Última atualização em 16 de dezembro de 2017
Boaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa taaaaaaaaaaaaaaaaaaaarde, meus amooooooooooooooooooores! Quinze dias após ser deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), em Campinas, a Operação “Ouro Verde” detona que a city estava certa para cair nas mãos de um grupo acusado de desviar R$ 4,5 milhões da saúde campineira. Segundo Aparecida Bertocello, a Tata, presidente da Organização Social Vitale Saúde (OS), o alvo era a administração do Hospital Municipal de Paulínia (HMP).
Além de cair como mais uma bomba no Paço Municipal, os diálogos interceptados pelo Gaeco, no mínimo, são fortes indícios de uma possível estreita ligação do governo Dixon (PP) com integrantes da OS Vitale, como o lobista Fernando Vítor, preso temporariamente no último dia 30 e que, por pouco, não atingiu o objetivo do grupo no HMP.
As interceptações telefônicas, autorizadas pela Justiça. Paulínia entra em cena, quando a presidente da Vitale, Tata, liga para Paulo Câmara, apontado pelo MP como líder dos empresários que comandam a Vitale, informando que o lobista Fernando Vítor havia lhe pedido uma pessoa de confiança para fazer um “estudo do custo” do HMP. A mulher disse que escolheu Juliano Cesar Botero, funcionário da Vitale, e perguntou o que Câmara achava. “O Juliano é uma pessoa que a gente confia nele, né? Então assim, melhor, melhor indicação impossível”, respondeu Câmara. Além disso, o empresário diz: “Esse hospital, eu acho fundamental. Ele é um p* hospital, ele dá um bom, acho que vale a pena investir, tá?”. Essa conversa, segundo o Ministério Público (MP) de Campinas, ocorreu no dia 14 de julho.
No dia seguinte, 15 de julho, Juliano Botero liga para Tata e além de detalhes sobre o cargo que ele assumiria no Hospital da City, ela dá como certa a contratação da Vitale para administrar o HMP, por conta da ajuda do lobista Fernando Vítor. A mulher disse que Botero seria uma espécie de superintendente administrativo do HMP, que o salário variava entre 10 e 13 mil reais (o salário real do superintendente do HMP é R$ 9.956,00) e que ele ficaria no cargo por quatro meses, até “ajeitarem a vida da Vitale”. Tata afirmou, também, que Fernando Vítor teria indicado o cardiologista Claudio Ernani Marcondes de Miranda para o cargo de secretário de Saúde de Paulínia. Miranda foi nomeado pelo prefeito Dixon (PP) dia 4 de julho, onze dias antes da conversa, entre Tata e Botero, interceptada pelo MP.
Vinte e nove dias depois, dia 1 de agosto, o prefeito Dixon (PP) nomeou Juliano Cesar Botero superintendente do Hospital da City, conforme a presidente da Vitale havia dito que ele seria. Botero substituiu Sérgio Antonio Santarelli, que atualmente dirige o Departamento de Urgência e Emergência do HMP. Antes de ser nomeado oficialmente, numa segunda conversa com a presidente Tata, Botero informa já ter sido entrevistado pelo secretário Miranda e apresentado na “Santa Casa” (ele quis dizer no HMP) como superintendente, e demonstra não saber direito nem o nome da cidade onde iria trabalhar: “Acabei de sair daqui de…como chama a cidade mesmo?” Absurdo. Tata, então, diz que o secretário Miranda é “pau-mandado” do lobista Fernando Vítor, e Botero concorda: “É. Deu pra… Deu pra ver”.
Dia 16 de outubro, ou seja, 75 dias após ser nomeado, o próprio Botero pediu exoneração do cargo, conforme Portaria nº 957/2017, publicada na página 6 do Semanário Oficial, de 19 de Outubro, e foi substituído por André Assad Mello, nomeado para o cargo quatro dias depois.
Questões centrais levantadas pelos diálogos, entre membros da OS Vitale, interceptados e divulgados pelo MP de Campinas. Para o lobista Fernando Vítor ter indicado Claudio Miranda à Secretaria de Saúde de Paulínia, como afirmou Tata, certamente, o lobista deve ter feito a indicação diretamente a um peixe graúdo do governo Dixon (PP). QUEM TERIA ACERTADO COM FERNANDO VÍTOR A CONTRATAÇÃO DE MIRANDA? Além da nomeação de Botero, antecipada por Tata, que outras “contrapartidas” o lobista teria exigido do governo pepista? O governo Dixon (PP) não sabia que Botero seria, por até quatro meses, apenas o “olheiro” da OS Vitale no HMP, para levantar o custo do hospital? Não sabia do esquema montado para a OS Vitale assumir, aparentemente, num futuro próximo a administração do HMP? O prefeito Dixon (PP) nomeou dois ocupantes de cargos importantes e estratégicos da Saúde sem saber de absolutamente nada?
Até agora, a administração Dixon (PP) não divulgou nenhuma nota á imprensa sobre o caso. Ao G1 de Campinas, confirmou que Botero teve uma “rápida passagem” pela superintendência do HMP, que o secretário Cláudio Miranda seria exonerado nesta sexta-feira (15), como o Correio vinha antecipando há pelo menos três meses, e que não existe nenhum projeto de terceirização da administração do HMP. Também, conforme antecipado pelo Correio, o cardiologista Yanko Gonçalves Mello, foi nomeado no lugar de Miranda.
Embora a OS Vitale não tenha conseguido seu objetivo maior em Paulínia, graças a Operação Ouro Verde do MP de Campinas, o caso revela o quanto a Prefeitura da City está à mercê de grupos ou pessoas que só querem levar vantagem do município. Não importa se o dinheiro é da saúde, da educação, de que setor for – o negócio é ganhar muito, em cima da desgraça da população, que nem remédio encontra na rede. Porém, para esse tipo de gente entrar na Prefeitura alguém tem que abrir a porta. E, geralmente, eles entram pela porta da frente, de mãos dadas com quem manda e desmanda.
Pois é, primeiro a Operação “Purgamentum”, com Prefeito, Primeira-dama, Secretários e assessores enquadrados pelo Gaeco. Agora, a Operação “Ouro Verde” coloca Paulínia na cena de mais um escândalo de corrupção. Qual será a próxima operação, o próximo escândalo?
Por hoje, é só, meus amoooooooooooooores!!! Um fim de semana espetacular, abençoado e protegido por NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Muuuuuuuuuitos beeeeeeeeeeeeeeeijos e abraaaaaaaaaaaaaaaaaaaços. Au revoir!
Foto: EPTV/Reprodução
Foto: EPTV/Reprodução
<imagem1>fernandoVítor_OperçãoOuroVerdePaulínia.jpg</imagem1>
<imagem2></imagem2>
<imagem3></imagem3>
<imagem4></imagem4>
<imagem5></imagem5>
<video1></video1>