Correio Paulinense

Paulínia, 7 de dezembro de 2024
Concessão administrativa do shopping deve render quase R$ 10 milhões ao município

Última atualização em 29 de janeiro de 2021

A Prefeitura Municipal de Paulínia (PMP) abriu concorrência pública para terceirizar a administração do Paulínia Shopping, atualmente sob a responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. A licitação está prevista para março e, de acordo com o edital, o contrato de concessão administrativa do centro de compras será de 10 (dez) anos, podendo ser renovado pelo mesmo período. 
Com a terceirização, a administração do prefeito Du Cazellato (PL) espera arrecadar R$ 9.881.090,40 (nove milhões, oitocentos e oitenta e um mil, noventa reais e quarenta centavos) para o município, no primeiro período contratual. “A taxa de remuneração mínima (mensal) deverá ser de R$ 82.342,42, correspondente a 0,20% do valor do patrimônio avaliado em R$ 41.171.208,15, pela Comissão Permanente de Avaliação de Bens Imóveis – CPABI”, estipula o edital.

Ainda de acordo com o documento, o único shopping da cidade conta com duas salas de cinema, arena de eventos com capacidade para 300 pessoas, e 56 lojas, sendo que, atualmente, 39 estão alugadas e 17 vazias. Apenas empresas especializadas em gestão de shopping centers poderão participar. 

Polêmicas

Inaugurado em novembro de 2004, com show da cantora Ivete Sangalo, o Paulínia Shopping  só começou a funcionar a partir de agosto de 2006, quando a empresa Pró-Shopping venceu a primeira disputa pela concessão administrativa do centro de compras. O cachê de R$ 550 mil pago à diva baiana foi considerado acima do valor de mercado pelo Ministério Público (MP), que denunciou o então prefeito Edson Moura (MDB) por contratação irregular (sem licitação) da artista. Moura acabou condenado por improbidade administrativa, e teve seus direitos políticos suspensos por cinco anos. 
Em 9 de setembro de 2013, a Prefeitura Municipal de Paulínia (PMP) interditou o Paulínia Shopping, por falta de segurança. Segundo declarou a administração da época, o prédio estava com as saídas de emergência bloqueadas, não tinha alvará de funcionamento, auto de vistoria do Corpo de Bombeiros e nem extintores de incêndio, problemas que colocavam em risco constante frequentadores, funcionários e lojistas. No mesmo dia, a Pró-Shopping rescindiu o contrato de concessão, a PMP assumiu a administração do shopping, e o caso foi parar na Justiça
O chamado Complexo Rodoviária Shopping de Paulínia custou cerca de R$ 78 milhões aos cofres públicos da cidade, mas nunca funcionou plenamente. Prédios onde deveriam funcionar, por exemplo, um restaurante e uma Unidade Básica de Saúde (UBS) nunca foram utilizados. Em 2009, o complexo passou a abrigar também o polo cinematográfico da cidade (quatro estúdios, film commission, e a escola magia do cinema) e o Museu Municipal. O polo está desativado há pelo menos cinco anos, e o museu nunca funcionou.

Foto: Reprodução 

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