Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
Episódio DIXON x KIKO” levanta discussão sobre LEALDADE POLÍTICA; Heresia: TRIBUNA DE CÂMARA NÃO É PÚLPITO DE IGREJA; Corte de gastos não atingirá Secretarias.

Última atualização em 2 de janeiro de 2017

Boaaaaaaaaaa nooooooooooite, meus amooooooooooooores. 02 de janeiro de 2017, primeiro dia útil do novo ano, que, politicamente falando, começou mais “cinzento” do que esperávamos.  Posse, Eleição da Presidência da Câmara e o anúncio do novo Secretariado Municipal, agitaram o primeiro domingo de 2017, e não 2007, como confundiu-se o novo prefeito durante a “pregação” na Tribuna da Posse. Os bastidores do dia revelaram, direta ou indiretamente, como e sob as ordens de quem deve funcionar a máquina pública municipal no recém-governo Dixon Carvalho (PP).

O novo prefeito, na minha visão, ao contrário do que disse na primeira coletiva com a imprensa local, dia 6 de outubro passado, comprometeu seu mandato muito mais do que deveria, pois, em certas alianças escancaradas ontem tem de tudo, menos “gente do bem”, politicamente falando. Maaaaaas, cada assunto no momento certo, afinal, meu 24º ano jornalístico está apenas começando. Então, vamos aos primeiros babados da fila.

Você é evangélico, põe paletó e gravata, pega a Bíblia Sagrada, a Harpa de Louvores, e vai “alimentar o espírito” no tradicional culto de domingo. Chegando na igreja, em vez do Pastor subir no púlpito para PREGAR A PALAVRA DE DEUS, como você e os outros fiéis esperam, sobe o Prefeito Eleito e começa a discursar sobre plano de governo, adversários, perseguições, campanha eleitoral e ainda por cima, entre uma fala e outra, pede para colocar músicas não evangélicas, como forma de recados para a população e seus oponentes políticos. QUAL SERIA SUA REAÇÃO? IGREJA É LUGAR PARA ISSO?
Pois, foi justamente isso o que aconteceu na surreal cerimônia de posse, ontem (1º), só que ao contrário. Em vez do PREFEITO, a população que lotou a Câmara Municipal encontrou um “PASTOR”. Em vez de soluções para os graves problemas da city ouvimos uma pregação evangélica.  Cena, locação (lugar da cena) e ator principal (o “pastor”), tudo completamente fora do roteiro. Nem vou entrar, aqui, no mérito do chamado Estado Laico – prefiro ir direto aos pontos do que penso.
Agradecer primeiramente a Deus por qualquer conquista, inclusive política, é indispensável e indiscutível. Foi o que todos os empossados fizeram ontem, exceto o novo prefeito. Transformar um Ato de Posse num Culto Evangélico foi heresia ou estratégia? Para mim, as duas coisas juntas. HERESIA, porque nenhuma religião pode ser misturada com política, ainda mais à política suja de hoje, e, também, porque quando queremos remédio vamos à farmácia, comida ao supermercado, pão à padaria, roupa à boutique, e ALIMENTO ESPIRITUAL À IGREJA. Câmara é Câmara, Igreja é Igreja. Sem contar que a Câmara pode ser tudo, menos um local santo. 
Me pareceu também uma ESTRATÉGIA, pois o CULTO acabou livrando o já prefeito Dixon (PP) de assumir, ao pé da letra, compromissos importantes com a população, tais como: cumprir o que prometeu na campanha, abrir a “caixa-preta” da Prefeitura e mostrar como está a city, dizer o que vai fazer para resolver os problemas mais graves e urgentes, ou seja, mostrar a que veio, realmente. Além disso, tenho a impressão que, antes da posse, “costuraram” o seguinte: “não mexe no passado, que não mexeremos no futuro”. Do you understand? Maaaaaas, se houve mesmo um prévio “acordo de cavalheiros” só saberemos com o andar da nova carruagem municipal.
Já na Eleição Presidencial da Câmara, o prefeito Dixon (PP), o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB) e o novo Secretário de Governo Aristides Ricatto saíram vitoriosos. Às 13h55, uma hora antes da votação começar, antecipei o resultado – 9 (Dú Cazellato) a 6 (Kiko Meschiati), conforme apurei no período da manhã, durante o CULTO. O placar inicial previsto era de 8 a 7, para o candidato do novo governo municipal, mas, na última hora conquistaram também o voto do amado Marquinho Fiorella (PSB), que antes votaria no Kiko (PRB). 
A semana final da corrida pelo comando da Câmara foi frenética, com ambos os lados tentando garantir a maioria dos votos. Aos vereadores que apoiaram Kiko, Dixon (PP) disse que não se meteria na disputa interna da Casa, pois isso era coisa da “velha política”. Juraaaaaaaaa?   Maaaaaaaaaas, por trás, ELE NÃO SE METEU FOI POUCO, isso sim. Colocou seu homem de confiança (Ricatto) para pilotar a candidatura Dú Cazellato (PSDB); de sábado para domingo ofereceu, pessoalmente, ao vereador Zé Coco (PV) a Vice-Presidência na Chapa de Dú; e ainda contava que Kiko desistisse da disputa. Vão vendo…
Zé Coco (PV) não aceitou a oferta do prefeito e permaneceu até o fim com Kiko (PRB), que, por sua vez, não desistiu da disputa e ainda desabafou a “traição”, durante o seu primeiro discurso como vereador. Um passarinho me contou que, após a eleição do novo Presidente da Câmara, o Doutor Benedito disse a um aliado, por telefone, que estranhou o fato de Kiko não ter desistido da disputa, já que (gente da confiança do ex-prefeito e atual prefeito) haviam passado para ele o filho que assim seria – #SQN.
Pela primeira vez na história da Câmara, um protesto que, até então, só se fazia nos bastidores (no Plenário todo mundo “ama” todo mundo…ah, thaaaa!!!) foi feito em público. No primeiro trecho do desabafo, Kiko disse o seguinte: “Senhor Presidente, primeiramente quero lhe dá os parabéns pela campanha limpa que fizemos, sem agressões, na transparência, isso é muito válido para a democracia. Desejo todo o sucesso do mundo ao Senhor, e que venhamos a poder desempenhar um bom trabalho aqui na Câmara, junto com os novos vereadores e os mais experiente”.  
No segundo e último, rasgou: “Vou falar pra vocês, aqui, porque sou bastante autêntico, não tenho que esconder nada de ninguém. Estou, sim, magoado, até pela minha lealdade, minha determinação, pelo mérito dos diretos que trabalhei com nosso prefeito Dixon Carvalho, achava que  poderia ter um pouco mais de respeito com a gente. Estou, sim, entristecido, não estou feliz, lógico que não. Participei de uma eleição, acho que não tem ninguém aqui que gosta de perder, porque se tiver não é ser humano. Então deixar aqui pra vocês aqui a minha insatisfação, mas parabéns”.
Pois bem. Vejam que o desabafo do vereador não foi dirigido a Dú Cazellato, muito menos a qualquer um dos membros da nova Mesa Diretora, mas, sim, ao prefeito Dixon (PP). Para não polemizar, o novo presidente da Casa fez “cara de paisagem”, e passou a palavra para o próximo “orador” João Pinto Mota (PSDC). Mais habilidoso, Fábio Valadão (PRTB) deixou uma “menção honrosa” a Kiko e todos que fizeram parte da Chapa 1. “Kiko foi um adversário leal”, disse o novo 1º Secretário da Mesa, além de, trocando em miúdos, pedir a união de todos os vereadores em prol da população. Pela população, claro que todos estarão juntos, não tenho dúvidas. Agora, como será a relação Kiko/Dixon, daqui por diante, aí só o tempo dirá, pois, qualquer um que teve ou tenha sua lealdade desprezada, não correspondida por quem deveria, vira uma fera.
E, depois do CULTO na Câmara, Dixon (PP) foi para o Paço Municipal, onde, à tarde, anunciou 99% do novo Secretariado municipal – só faltou o (a) titular da Secretaria de Recursos Humanos. Lá, a coisa mais “impactante” dita pelo prefeito foi que haverá “cortes nos gastos públicos” de Paulínia – mas isso é o mínimo que a população espera. Bom, pelo menos já  se que a redução de custos não passará pelo número de Secretarias Municipais, porque das 20, atualmente disponíveis, 19 já têm titulares – a maioria absoluta “importada” de outras cidades. Por outro lado, dizem, que Dixon (PP) pretende nomear apenas cerca de 200 pessoas para cargos e funções de confiança. 
Falando em nomeações de cargos comissionados, a nova secretária dos Negócios Jurídicos de Paulínia, Elisete Quadros, recebeu uma missão urgente, urgentíssima: tentar derrubar no Tribunal de Justiça do Estado a liminar que proíbe a Prefeitura de nomear novos ocupantes para os cargos de diretores e assessores de todos os tipos e níveis desocupados pelo staff pavanista. Por enquanto, o novo governo tem apenas os secretários – A FILA DE ESPERA PELOS DEMAIS CARGOS É GIGANTEEEEEEEEEEESCA. “Paciência, pessoal. Paciência!!!”
Da Prefeitura, Dixon (PP), o pai Doutor Benedito, e a primeira-dama Tatiana Castro (de salto alto, blusa vermelha, e legue colorida apertadíssima….hellooooooooooo, darling!!!) estiveram visitando o Hospital Municipal. Conversaram com gente, fora e dentro do hospital. O que o prefeito constatou no HMP ainda não foi divulgado pela assessoria de imprensa.
Bem, termino aqui a primeira coluna de 2017. Na segunda, quarta-feira, outros bafos e babados ainda do domingo político agitadíssimo.  Uma semana abençoaaaaaaaaaaaaaaaada para todos nós e, mais uma vez, um ANO NOVO ESPETACULAR, SOB AS BÊNÇÃOS E PROTEÇÃO DIVINAS. Muuuuuuuuuuuuuitos beeeeeeeeeeijos e abraaaaaaaaaaaaaaaaaços!!! Au revoir!!! 

Foto: 

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