Correio Paulinense

Paulínia, 22 de novembro de 2024
E a palhaçada continua…; Jingle melancólico; Ballone ao vivo; Cadê a Pró- Shopping? Restaurante Fantasma; Igual Pirâmide; Acelera TJ; Disneylândia abandonada; Com Moura sempre foi assim…;

Última atualização em 6 de maio de 2013

Boa taaaaaaaaaaaaaaaaarde, meus amores. E a palhaçada continua. De novo Paulínia foi pautada pelo TSE, dessa vez para a sessão de amanhã, dia 07. Resta saber se esse “detalhe” será lembrado pelo colegiado eleitoral, até o fim dos trabalhos, neh? Nem falo mais nada. 
Quem canta os seus males espanta, mas depende da música. Cantores talentosíssimos interpretando impecavelmente um jingle político pra lá de melancólico – e bota melancolia nisso.  Misericórdia! Sem contar que totalmente fora de época, pois só teremos eleições no próximo ano – e eleições nacionais, diga-se de passagem. 
Sugerido no Facebook pela multifuncional Lúcia Abadia, na verdade, o jingle é um desabafo real de alguém que só pode estar sofrendo muito com a distância do poder. Quem será? Fora isso, o belíssimo Mike Fontana (uiiiiii…gargalhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaadas)  arrasou na produção audiovisual.  We are the world, we are the children…
Semana passada, o queridíssimo Leonardo Ballone entrou ao vivo na EPTV para explicar a vergonhosa situação do prédio onde deveria funcionar o mega restaurante do Complexo Rodoviária Shopping.  A obra consumiu alguns dos quase R$ 490 milhões públicos (+ os R$ 550 mil pagos pelo show de Ivete Sangalo…lembram?) gastos no complexo todo, foi dada  em concessão a  Pró- Shopping, que, por sua vez, terceirizou o local para  Villa Lumieri Comércio de Alimentos.  Tudo isso em 2004, pelo então governo Moura.
O ex-prefeito deixou o poder quatro anos depois (repito: quatro anos depois) de inaugurar mais uma de suas “obras-primas”, sem ser o primeiro a adentrar no restaurante e pegar uma lagosta grelhada no garfo. E o mais surpreendente: SEM RECLAMAR.  Além disso, durante os quatro anos finais do seu reinado Moura nunca exigiu “nadica” de nada da Pró- Shopping, que ganhou a licitação para administrar shopping, restaurante e sei lá mais o que. Pelo menos que eu saiba, de 2004 para cá, a única ação jurídica da Prefeitura contra esta empresa foi impetrada pelo atual prefeito Pavan (PSB). Se eu estiver errado é só me mandar cópia de qualquer outra ação que me retrato, sem nenhum problema.  Acho difícil. 
 O ex-prefeito deu foi carta branca para a Pró- Shopping  deitar e rolar, mandar e desmandar no “pedaço”, construído com o dinheiro do contribuinte paulinense. E o que é mais grave, no meu ponto de vista: lucrar em cima do dinheiro público. Estou errado? Então vamos lá. Segundo a Prefeitura, desde que assumiu a administração do Paulínia Shopping, a Pró- Shopping  nunca pagou um tostão de aluguel.  
O valor de R$ 23 mil mensais, fixado em contrato, deveria ser pago a partir do 13º mês de vigência da concessão. Se não estou enganado, a Pró- Shopping assumiu a administração do Paulínia Shopping  em 2006. É só descontar o período de carência e multiplicar R$ 23 mil pela quantidade de meses de 2006 até os dias de hoje, que chegaremos ao tamanho do calote no município. É preciso saber também se a Villa Lumieri pagou algum aluguel para a Pró- Shopping e, se pagou, quanto pagou. Concordam?
Pelo menos para mim, uma coisa é muito clara. A Pró- Shopping  não estaria este tempo todo no Paulínia Shopping se tivesse levando prejuízo no negócio.  Não estaria meeeeeeesmo.  Sabemos que a administração do shopping é péssima, mas ela tem um custo mensal, pelo menos com funcionários e fornecedores. O aluguel pago pelos lojistas deve cobrir essas despesas e ainda acaba sobrando ?algum? para o dono da empresa, o alagoano Robson Rodas, tomar uma água de coco bem geladinha na badalada orla de Maceió – Ponta Verde, Pajuçara e por aí vai… Isso sem contar eventuais “receitas extras” que o shopping tem capacidade de gerar. 
As imagens do “restaurante fantasma” são realmente revoltantes. Onde estava a segurança da Pró- Shopping que não viu ninguém quebrando portas e vidros do local?  Cadê a Pró- Shopping que não fiscalizou a manutenção interna do prédio pela Villa Lumieri? Cadê a Pró- Shopping que não colocou o restaurante pra funcionar? Aliás, cadê a Pró- Shopping que não arruma a lona do shopping, lona esta instalada com dinheiro público. Aquilo ali é uma vergonha.  Aliás, a Pró- Shopping, em Paulínia, é uma vergonha. 
Sendo muito sincero, o pecado da atual administração nesta história foi ainda não ter conseguido tirar o complexo público das mãos desta empresa, que sempre provou por “a + b” não estar nem ai pra nada. Ela não gastou um centavo pra construir, paga pouco para usufruir, então, vai esquentar a cabeça pra que? 
A Justiça pega no pé dos governantes em relação ao desperdício do dinheiro público. Entretanto, neste caso, a demora do Judiciário em resolver a questão Prefeitura x Pró- Shopping está contribuindo para aumentar o prejuízo aos cofres paulinenses. O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo precisa resolver isso logo, para o município recuperar um patrimônio público, dado pelo ex-prefeito Edson Moura a uma empresa sem o menor compromisso com a cidade.
Aliás, onde hoje funciona o Complexo Rodoviária Shopping era pra ser o Parque Brasil 500, cujo projeto foi desenvolvido por uma empresa da Califórnia, nos Estados Unidos. Moura desapropriou a área, que pertencia à empresa CBI Lix, por R$ 7,5 milhões, em dezembro de 1996, último ano de seu primeiro governo. O complexo turístico e de entretenimento abrigaria também hotéis luxuosos, o maior museu de transportes da America Latina, geraria 16 mil empregos, diretos e indiretos, e tinha previsão de 4 milhões de visitantes por ano. Um verdadeiro ?sonho americano? em plena Paulínia City.
Ações da “Disneylândia de Moura” foram colocadas na Bolsa de Valores, mas nenhum investidor quis arriscar dinheiro no negócio. Como não apareceu investidor para o Parque Brasil 500, o então prefeito Dude Vedovello, que sucedeu Moura, pediu, em abril de 98, autorização a Câmara para desfazer o negócio e devolver o terreno para a CBI Lix
Nesta altura do campeonato, a CBI já havia recebido R$ 600 mil dos R$ 7,5 milhões que a Prefeitura lhe devia pela desapropriação amigável. Moura programou o pagamento em quatro parcelas, sendo três de R$ 500 mil e uma de R$ 6 milhões (na bucha). Ele pagou somente os R$ 600 e deixou o restante para seu Dude pagar. Enquanto o projeto de lei para devolução da área tramitava na Câmara, seu Dude pagou mais R$ 250 mil a CBI.
O projeto de lei foi aprovado pela Câmara em 19 outubro de 1998, com a Emenda Supressiva 1, de autoria do então vereador Emerson Eduardo dos Santos, o Gordura, rejeitada. Gordura era favorável à devolução do terreno, mas contra ao município perder os R$ 850 mil já pagos pela área. Para Gordura eventuais perdas e danos da CBI e a multa pela quebra de contrato deveriam ser discutidas judicialmente. 

O mais curioso, nesta história, é o seguinte: apesar da devolução da área ter sido aprovada pela Câmara, a mesma  continuou com a Prefeitura. Não encontrei nenhum registro de revogação da revogação da desapropriação. Vou fuçar melhor, quem sabe encontro algo que explique este mistério. 
Pouco mais de um ano depois, Moura voltou ao comando da city e gastou quase R$ 500 milhões na construção do Complexo Rodoviária Shopping e Polo Cinematográfico, deixando para trás o próprio sonho de construir uma Disneylândia em Paulinia. Com Moura sempre foi assim: não importa o valor do sonho, desde que seja pago com dinheiro público. E olha que mesmo não saindo do papel, o projeto abandonado pelo ?autor? custou muito caro aos cofres públicos, igualzinho a Pirâmide de R$ 114 milhões, que nunca saiu do papel. 
Cansei. Vou almoçar, pois outras tarefas me aguardam. Uma semana abençoada para todos nós, em nome de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Beijos, abraços e até quarta-feira. Fuiiiiiii!!!

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