Correio Paulinense

Paulínia, 7 de setembro de 2024
“Exclusiva” do Correio sobre ovos de Páscoa vira denúncia ao Ministério Público

Última atualização em 22 de abril de 2017

No último dia 14, o Correio mostrou, com exclusividade, que este ano o preço do ovo de Páscoa comprado e distribuído na rede municipal de ensino pela Prefeitura de Paulínia subiu mais de 100%, em relação ao ano passado. De acordo com o Pregão Eletrônico 25/2016, homologado pelo então prefeito José Pavan Junior (PSDB), dia 09 de março de 2016, o município comprou 23 mil ovos, sabor chocolate ao leite, 160g, ao preço unitário de R$ 6,19 (seis reais e dezenove centavos). 
Já este ano, de acordo com o Pregão 01/2017, homologado pelo prefeito Dixon Carvalho (PP), no último dia 6, a unidade do mesmo ovo de chocolate custou R$ 13,95 (treze reais e noventa e cinco centavos) aos cofres públicos. A única diferença entre as duas compras foi o tipo de modalidade de licitação usada pelos dois prefeitos – peso, sabor e quantidade foram as mesmas.
A partir da matéria do Correio, os vereadores Kiko Meschiati (PRB) e Tiguila Paes (PPS) decidiram averiguar mais a fundo o caso e, concluíram que pode ter havido superfaturamento na compra 2017 dos ovos de Páscoa. Segundo as pesquisas feitas pelos vereadores, a mesma empresa, Don Guerrier, que vendeu a unidade do ovo de chocolate ao leite por R$ 13,95 à Prefeitura de Paulínia, teria fornecido à Prefeitura de Holambra, ovo de 250g (90 gramas mais pesado) por R$ 5,70 (cinco reais e setenta centavos)  – ou seja, R$ 8,25 (oito reais e vinte cinco centavos) mais barato do que o de 160g, comprado pelo município. 
Ainda segundo os vereadores, eles solicitaram à Don Guerrier uma cotação de preço para 23 mil ovos, similares aos comprados por Paulínia, e a empresa cobrou R$ 9,00 (nove reais) por unidade. Kiko (PRB) e Tiguila (PPS) também afirmam ter pesquisado o preço de ovo de chocolate em pelo menos outras seis empresas do ramo. “No Higa atacadista, o preço máximo de um ovo de 260g que encontramos foi R$ 8,90. Nas outras empresas, o ovo de 160 gramas mais caro que achamos foi de R$ 9,50”, disse Kiko (PRB).
Com base nas pesquisas de preços e documentos levantados, os vereadores levaram o caso ao conhecimento do Ministério Público (MP), na quinta-feira (20). “Suspeitamos que pode ter havido superfaturamento de preço e, por isso, decidimos levar o caso à Justiça, visando a apuração legal dos fatos e, se restar comprovada qualquer irregularidade nessa compra, que os responsáveis sejam punidos e o município ressarcido de eventuais danos que tenha sofrido. Não podemos admitir que, enquanto falta o básico do básico na saúde da nossa cidade, a administração fique torrando dinheiro público, aleatoriamente”, disse Tiguila (PPS).
Na quinta-feira (20), o vereador do PPS também protocolou na Câmara o Requerimento 110/2017, no qual pede todas as informações e documentos referentes à mais uma aquisição da Prefeitura de Paulínia, suspeita de superfaturamento. Até o presente momento, o governo Dixon Carvalho (PP) não deu nenhuma declaração sobre o assunto. 
Fotos: Arquivo/Correio Imagem 

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