tarde desta quarta-feira (29), o prefeito de Paulínia, Du Cazellato (PL), recebeu os pastores José Cosme Filho, presidente do CONPEP e líder da Igreja O Brasil para Cristo, e Rubens Ioricci, da Igreja Batista Pedra Viva. 
O secretário municipal de Saúde, Fábio Alves, também participou da reunião, onde explicou e defendeu a manutenção das medidas para conter a propagação da doença na cidade, dentre elas, a suspensão temporária de missas e cultos evangélicos, que costumam aglomerar centenas de fiéis. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, Cazellato e Alves continuarão dialogando com outras lideranças religiosas da cidade. 
A quarentena em Paulínia vai até o dia 10 de maio, quando, de acordo com o panorama da doença no município, o governo Cazellato (PL)
deverá anunciar os próximos passos contra a pandemia do novo coronavírus que, até o momento, matou uma pessoa e infectou outras 18 na cidade.

Foto principal: Reprodução/Vídeo Pastores

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