Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
Gaeco vai ouvir vereadores sobre suposta “troca de favores” com ex-prefeito em 2017

Última atualização em 11 de fevereiro de 2020

No início da semana passada um oficial de justiça esteve na Câmara Municipal de Paulínia para notificar os vereadores Fábio Valadão (PRTB), Fábia Ramalho (PMN), Edilsinho Rodrigues (PSDB), Danilo Barros (PL), Flávio Xavier (DC), João Mota (DC), Manoel Filhos da Fruta (PCdoB), Xandynho Ferrari (PSD), Marquinho Fiorella (PSB), Zé Coco (PV) e Marcelo D2 (PROS).  
O Correio apurou que as notificações partiram da Promotoria de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Campinas, a pedido da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) de São Paulo. Os parlamentares serão interrogados pelo promotor Jandir Moura Torres sobre o episódio em que foram acusados de livrar o ex-prefeito de Paulínia Dixon Carvalho (Progressistas) de duas investigações na Câmara, em troca de cargos comissionados para apadrinhados políticos na Prefeitura da cidade. 
As denúncias que teriam sido usadas como “moeda de troca” pelo ex-prefeito foram votadas e rejeitadas pelos vereadores na 5ª sessão ordinária de 2017, dia 28 de março. As nomeações das pessoas supostamente indicadas pelos parlamentares tiveram início no mês seguinte. Os denunciantes  Claudinê Moretti Filho e Arthur Augusto Campos Freire apontaram supostas irregularidades nos contratos emergenciais (sem licitação) do município com as empresas RC Nutry (merenda escolar) e Corpus Saneamento (coleta de lixo e limpeza urbana), no valor total de quase R$ 27 milhões. Vereadores e ex-prefeito sempre negaram as acusações.  
Os depoimentos no Gaeco de Campinas acontecem a partir desta quinta-feira (13), mas a investigação corre em segredo de justiça.  O atual presidente da Câmara Municipal, Antonio Miguel Ferrari, o Loira (DC), não foi notificado porque já prestou depoimento na PGJ em São Paulo no ano passado, quando administrou interinamente o município.  O prefeito Du Cazellato (PSDB), ex-vereador e presidente do Legislativo em 2017, também deve ser ouvido. 
Em 2018, a Câmara instaurou Comissão Processante (CP) contra Dixon e os treze vereadores,  mas uma suspeição levantada contra o então secretário da CP e atual vice-prefeito municipal, Paulo Camargo Junior, o Sargento Camargo (PSDB), gerou o arquivamento da denúncia antes de o relatório final da comissão ser votado pelo Plenário, na sessão de julgamento dia 10 de setembro daquele ano. Ou seja, ex-prefeito e vereadores não foram julgados culpados ou inocentes das acusações.
O Correio procurou os vereadores para confirmar o recebimento das notificações expedidas pelo Gaeco. Fábio Valadão (PRTB), Xandynho Ferrari (PSD), Zé Coco (PV), Manoel Filhos da Fruta (PCdoB) e Fábia Ramalho (PMN) responderam que foram notificados. Marquinho Fiorella (PSB), Marcelo D2 (PROS) e Danilo Barros (PL), atualmente licenciado da Câmara, afirmaram que ainda não foram Edilsinho Rodrigues (PSDB) não respondeu, até a publicação desta matéria. Não conseguimos contato com Flávio Xavier e João Mota, ambos do DC, nem com o ex-prefeito Dixon Carvalho (Progressistas).
Foto: Correio Imagem/Arquivo

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