Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
“Na própria carne”, nada: a regra é gastar mais com a máquina pública e menos com a população

Última atualização em 7 de janeiro de 2018

O governador do Rio Grande do Norte (RN), Robinson Faria (PSD), anunciou o corte de 20% dos cargos comissionados do governo como uma das medidas para conseguir atualizar a folha de pagamento de policiais civis e militares, em greve desde o dia 19 do mês passado. Além disso, o governo potiguar ainda decretou calamidade na Segurança Pública do Estado, enquanto perdurar a situação, que só não está pior por conta das presenças de homens da Força Nacional de Segurança e do Exército na capital Natal e em outras principais cidades do RN.
Graças a Deus, não estamos vivendo drama parecido em Paulínia, mas a gestão do RN, infelizmente, é modelo padrão na maioria dos governos dos Estados e Municípios brasileiros, que gastam a rodo com tudo, menos com as primeiras necessidades da população. Por exemplo, não é de hoje que a folha de pagamento de cargos comissionados da Prefeitura de Paulínia consome milhões dos cofres públicos, todos os anos.
Atualmente, somente a Assessoria Especial do prefeito Dixon Carvalho (PP), formada por 18 (dezoito) pessoas, com salários de R$ 6.288,00 a R$ 11.752,27, custa R$ 1.882.777,92 (um milhão, oitocentos e oitenta e dois mil, setecentos e setenta e sete reais e noventa e dois centavos) públicos, por ano. Se apenas 18 vagas custam isso, imaginem as 342 aprovadas pela Câmara Municipal, em março do ano passado. Enquanto isso, fala-se que não tem dinheiro nem para o básico que a população precisa.
Mas, quando se fala em corte de gastos públicos nenhum governo começa cortando “na própria carne”, muito pelo contrário, essa é a última das últimas opções, e olhe lá. Para reduzir o custo da máquina pública, a primeira opção dos governantes é sempre tirar da população o pouco que ela recebe, por meio de benefícios, em troca dos muitos e altos impostos que paga. 
Nesse sentido, a atual administração de Paulínia tem dado vários exemplos. O governo do prefeito Dixon (PP) acha que os idosos do Lar dos Velhinhos, o transporte escolar (universitário, fundamental e médio), a bolsa de estudos, o subsídio da passagem do transporte coletivo, e os programas de transferência de renda do PAS, entre outros benefícios sociais vigentes, custam muito caro para o município. 
E, uma assessoria especial por quase R$ 2 milhões/Ano, 21 secretarias municipais,  117 veículos locados (número oficial de julho deste ano), dos mais simples aos luxuosos blindados, o aluguel de 20 imóveis (número oficial de agosto deste ano), entre outras despesas perfeitamente cortáveis ou reduzíveis, não custam?
Pior que os cortes de benefícios sociais, somente a falta de planejamento para executá-los e, principalmente, de satisfação à população assistida. As ideias para enxugar a máquina pública municipal, tirando da população, são elaboradas no gabinete do Prefeito, depois transformadas em projetos de lei, que seguem para deliberação da Câmara Municipal.
Assim como os beneficiários de programas sociais na mira da “navalha” do Executivo, o Legislativo, na maioria das vezes, também é surpreendido. Nem a base aliada é consultada antes. Ou seja, o Prefeito decide cortar isso e aquilo, depois joga a batata quente nas mãos dos vereadores e, eles que se virem. Muitas vezes decidem a favor do povo, outras não, infelizmente. 
Em se tratando de benefícios sociais já concedidos, sou a favor de um pente fino para detectar possíveis fraudes nos programas, pois, infelizmente, muitas pessoas de má-fé acabam causando prejuízos ao Município e tirando o direito de outras que realmente necessitam de assistência pública. Essa é uma maneira justa de proteger tanto o Erário Público como as pessoas que, verdadeiramente, merecem as contrapartidas sociais da Prefeitura Municipal.
Para o governo Dixon (PP) é mais fácil sair cortando o necessário, para gastar ainda mais com o desnecessário. No entanto, como muitas coisas só acontecem se a Câmara Municipal permitir, fica a pergunta: SERÁ QUE EM 2018, EXECUTIVO E LEGISLATIVO VÃO DAR MAIS AO POVO, DO QUE TIRAR?

Foto: Ilustração

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