[imagem] Recentemente o fim da Bolsa Família, principal programa social do Governo Federal, provocou um reboliço nacional. Milhares de pessoas superlotaram agências da Caixa Econômica Federal, houve quebra-quebra e muito vandalismo. Era tudo mentira. O Palácio do Planalto teve que desmentir publicamente a notícia e acionar a Polícia Federal para investigar de onde ela partiu. As investigações estão em curso para identificar os responsáveis pela propagação da falsa extinção do benefício.

Embora ninguém saiba precisar com exatidão a partir de quando, há muitos anos o boato (fofoca, rumor, zunzum)  tem sido uma ferramenta muito usada em vários campos e com diversos objetivos. No mundo dos famosos a fofoca alimenta uma poderosa e lucrativa indústria especializada em invadir a privacidade de celebridades, que também se utilizam dela para plantar “noticias” e garantir a evidência constante.

Na política, o boato tem mil e uma utilidades. Serve para promover políticos em fim de carreira, desestabilizar adversários, justificar falcatruas e crimes contra o dinheiro do povo, criar reis de araque, causar intrigas entre grupos políticos, alimentar de mentiras seguidores fanáticos e desinformados, fazer lavagem cerebral, impor falsos poderios, entre tantos outros objetivos.

Em se tratando de boato político, nem sempre é preciso chamar a Polícia Federal para identificar o autor da falsa notícia. Na maioria absoluta das vezes a fofoca é minuciosamente criada pelos chefões políticos e depois plantada entre os partidários, que propagam a mentira como verdade absoluta. Detalhe, só os chefões sabem que é mentira – os propagadores vão tão somente no embalo.

Nos últimos anos o cenário político de Paulínia tem gerado grandes boatos, alguns deles devastadores na vida dos alvos escolhidos estrategicamente. “O rei falou, tá falado”. Não importa as consequências, pois os meios justificam os fins. Diz a sabedoria popular que uma mentira bem contada vira verdade.

Na política, felizmente, o dito não tem se cumprido ao pé da letra. As mentiras criadas nos suntuosos “QG’s” e propagadas por seguidores ingênuos nas redes sociais tem sido quase sempre derrubadas. Os boatos mais repetidos nos últimos tempos, como aquele que há meses vem anunciando acontecimentos em 48 horas (e nada acontece), têm sido desmentidos pelo próprio tempo.