Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
“Decepção”, diz Cazellato sobre o 1º e problemático dia da Viação Terra

Última atualização em 12 de janeiro de 2020

A estreia da nova empresa de transporte coletivo de Paulínia, neste sábado (11), provocou uma enxurrada de reclamações nas redes sociais e irritou o prefeito da cidade, Du Cazellato (PSDB). Os ônibus circularam com nomes de linhas – Cidade de Deus, Méier, Copacabana, entre outras – de bairros da capital do Rio de Janeiro, sujos, muitos deles danificados, inclusive, quebrando e deixando passageiros a pé. Segundo informações, hoje, os coletivos já rodaram identificados pelos bairros da cidade.  
A confusão fez a Viação Terra postar um pedido de desculpas “pelos transtornos causados” aos passageiros paulinenses, ao longo do primeiro dia de operação na cidade.  “A empresa já fora notificada pela administração municipal e adotará as medidas necessárias para o fiel cumprimento do contrato firmado”, disse a nota. 
A Viação Terra foi anunciada pela administração tucana dia 5 de dezembro passado, portanto, a empresa teve trinta e sete dias para preparar os veículos e colocá-los em circulação.  Na catraca, a tarifa de R$ 1 não foi cobrada ontem e nem será hoje (12), segundo informou a concessionária.  
Os problemas irritaram Cazellato, que se pronunciou, por meio de vídeo, nas redes sociais. “Confesso que com decepção pude ver que faltou por parte da empresa planejamento, limpeza e identificação de itinerários”, disse ele. O tucano afirmou ainda que se reuniu, ontem mesmo, com o Secretário Municipal de Transportes e o dono da empresa para sanar os problemas. “Sei que toda mudança gera conflitos, mas a população não pode mais pagar por isso”. 
Contratação emergencial
A Viação Terra foi contratada para operar o transporte coletivo municipal por 180 dias. De acordo com a administração Du Cazellato, a contratação emergencial (sem licitação) custará aos cofres públicos da cidade R$ 8.594.929,80 (oito milhões, quinhentos e noventa e quatro mil, novecentos e vinte e nove reais e oitenta centavos), no máximo, e ficará vigente até a realização de nova licitação regular para o serviço.
“O novo contrato traz economia para os cofres públicos do município, pois o valor custeado pela Administração Municipal irá cair de R$ 1,85 para R$ 1,45, mantendo o preço da passagem de R$ 1 ao usuário do transporte. A estimativa é que sejam economizados cerca de R$ 1,9 milhão, quando comparado ao antigo contrato (da Flama Transportes)”, declarou o governo tucano, em dezembro passado.  
Ainda segundo a administração,, o contrato com a Viação Terra prevê 25% da frota com ar-condicionado e ônibus com idade máxima de 8 anos.  A empresa deve operar com 52 veículos. 
Reações políticas
Os vereadores da base governista Edilsinho Rodrigues (PSDB) e Marcelo de Souza (PRTB) também comentaram a polêmica do transporte nas redes sociais. Eles reconheceram os problemas apresentados pela Viação Terra. “As reclamações são justas e o serviço precisa ser prestado com a qualidade exigida no edital”, comentou Rodrigues. “Pode ter certeza, a administração vai cobrar que se cumpra o contrato”, afirmou Souza.
O vereador José Soares, autodeclarado independente, criticou duramente a nova empresa. “Uma vergonha a situação do transporte urbano de Paulínia, simplesmente revoltante ver tanto descaso”, postou o republicano. 
Já o secretário de Governo, Danilo Barros, explicou que a contratação emergencial da Viação Terra foi necessária porque o contrato com a Flama Transportes, do Grupo Passaredo, já estava vencido e não havia uma nova licitação de transporte em andamento. Barros também falou em decepção com a nova concessionária. “Esperávamos muito mais da empresa, não vou passar a mão na cabeça, a situação foi decepcionante hoje (ontem, dia 11). Esperamos que ela se adeque o quanto antes”, disse ele.
Pré-candidatos a prefeito pela oposição também postaram sobre o assunto. “Os ônibus que trouxeram para Paulínia parecem sucatas”, escreveu Tuta Bosco (Cidadania). Em vídeo, a emedebista Nani Moura também criticou a qualidade do novo transporte público municipal, e chegou a confundir a marca Marcopolo, fabricante de veículos de passageiros, com nome de linha de ônibus. Robert Paiva (PTB, por enquanto) gravou e postou dentro de um dos coletivos. “Total falta de respeito com as famílias”, disse ele.

Foto: Divulgação/PMP

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