Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
Discurso do Vice: o choro não calou a voz do coração por uma Paulínia realmente melhor

Última atualização em 6 de outubro de 2019

O lado poético – politicamente falando – e religioso da cerimônia de posse do novo prefeito de Paulínia, Du Cazellato (PSDB), ficou por conta do vice-prefeito Paulo Camargo Junior, o Sargento Camargo (PSDB), que emocionou a lotação máxima do Plenário da Câmara Municipal, sexta-feira (4).
Misturar política e religião nunca foi apropriado. Nos dias de hoje, então, chega a ser quase uma blasfêmia.  O então prefeito eleito Dixon Carvalho (Progressistas) transformou sua posse em um “culto religioso”, com direito à leitura, por ele mesmo, de trechos da Bíblia, e repertório de cinco belíssimos louvores. Tudo “jogo de cena”, típico dos “Marcos Felicianos” que infestam a política brasileira e usam o Santo Nome de Deus em vão, todo santo dia. 
É inegável que, ao pedir um louvor – “Sabor de Mel”, na voz da estrela gospel Damares – em plena posse, Camargo Junior fez o público relembrar a tosca encenação do ex-prefeito, que deu causa à eleição suplementar vencida por ele e Cazellato. Mas, felizmente, a semelhança entre 1º de janeiro de 2017 e 04 de outubro de 2019 parou por aí.  
O choro quase impediu as palavras, mas, quando elas finalmente saíram, o que se ouviu foi a voz do coração de um homem tomado por um profundo e verdadeiro desejo de honrar o cargo lhe confiado pelo povo – coisa raríssima na política.  “EU QUERO LUTAR, EU QUERO FAZER, EU SEI QUE PODE”, disse ele, em meio às lágrimas, sobre a Paulínia que todos prometem, mas nunca entregam à população. Depois de uma CIDADE FELIZ, UNIDA, SORRIDENTE e de GENTE DO BEM, agora, prometeram uma PAULÍNIA COM ATITUDE.
E, uma NOVA ATITUDE foi a principal cobrança de Camargo para Prefeito e Vereadores: “VAMOS PENSAR NO POVO. NÃO VAMOS PENSAR NA GENTE. VAMOS PENSAR NO COLETIVO”. Foi ovacionado pela plateia.  Se não fosse a enorme distância entre o verdadeiro discurso do Vice e a prática do sistema político, as chances de uma nova Paulínia, certamente, seriam gigantescas e indiscutíveis.
Na política real, Camargo , assim como os antigos “mandatários reservas”, nada poderá executar no segundo gabinete do Paço Municipal. Por outro lado, o novo titular, Cazellato, terá a oportunidade ímpar de fazer bem diferente, em relação ao reserva que escolheu. O homem que interrompeu uma carreira de quase 30 anos na Polícia Militar não merece ser “vaso decorativo” no governo que ajudou (e muito) a eleger. No mínimo, deveria comandar a Segurança Pública Municipal. “Fika Dica”, já dizia o saudoso e querido Marcelo Hulk.
Diferente de 2012 e 2016, quando disputou e perdeu a eleição para vereador, Sargento Camargo logrou êxito logo na primeira tentativa para o Executivo. Na Câmara, teria a caneta do mandato. Na Prefeitura, a caneta que mandará não será a dele. Mesmo assim, demonstrando acreditar piamente que Cazellato fará o governo que discursou depois dele, Camargo, antes de deixar a Tribuna, antecipou: “TUDO O QUE ELE FALAR, EU ASSINO EMBAIXO”
Do ponto de vista político, o discurso do Vice foi intensamente poético, mas com “versos” que retrataram fielmente o principal desejo da população: UMA CIDADE BEM MELHOR. Fica aqui a grande e verdadeira torcida para que ela realmente aconteça. 

Misael Marcelino da Silva, o
Mizael Marcelly
Foto: Reprodução

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