[imagem] No plano de governo do atual prefeito Edson Moura Júnior (PMDB, registrado no Tribunal Superior Eleitoral, após as eleições de 7 de outubro passado, consta a reimplantação da Paulínia Filmes, cujo objeto social será a produção, distribuição, exibição e comercialização de filmes.  A empresa púbico-privada é um sonho do ex-prefeito de Paulínia Edson Moura (PMDB), pai do atual, que cismou em transformar a exploração da atividade cinematográfica em uma importante fonte de receita para o município. Hoje, os royalties do petróleo processado na Refinaria de Paulínia (Replan) respondem por aproximadamente 75% da arrecadação municipal. 

O projeto da constituição da Paulínia Filmes foi enviado para a Câmara Municipal em junho de 2008, último ano do terceiro governo Moura. “Estamos chegando ao fim da era do petróleo”, anunciou o ex-prefeito, na introdução do projeto enviado aos vereadores. “Novas oportunidades, no entanto, surgem em nossa economia. A principal delas é a continuidade do projeto de desenvolvimento do Polo Cinematográfico, compreendido no projeto Paulínia Magia do Cinema”, argumentou o ex-prefeito.

Sob a presidência do ex-vereador Francisco Almeida Bonavita Barros (PTB), atual vice-prefeito de Edson Moura Júnior (PMDB), a Câmara Municipal aprovou a constituição da Paulínia Filmes , através do Projeto de Lei nº 34, de 24 de junho de 2008, que três dias depois da aprovação virou a Lei Municipal 2.923/2008, sancionada e promulgada por Moura. Inicialmente, a constituição da empresa custaria R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais). Deste total a Prefeitura de Paulínia pagaria R$ 122.400.000,00 (cento e vinte e dois milhões e quatrocentos mil reais) por 51% das ações da Paulínia Filmes e o restante pelos sócios privados. 

Entretanto, em 05 de dezembro de 2008, vinte e cinco dias antes de terminar o seu último mandato, o então prefeito Edson Moura (PMDB) enviou novo Projeto de Lei à Câmara Municipal, desta vez alterando o capital inicial da Paulínia Filmes de R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) para R$ 1.000.000.000,00 (UM BILHÃO DE REAIS). Assim o custo dos 51% das ações destinadas ao município subiu de 122.400.000,00 (cento e vinte e dois milhões e quatrocentos mil reais) para R$ 510.000.000,00 (quinhentos e dez milhões de reais).

Ao assumir o governo em 2009, o ex-prefeito José Pavan Júnior decidiu pela inviabilidade da Paulínia Filmes, devido o rombo financeiro que a empresa provocaria nos cofres públicos municipais. A decisão de Pavan foi um dos principais motivos do rompimento político entre os dois ex-prefeitos, aliados na campanha política eleitoral de 2008.

O atual prefeito Edson Moura Júnior (PMDB) ainda não informou se executará a Paulínia Filmes, de acordo com a Lei 2.923/2008 sancionada e promulgada por seu pai, Edson Moura, ou se enviará um novo projeto para a Câmara Municipal, reduzindo os custos da empresa para o município.

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