Correio Paulinense

Paulínia, 4 de dezembro de 2024
Foi instaurada a 1ª Comissão Especial de Inquérito da Câmara para levantar e sacudir todos os tapetes da Saúde local. Quem for alérgico a “pó”, que se proteja!

Última atualização em 23 de outubro de 2013

[imagem] Bom diaaaaaaaaaaaa meus amores! Já Está formada a CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Saúde. Cinco partidos estão representados na Comissão: PRTB, PT, PP, PSDC e PPS. Politicamente falando, a composição ficou assim: da  oposição Tiguila Paes (Presidente), Du Cazellato (Vice-Presidente),  Edilsinho Rodrigues (Sub-Relator); da  base mourista Custódio Campos (relator) e João Mota Pinto (secretário).Entretanto, o que a sociedade paulinense espera e cobrará destes cinco vereadores, independente de serem contra ou a favor do prefeito “M” ou “P”, é que eles transformem a CEI numa verdadeira ferramenta para mudar a triste e inadmissível situação da Saúde Pública de Paulínia.


Nenhum membro da Comissão pode titubear na hora de escolher entre preservar governos passados ou defender a Dona Maria que foi no postinho de seu bairro pegar um simples “AS” e a atendente disse que estava em falta; o  Seu João que foi fazer exame de sangue e não tinha seringa para fazer a coleta; a Dona Joana que está numa fila de 8 mil pessoas à espera de uma ressonância magnética;  o Seu Joaquim que ficou seis horas esperando para ser atendido no HMP;  a Dona Severina que está esperando há oito meses pela consulta do oftalmologista; o Juninho que precisa tratar a cárie mas só tem vaga para o próximo ano. ISSO NÃO.

Esses são alguns exemplos dos problemas que não podem ser ignorados pela CEI da Saúde, porque um ou uns de seus membros é ou são aliados deste ou daquele prefeito. DE FORMA ALGUMA. Isso não é uma questão de POLÍTICA, mas sim de VIDA. Aliás, de centenas de vidas. Vidas estas que confiaram ao quinteto da CEI da Saúde a responsabilidade de defender os interesses delas, especialmente na Saúde. A sabedoria popular diz que “COM SAÚDE NÃO SE BRINCA”. Imaginem, então, com a saúde dos outros?  Sendo assim, a CEI da Saúde não pode e não será uma brincadeira.

Nos próximos 120 (cento e vinte dias) todos os holofotes da população e da imprensa estarão votados para Tiguila Paes, Du Cazellato, Custódio Campos, Edilsinho Rodrigues e João Pinto Mota, que assumiram a responsabilidade de fazer história na Saúde Pública Municipal, levantando e apurando todas as mazelas da área, mas, sobretudo, apontando no relatório final soluções concretas. É isso que o povo espera destes vereadores. 

Nos últimos 20 anos, a CEI mais polêmica instaurada na Câmara Municipal foi a que apurou supostas irregularidades na venda das ações da Sabesp, que pertenciam ao município, em 1997. Acompanhei todos os trabalhos da Comissão, que teve como presidente o tucano Mauro Vítor e relator Mário Lacerda (PFL, hoje Democratas).  Na época, o atual diretor do Paço Municipal, Emerson Gordura, era vereador e “deu trabalho” à Comissão (gargalhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaadas).  O então prefeito Dude Vedovello não foi cassado, mas a corretora Walpires, que intermediou a transação dolosa aos cofres públicos da city, “tomou que até roncou”.  Foi condenada pela Justiça à devolver tudo para a cidade. Nossa, fiz matérias e mais matérias sobre isso. 

Hoje, a CEI é outra, o motivo é outro e os vereadores são outros, sem exceção.  A Câmara nunca havia instaurado uma Comissão Especial de Inquérito para apurar os desmandos na Saúde da city. No dia 19 de maio deste ano, quando decidiu protocolar a CEI da Saúde, inédita na história político-administrativa da city, Tiguila Paes (PRTB) puxou para o seu primeiro mandato de vereador a responsabilidade de colocar o dedo na maior ferida do município, aberta e sem tratamento eficaz  há pelo menos 20 anos. 

Ao longo desse tempo, a Câmara foi omissa à Saúde. Até apontava-se os problemas nos microfones legislativos, mas ação de fato e de direito como estamos vendo hoje nuncaaaaaaaaaaaaaaa. Por exemplo:  em uma de suas gestões, o ex-prefeito Edson Moura (PMDB), pai do atual Edson Moura Junior, também do PMDB, colocou Paulínia como uma das cidades mais corruptas do Brasil na ISTO É, uma das revistas mais conceituadas do País. Leiam o que os jornalistas Yan Boechat e Larissa Domingos afirmaram sobre Moura: “Na cidade de Paulínia (SP), os fiscais da CGU constataram que o município, sob o comando do ex-prefeito Edson Moura (foto), pagava R$ 335 mil a mais todos os meses por um lote de cerca de 300 remédios. A cidade fechou um contrato de fornecimento de medicamentos com um sobrepreço de 193%. As contestações do município não foram aceitas pela CGU”.

Também, numa das gestões Moura sumiram tomógrafos novinhos, dois caminhões de remédios foram interceptados pela Polícia Rodoviária Federal a caminho de Ubatuba, sem notas fiscais e sem conhecimento do Conselho Municipal de Saúde, da época. Moura também contratou a Home Care por mais de R$ 20 milhões para administrar a farmácia pública municipal e logo se descobriu que a empresa era pilantra, com alguns processos judiciais, frutos de contratos suspeitos com outras prefeituras. E por aí vai…

Isso quer dizer que em outras administrações, como as de Dude Vedovello (PMDB) e Pavan Júnior (PSB) a Saúde de Paulínia era uma maravilha? CLARO QUE NÃO. Nestas gestões, a Saúde também apresentou vários e sérios problemas e se foram causados por irresponsabilidades dos então governantes devem ser apurados. Agora, baseado em tudo o que acompanhei, jornalisticamente falando, nos últimos 20 anos, em termos de falta de investimentos, falcatruas e desrespeito à Saúde da city o ex-prefeito Edson Moura é imbatível. Será que a CEI da Saúde me provará o contrário?

Edson Moura Junior (PMDB), filho do ex-prefeito, afirmou um dia após ser eleito que em 180 (cento e oitenta dias) a Saúde de Paulínia passaria a ser de 1º Mundo. A eleição foi dia 7 de outubro de 2012, mas Moura Junior (PMDB) só tomou posse dia 16 de julho deste ano, porque conseguiu reverter a sua impugnação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de Brasília. Hoje, 97 dias depois da posse, piorou o caos na Saúde de Paulínia.

“Em crise, saúde de Paulínia tem fila de 8 mil para ressonância magnética”. “Com aparelho quebrado, pacientes estão sem tomografia em Paulínia, SP”. Duas matérias do portal G1, no mesmo dia, sobre a decadência da Saúde de uma cidade que arrecada mais de R$ 1 bilhão por ano e não tem 100 mil habitantes. “Tudo culpa da antiga gestão”: foi a desculpa esfarrapada do atual governo, que se apega no pouco tempo para justificar que ainda não deu para fazer nada. Peraí. Então por que prometer SAÚDE DE 1º MUNDO em 180 dias?

A primeira Comissão Especial de Inquérito da Câmara Municipal de Paulínia para levantar e sacudir todos os tapetes da Saúde Pública Municipal está aberta e quem for alérgico a “pó”, que se proteja. 

Um dia abençoado para todos nós. Fiquem com Deus e até sexta-feira (25), com uma coluna especial e exclusiva, assim como a de hoje, sobre a audiência de Mário Lacerda Souza, presidente do PauliPrevi, na Câmara Municipal, segunda-feira, dia 21. Beijos e abraços. Au revoir!

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