Correio Paulinense

Paulínia, 4 de dezembro de 2024
Cazellato está desafiado a fazer sucessor para garantir continuidade

Última atualização em 25 de março de 2024

Com o governo aprovadíssimo pela maioria da população, o atual prefeito de Paulínia tem tudo para eleger seu substituto nas eleições deste ano, mas não pode cochilarFoto: Arquivo

Um prefeito que resgatou e manteve a estabilidade político-administrativa da cidade. Um prefeito com alto índice de aprovação popular. Um prefeito filho da terra que governa. Um prefeito visto por muitos como humilde e carismático. Um prefeito em fim de mandato, sem possibilidade de reeleição. Estamos falando de Ednilson Cazellato, o segundo vereador da história de Paulínia promovido pela população a Chefe do Poder Executivo.

Seus dois mandatos seguidos foram impecáveis? Não. A alta aceitação de seu governo garante que ele fará sucessor facilmente? Não. Aprovação popular é uma coisa, transferência de voto é outra, inclusive bem complexa. Entretanto, Cazellato está desafiado a tornar-se o segundo prefeito da cidade a eleger um substituto, nos últimos 30 anos. Seu êxito ou fracasso está, literalmente, na ponta do dedo indicador, direito ou esquerdo.

Sargento Camargo, Tuta Bosco, Danilo Barros e Edilsinho Rodrigues: um desses atores políticos terá o braço levantado por Cazellato. Se o critério de escolha for mais pessoal do que político, Barros é apontado como favorito disparado. Se o peso político de cada um for levado em conta, Sargento Camargo, vice-prefeito desde 2019, e Tuta Bosco, duas vezes candidato a prefeito, somando mais de 22 mil votos recebidos e apoiador da reeleição de Cazellato em 2020, levam muita vantagem.

O sonho de qualquer oposição é derrotar o “candidato da máquina”, como costumam dizer no meio político, ainda mais quando o administrador da máquina é muitíssimo bem avaliado pela população governada. Se por um lado, Cazellato demonstra autoconfiança suficiente para publicizar seu escolhido quando quiser, por outro, quanto mais ele demorar melhor é para os opositores, sedentos por um nome quase improvável de decolar no pouco tempo que resta para o início da campanha oficial.

Cazellato tem o direito de decidir e anunciar seu candidato quando bem entender. Entretanto, é preciso se ligar em um ponto muito importante: uma coisa que a política não terceiriza é o poder sobre o seu tempo. Ou seja, tudo tem que ser no tempo dela, e não no tempo de seus atores. Desafiá-la a esse ponto, pode ser muito arriscado. Por isso, o prudente é diminuir a “altura do salto”, fazer logo o que deve ser feito, para depois não ficar escutando o resto da vida: perdeu com a máquina na mão. E pior: não conseguir mais voltar!

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