Correio Paulinense

Paulínia, 7 de dezembro de 2024
O adversário mais poderoso de Dixon é ele mesmo: OU MUDA, OU AFUNDA de vez e sem volta

Última atualização em 14 de janeiro de 2018

Se tudo o que se ouve nos bastidores for verdade, o prefeito de Paulínia, Dixon Carvalho (PP) terá mais um ano turbulento e de decisões bem desagradáveis.  Há quem jure que ele deixa o cargo ainda neste trimestre, outros apostam em até o fim do semestre, e por aí vai. Mas, em qualquer esfera, previsões se concretizam ou não. 
Por enquanto, o que se pode afirmar de concreto é que ele está com o mandato e os direitos políticos pendurados na Justiça Eleitoral, em função das supostas tramoias nas contas da Campanha 2016. O caso já está na mesa do desembargador Fábio Pietro, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas ainda não tem data para ir a julgamento. 
Tem também uma investigação em curso sobre o suposto envolvimento dele no esquema que, segundo o Ministério Público (MP) de Campinas, fraudou contratos de lixo (limpeza urbana) em várias cidades paulistas, incluindo Paulínia. Promotores do Gaeco e policiais do Baep estiveram na cidade, fecharam a Câmara e a Prefeitura, foram em casas, apreenderam dinheiro, documentos, telefones e equipamentos de informática, mas, até agora, não se sabe o que Dixon (PP) teria aprontado para ter sido um dos alvos de condução coercitiva e busca e apreensão da Operação Purgamentum. A expectativa é que isso pode estourar a qualquer momento.
E, fechando os principais pesadelos jurídicos do prefeito de Paulínia, a Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo segue investigando se ele teria empregado correligionários de 13 vereadores, na Prefeitura da cidade, em troca de votos na Câmara. A pedido do saudoso Aldo Lima Guimarães, o Ministério Público (MP) da cidade também investiga a evolução do patrimônio pessoal de Dixon (PP), acusado de enriquecimento ilícito. Esses são os casos concretos e que, possivelmente, podem tirar o sono do prefeito de Paulínia.
Já, politicamente falando, o mais poderoso adversário de Dixon (PP) é ele mesmo. A oposição apenas cai matando em cima de tudo o que ele apronta com a cidade, no Paço Municipal. O velho, cínico e conveniente chavão “a culpa é da administração passada” predominou no primeiro ano do governo pepista.  Dixon (PP) disse que pegou a cidade endividada e, por isso, tinha que, primeiro, “arrumar a casa”, para depois começar a fazer alguma coisa.  
Não fez quase nada e ainda desarrumou mais um pouquinho, pois o município fechou 2017 no vermelho, com aproximadamente R$ 112 milhões a pagar. Para tapar os buracos abertos pela própria incompetência, o governo Dixon (PP) decidiu atacar programas sociais importantes para milhares de pessoas, com a clássica e falsa desculpa de que “é preciso rever os gastos públicos, para melhor investir o dinheiro da cidade”. Ôooo, se isso fosse verdade!
São muitos os exemplos de que Dixon (PP) joga o tempo todo contra ele mesmo. Tentou frear, na Justiça, a fiscalização da Câmara. Envolveu vereadores aliados em extorsão e foi desmentido por todos.  Deu poderes para secretários diminuir o horário de atendimento à população. Pretende cortar drasticamente benefícios de estudantes e terceirizar o Lar dos Velhinhos. Nomeou a maior e mais cara assessoria especial que um prefeito da cidade já teve.  Ainda não normalizou o atendimento ao cidadão na Prefeitura, após cortar a empresa terceirizada.  Sancionou uma lei, mas vetou as punições previstas por ela. Deixou que motoristas de ambulâncias e pacientes pagassem do próprio bolso pedágios e estacionamentos. 
Não promoveu um corte sequer na própria “carne” de seu governo. Remanejou verbas públicas acima do que legalmente podia. Até 2020, pode pegar mais de R$ 288 milhões emprestados,  em nome da Prefeitura da cidade. Tentou cobrar indevidamente da população uma fortuna em Contribuição de Iluminação Pública (CIP), mas a Câmara barrou. Nomeou na superintendência do hospital municipal (HMP) um “olheiro” da Organização Social Vitale (OS), acusada de desviar quase R$ 5 milhões da saúde de Campinas e que, segundo o Gaeco, estava pronta para atuar em Paulínia.
Permite sujeira e mato por todos os cantos da cidade, mesmo tendo homologado uma licitação de mais de R$ 46 milhões a favor de um consórcio liderado pela empresa de seu amigo e financiador eleitoral Geraldo Baraldi. Não se comunica constante e claramente com a população. Paga quase R$ 700 mil por exposição de ciência, mas deixa estudantes sem uniforme e material escolar.
Se quiser virar esse jogo e honrar o cargo, que após tantos anos persistindo, a população acabou lhe confiando,  Dixon (PP) precisa se reinventar na gestão do município, promover uma profunda faxina no seu governo e conduzir a cidade com responsabilidade e transparência.  Resumindo: OU MUDA, OU AFUNDA de vez e sem volta.

Foto: Facebook/Reprodução 

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