Última atualização em 23 de maio de 2015
[imagem] Quinta-feira (19), o caso da falsa acusação de pedofilia contra o empresário Dixon Carvalho veio à tona, outra vez, com a divulgação da decisão do juiz Alberto Gibin Villella, da 14ª Vara Cível de São Paulo, determinando que o Diretório Estadual do PT (Partido dos Trabalhadores) pague uma indenização de R$ 100 mil ao ex-petista, por danos morais. Dixon foi expulso do partido, em plena campanha eleitoral de 2012, acusado da prática criminosa.
Entretanto, mesmo com a expulsão, Dixon não renunciou à candidatura e foi até o fim da disputa, como candidato oficial do PT à Prefeitura de Paulínia. Com a repercussão pública das graves acusações, o petista despencou nas pesquisas eleitorais e terminou em terceiro lugar na corrida, com apenas 6.473 votos, contra 16.366 que teve nas eleições de 2008.
Para o juiz paulista, Dixon foi banido do PT de forma “prematura” e “irresponsável”. “A divulgação dessa espécie de informação ao público deve estar alicerçada em fatos concretos e o partido requerido se fundou em um vídeo, que já havia sido submetido à perícia pelo Instituto de Criminalística, cuja conclusão foi de que o autor não participou dos atos de pedofilia”, disse o magistrado, na sentença que fixou o valor da indenização.
Entenda o caso
Em 2009, vários políticos e órgãos de imprensa de Paulínia receberam, via Correios, fotografias e CDs que mostravam o empresário paulinense em supostos atos sexuais com crianças. Um laudo do Instituto de Criminalística de São Paulo atestou que as fotografias e imagens eram falsas.
O advogado Arthur Augusto Campos Freire, que trabalha há vários anos para o ex-prefeito Edson Moura (PMDB) e foi Secretário dos Negócios Jurídicos de Paulínia, na gestão do prefeito cassado Edson Moura Junior (PMDB), confessou em juízo ter sido o autor da distribuição do material criminoso, mas alegou não saber que se tratava de conteúdo pornográfico infantil. Freire também revelou que enviou o material a pedido de um cliente dele, porém, por sigilo profissional, se negou a revelar o nome do suposto mandante, até hoje desconhecido.
Em março de 2013, quatro anos depois do caso vir à tona, Freire foi condenado a 4 anos de reclusão, mas recorreu da decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que ainda não decidiu sobre o caso – o recurso do advogado encontra-se concluso ao desembargador-relator Walter da Silva, desde 03 de junho de 2014.
No mês de agosto, também de 2013, o TJSP rejeitou uma queixa-crime impetrada por Dixon Carvalho, contra Arthur Freire. O empresário recorreu, mas o desembargador Zorzi Rocha negou provimento ao recurso. O Correio Paulinense Online conversou esta semana com o advogado Daniel Fraga Mathias, responsável pelo caso Dixon. Segundo ele, a queixa-crime foi rejeitada pelo TJSP por “inépcia” da peça inicial, formulada pela antiga advogada do empresário. “Entretanto, o Sr. Arthur continua condenado em primeira instância e aguardando o julgamento do seu recurso no Tribunal de Justiça”, esclareceu o advogado.
Futuro político
Atualmente, o empresário Dixon Carvalho está filiado ao PSDB de Paulínia e é apontado pelo ex-presidente do partido, Valmir Brustolin, como o mais provável candidato tucano a Prefeito de Paulínia, no próximo ano.
“Dixon é uma das fortes forças políticas da cidade e com as verdades sobre as acusações que pesaram contra ele aparecendo, não tenho dúvidas que se fortalecerá ainda mais”, comentou Brustolin.
Segundo o portal do Jornal TodoDia, de Americana, Dixon confirmou a intenção de disputar, outra vez, a Prefeitura de Paulínia, mas, agora, a maior preocupação do ex-petista é “lavar a alma”, da falsa acusação sofrida no passado.
No último dia 17, o empresário André Zanovelo foi eleito o novo presidente do PSDB local, no lugar de Valmir Brustolin, que passou oito anos consecutivos no cargo. Desconhecido do grande público, mas reconhecido no ramo de combustível, onde atua, Zanovelo também é comentado como pré-candidato a prefeito da cidade, em 2016.
Foto: Arquivo/CP Imagem
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