Última atualização em 20 de janeiro de 2014
[imagem] Ivonete Pietrobom, Divina Vedovello, Regina Mattos e Moura (in memorian) e Lucila Pavan: ex-primeiras-damas, símbolos de muita luta e trabalho em prol da camada mais carente da população de Paulínia. Nos governos de seus respectivos esposos, elas presidiram o Centro de Ação Comunitária (Caco), o Fundo Social de Solidariedade do Município e encabeçaram campanhas e projetos sociais que geraram renda e emprego para os mais necessitados.
Mulheres que não ostentaram o título de Primeira-Dama de uma das cidades mais ricas do país, muito pelo contrário. Elas transformaram um “posto” vulnerável à futilidades em uma importante ferramenta de trabalho social. É isso que se espera da esposa de qualquer governante.
Desde julho passado, Paulínia “ganhou” uma nova Primeira-Dama: Thais Fernanda Moraes Moura. Uma moça desconhecida dos paulinenses, pelo fato de não ser da cidade e nunca ter morado aqui, mas que sucedeu a atuante ex-primeira-dama Lucila Pavan, logo que o marido Edson Moura Junior (PMDB) foi liberado pela Justiça Eleitoral para assumir o cargo de prefeito.
Após a diplomação e posse do marido, dia 16 de julho passado, esperava-se que Thais assumisse a presidência do Centro de Ação Comunitária (Caco), seguindo a tradição. Entretanto, dez dias depois de assumir a Prefeitura Moura Junior (PMDB) sinalizou claramente que decretaria a falência do Caco, cortando o oxigênio da entidade: a subvenção.
Não deu outra. Além do Caco, o marido de Thais guilhotinou também a Associação para a Infância e Juventude (AIJ). O Caco fechou as portas, até hoje não conseguiu vender os seus bens móveis para saldar dívidas, e a AIJ está desenvolvendo apenas 5% do grandioso trabalho que desenvolvia.
Quarenta e três dias após tomar posse, o marido decretou (DECRETO Nº 6.553, DE 29 DE AGOSTO DE 2.013) a esposa como Presidente do Fundo Social de Solidariedade de Paulínia. Embora a primeira-dama tenha assumido o Fundo em agosto, até agora Thais não encabeçou nenhuma campanha de solidariedade na cidade. Poderia ter feito o “Natal Solidário”, para compensar o caro e desastroso “Natal” realizado pela administração do marido. Poderia…
Por enquanto, a primeira-dama de Paulínia tem se limitado a participações em eventos oficiais diversos, entretanto, nenhum ligado a área social, propriamente dita. No último dia 17, por exemplo, ela recebeu o ator e cantor global Rafael Almeida, que de olho na dinheirama que Moura Junior (PMDB) pretende despejar no setor audiovisual este ano, veio conhecer o Polo Cinematográfico de Paulínia e, claro, “vender o seu peixe”.
Enquanto Thais recebe artistas, o marido destrói as entidades sociais com as quais ela poderia trabalhar em conjunto para o bem da população carente do município, assim como fez, por exemplo, a sua sogra Ivonete Pietrobom. E o mais curioso nesta história é que a primeira-dama parece compactuar com todas as atrocidades cometidas pelo marido contra o Caco, AIJ, Aupacc, APAE, Centro São Francisco de Assis, Casa do Menor, Associação Protetora dos Animais, Banda Santa Cecília, Paulínia Racing Bicicross e Projeto Liberdade. Casamento também é cumplicidade, mas não em prejuízo de outrem.
Talvez, a Senhora Edson Moura Junior termine o seu “reinado” como a primeira “primeira-dama turista” da história de Paulínia. Ou seja, uma “estrangeira” que simplesmente passou por aqui, sem mover uma palha para impedir o marido de destruir, em nome do poder e da vingança, a área em que ela deveria ser exemplo de dedicação e trabalho, como foram as suas antecessoras. Uma Primeira-Dama omissa serve pra quê?
Foto: Lucas Rodrigues/CP Imagem
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