Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
“O vereador Tiguila não vendeu nenhuma casa e Edneia nunca teve contato com ele”, esclarece delegado de Paulínia

Última atualização em 28 de outubro de 2015

[imagem] Edneia Ignácio, principal acusada de participação no golpe das casas, e mais duas pessoas foram presas – uma já foi liberada

A Policia Civil de Paulínia cumpriu ontem (27) três dos seis mandados de prisões temporárias de pessoas acusadas de participação no golpe da casa própria aplicado em centenas de vítimas e que teria rendido mais de R$ 1 milhão aos estelionatários, segundo as investigações.

Entre as três pessoas presas ontem, está Edneia Ignácio, 33 anos, principal acusada do golpe. Segundo várias vítimas, elas pagaram à Edneia o valor de R$ 3,5 mil, em média, cobrado como sinal dos imóveis vendidos, inclusive, no terceiro módulo do Residencial Pazetti, no bairro Saltinho. Em entrevista exclusiva ao Correio Paulinense Online, terça-feira, dia 20, Edneia confirmou que recebia o dinheiro das vítimas e, segundo ela, ficava com R$ 1.500,00 de comissão pela venda e o restante entregava a um homem chamado Jackson Oliveira, que seria um dos mentores do crime. Entretanto, até agora a polícia não conseguiu identificar e localizar Jackson. 
Edneia acusou um servidor público de Paulínia e também advogado de integrar a quadrilha. O servidor, que trabalhou na Secretaria de Habitação como cargo de confiança do ex-prefeito Edson Moura Junior, também foi preso, mas durante a acareação com ele, Edneia disse que havia se confundido, quando o reconheceu, por foto, e que ele não fazia parte do bando. “Em razão disso, entendi por bem pedir a revogação da prisão temporária contra o servidor”, disse, ontem à noite, o delegado Marco Evangelista, titular da Polícia Civil de Paulínia e responsável pelo caso.
Também durante a semana passada, Edneia disse à polícia que um assessor direto do vereador Tiguila Paes (PRTB) estaria envolvido no golpe. Inicialmente, o suposto assessor do vereador seria Jackson Oliveira, o homem que ainda não foi identificado e localizado pela polícia, e que nunca integrou, direta ou indiretamente, a assessoria do parlamentar paulinense.

Já nesta semana, segundo a polícia, Edneia teria reconhecido, também por foto, um irmão do vereador como sendo um dos dois homens com quem ela dividia o dinheiro do golpe. Entretanto, o delegado afirma categoricamente: “O vereador Tiguila não vendeu nenhuma casa e Edneia disse em depoimento que nunca teve contato com ele”. Evangelista ainda acrescentou que o vereador não está sendo acusado de nada. 

Dos seis mandados de prisão expedidos pela Justiça um é contra o irmão do parlamentar, que deve se apresentar ainda hoje na delegacia, para esclarecer os fatos. “Isso é um absurdo. Meu irmão é caminhoneiro e até dois meses atrás não ficava em Paulínia, porque vivia na estrada carregando e descarregando, pelo estado e até fora do estado”, comentou o vereador. De acordo com o delegado, assim que o irmão do vereador se apresentar será feito uma acareação entre ele e Edneia Ignácio.
Segundo o delegado, as participações de Edneia Ignácio e Julieta Moreira no golpe estão comprovadas. Elas continuam presas na cadeia feminina da cidade. Agora, a polícia procura por Everson Alves Vieira e Clifford Fabrício de Andrade, acusados de integrar o grupo.

Numa reportagem de anteontem (27), o Correio publicou, em primeira-mão, cópia do contrato usado pelos estelionatários para enganar as vítimas (leia). No documento, o nome de Everson Alves Vieira aparece como testemunha do negócio ilícito. “Hoje, retomamos as buscas pelos demais suspeitos”, disse Evangelista. 

Foto: Arquivo/CP Imagem

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