Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
Diálogos interceptados pelo Gaeco podem complicar Dixon (PP) e outros

Última atualização em 10 de novembro de 2017

O Correio apurou novos detalhes da Operação “Purgamentum”, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Campinas, na manhã desta quinta-feira (9), em Paulínia, Ribeirão Preto, Campinas, Sumaré, Barretos e Passos (MG).  
De acordo com os documentos a que tivemos acesso, Promotores do Gaeco cumpriram, no total, 16 (dezesseis) mandados de busca e apreensão, acompanhados de intimação com nota de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para depor) contra autoridades, servidores municipais e vereadores de Paulínia, além de dois empresários, apontados como donos da empresa Filadélfia Locação e Construção. 
Os alvos da operação em Paulínia foram: o prefeito Dixon Carvalho (PP), a primeira-dama Tatiana Castro, os secretários Municipais Reginaldo Antonio Vieira (Chefia de Gabinete), Valdir Terrazan (Obras e Serviços Públicos), os vereadores Zé Coco (PV) e Edilsinho Rodrigues (PSDB),  Elizabeth Juliani, assistente do secretário Vieira, Kevyn Barbosa Bebber, Celso Ricardo Varandas e, Paulo Sérgio Mantovani, assessor especial do gabinete do prefeito . 
O empresário campineiro  Geraldo Antônio Baraldi, que tem ligação com o prefeito Dixon (PP) e é averiguado na mesma representação do MP, também foi levado coercitivamente para depor e teve um de seus escritórios, em Campinas, visitado pelo Gaeco.
As investigações do Ministério Público (MP) indicam que os alvos paulinenses da operação “Purgamentum”, que apura fraudes em licitações de lixo em São Paulo e Minas Gerais, estariam cometendo vários delitos, em prejuízo da população e em benefício próprio.  O Correio levantou que, na primeira etapa das investigações, promotores do Gaeco realizaram escutas autorizadas pela Justiça em onze telefones celulares, incluindo os dois do prefeito Dixon Carvalho (PP). 
Os secretários Vieira e Terrazan, o vereador Edilsinho (PSDB), o empresário Baraldi, a assistente do secretário-chefe de Gabinete Elizabeth, e o assessor especial Mantovani  também tiveram suas conversas telefônicas monitoradas pelo Gaeco, durante o período autorizado pela Justiça. Uma oitava pessoa também teve seus aparelhos Nextel e da operadora Claro interceptados, porém, não tivemos acesso à sua identificação.
Segundo os documentos a que tivemos acesso, os diálogos interceptados pelo Gaeco  indicam suposta fraude na licitação e situação de emergência, que resultaram no contrato emergencial da Prefeitura de Paulínia com a Filadelfia Locação e Construção, para coleta de lixo e limpeza urbana do município, entre os meses de maio a novembro deste ano, no valor total de mais de R$ 22 milhões.  
No último dia 18, o Consórcio “Paulínia Sempre Limpa”, do qual a Filadelfia faz parte, foi homologado pelo prefeito Dixon Carvalho (PP) vencedor da nova licitação da coleta de lixo e limpeza urbana da cidade, que custará quase R$ 47 milhões aos cofres públicos municipais (leia). O Ministério Público (MP) suspeita que a Filadelfia e a Seleta Tecnologia Ambiental, alvos da Operação “Purgamentum”, fraudaram licitações em prefeituras mineiras e paulistas, e, por isso, as empresas tiveram R$ 11,6 milhões bloqueados pela Justiça de Minas Gerais. 

Foto: Internet/Reprodução

<imagem1>gaegofazoperaçãoempaulínia.jpg</imagem1>

<imagem2></imagem2>

<imagem3></imagem3>

<imagem4></imagem4>

<imagem5></imagem5>

<video1></video1>

 

 

Gostou desse conteúdo? Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Rolar para cima