Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
“Exclusiva” do Correio sobre ovos de Páscoa vira denúncia ao Ministério Público

Última atualização em 22 de abril de 2017

No último dia 14, o Correio mostrou, com exclusividade, que este ano o preço do ovo de Páscoa comprado e distribuído na rede municipal de ensino pela Prefeitura de Paulínia subiu mais de 100%, em relação ao ano passado. De acordo com o Pregão Eletrônico 25/2016, homologado pelo então prefeito José Pavan Junior (PSDB), dia 09 de março de 2016, o município comprou 23 mil ovos, sabor chocolate ao leite, 160g, ao preço unitário de R$ 6,19 (seis reais e dezenove centavos). 
Já este ano, de acordo com o Pregão 01/2017, homologado pelo prefeito Dixon Carvalho (PP), no último dia 6, a unidade do mesmo ovo de chocolate custou R$ 13,95 (treze reais e noventa e cinco centavos) aos cofres públicos. A única diferença entre as duas compras foi o tipo de modalidade de licitação usada pelos dois prefeitos – peso, sabor e quantidade foram as mesmas.
A partir da matéria do Correio, os vereadores Kiko Meschiati (PRB) e Tiguila Paes (PPS) decidiram averiguar mais a fundo o caso e, concluíram que pode ter havido superfaturamento na compra 2017 dos ovos de Páscoa. Segundo as pesquisas feitas pelos vereadores, a mesma empresa, Don Guerrier, que vendeu a unidade do ovo de chocolate ao leite por R$ 13,95 à Prefeitura de Paulínia, teria fornecido à Prefeitura de Holambra, ovo de 250g (90 gramas mais pesado) por R$ 5,70 (cinco reais e setenta centavos)  – ou seja, R$ 8,25 (oito reais e vinte cinco centavos) mais barato do que o de 160g, comprado pelo município. 
Ainda segundo os vereadores, eles solicitaram à Don Guerrier uma cotação de preço para 23 mil ovos, similares aos comprados por Paulínia, e a empresa cobrou R$ 9,00 (nove reais) por unidade. Kiko (PRB) e Tiguila (PPS) também afirmam ter pesquisado o preço de ovo de chocolate em pelo menos outras seis empresas do ramo. “No Higa atacadista, o preço máximo de um ovo de 260g que encontramos foi R$ 8,90. Nas outras empresas, o ovo de 160 gramas mais caro que achamos foi de R$ 9,50”, disse Kiko (PRB).
Com base nas pesquisas de preços e documentos levantados, os vereadores levaram o caso ao conhecimento do Ministério Público (MP), na quinta-feira (20). “Suspeitamos que pode ter havido superfaturamento de preço e, por isso, decidimos levar o caso à Justiça, visando a apuração legal dos fatos e, se restar comprovada qualquer irregularidade nessa compra, que os responsáveis sejam punidos e o município ressarcido de eventuais danos que tenha sofrido. Não podemos admitir que, enquanto falta o básico do básico na saúde da nossa cidade, a administração fique torrando dinheiro público, aleatoriamente”, disse Tiguila (PPS).
Na quinta-feira (20), o vereador do PPS também protocolou na Câmara o Requerimento 110/2017, no qual pede todas as informações e documentos referentes à mais uma aquisição da Prefeitura de Paulínia, suspeita de superfaturamento. Até o presente momento, o governo Dixon Carvalho (PP) não deu nenhuma declaração sobre o assunto. 
Fotos: Arquivo/Correio Imagem 

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