Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
Domínio Zero: Foi mais prudente rejeitar o destino duvidoso de quase R$ 90 milhões dos cofres públicos

Última atualização em 20 de outubro de 2013

[imagem] Uma Câmara Municipal derrubar um projeto do Prefeito é tão corriqueiro quanto acordar, escovar os dentes, tomar um pingado na padaria, abastecer o carro, fazer mercado, pagar água, luz e telefone, entre outras tarefas e obrigações do cotidiano. Agora, a Câmara Municipal de Paulínia derrubar com folga um projeto de “dois prefeitos” e ainda por cima esses dois prefeitos sendo Edson Moura e Edson Moura Junior, aííííííííííí “NÃO TEM PREÇO”. Por que NÃO TEM PREÇO? Porque o pai  cobrou um preço altíssimo do município para se manter no poder por 12 (doze) anos e o filho está querendo cobrar outra fortuna do povo para sustentá-lo na soberania municipal, mesmo que indiretamente.

Até 2016, quase R$ 90 milhões ( R$ 29.952.000,00 por ano) sairiam dos cofres públicos de Paulínia para pagar passagens de famílias com renda mensal de até dois salários mínimos. Inicialmente, seria uma ação social digna de todos os aplausos. SERIA, SE NÃO FOSSE DUVIDOSA, em vários aspectos. Aspecto 1: a tarifa zero foi anunciada para todos, independente da renda. Aspecto 2: a família tem que ser cadastrada em um programa, o Socializ, que oficialmente nem existe. Aspecto 3: seria um cartão por família, com 16 passagens diárias; Aspecto 4: quantas famílias seriam beneficiadas?; Aspecto 5: como seria feito o controle destas passagens?; Aspecto 6: de onde sairia o dinheiro para subsidiar o benefício de novembro à dezembro deste ano, já que esta despesa não estava prevista no Orçamento deste ano; Aspecto 7: a população não foi consultada; Aspecto 8: a Câmara de Vereadores não foi consultada; Aspecto 9: quem não se enquadrasse no benefício continuaria pagando R$ 1,00 na catraca ou passaria a pagar R$ 2,60? 
Nenhuma das questões acima foi esclarecida no texto do projeto enviado à Câmara Municipal. CONFIRA. Simplesmente, o prefeito Edson Moura Junior (PMDB) pegou o microfone da posse, dia 16 de julho, anunciou a Tarifa Zero, a partir de 1º de outubro, e 74 (setenta e quatro) dias depois mandou para a Câmara um projeto, além de milionário, aparentemente em benefício da população. Como o feeling da atual legislatura é infinitamente mais bem apurado do que as de outrora, os Vereadores sentiram cheiro de carne fora da geladeira e rejeitaram a proposta, por 10 votos a 4. 
Embora os atuais mandatários do Executivo Municipal estejam como carros em estacionamentos, a rejeição do atual Legislativo alertou que estamos em 2013 e não em 1993. Naquela época, com o cheque assinado em branco pela Câmara, o pai implantou, ao mesmo tempo, a Tarifa Zero e o Vídeo Bus. Foi um verdadeiro caos para a população e uma dor de cabeça, juridicamente falando, para  ele e todos os demais envolvidos, denunciados pelo Ministério Público e processados pela Justiça da Cidade. 
Hoje, NÃO EXISTE MAIS CHEQUE EM BRANCO PARA PREFEITO E MUITO MENOS UMA CÂMARA 100% MANIPULÁVEL, como na época do pai.  O prefeito pode remanejar apenas 25% do Orçamento, sem autorização dos vereadores. Passou disso, tem que pedir a “benção” sim, queira ou não. Até o presente momento 11 (onze) fazem oposição e 4 (quatro) defendem o indefensável.  O líder do governo é muito fraco. Fraco pelo fato de ainda não ter moral política para o cargo e, sobretudo, porque chegou arrogante na Câmara, apontando o dedo pra todo mundo. Inexperiência + Arrogância = DERROTA. Neste caso, DERROTA DO GOVERNO.
O prefeito Moura Junior (PMDB) disse que o resultado negativo da Tarifa Zero foi político e que não desistirá do programa. Como assim? Será que ele pretende mandar outro projeto para a Câmara, dessa vez detalhando tuuuuuuuuudo? Só pode ser, pois o prefeito é um homem que “preza pelos detalhes” e quem elaborou a Tarifa Zero, talvez não tenha percebido isso. Por exemplo: ele disse que ainda não pagou as indenizações trabalhistas do Caco (Centro de Ação Comunitária) e AIJ (Associação para a infância e Juventude) porque as entidades não apresentaram, detalhadamente, as rescisões dos funcionários. Poxa vida! Custa nada o secretário Jurídico Arthur Augusto Campos Freire xerocar logo os detalhes para Moura Junior?
Terça-feira, dia 15 de outubro de 2013: a Câmara Municipal de Paulínia não derrubou até 16 passagens de graça por dia, mas sim o destino duvidoso de quase R$ 90 milhões públicos (em três anos) e por tabela as cristas de dois prefeitos que querem fazer “a festa”, sem dar satisfações a ninguém. PAULÍNIA NÃO É MAIS A CASA DE MÃE JOANA! 

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