Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
Blindado por aliados, Dixon (PP) escapa de mais duas investigações no Legislativo

Última atualização em 21 de novembro de 2017

A sétima e oitava denúncias, desde o mês de março, apresentadas contra o prefeito Dixon Carvalho (PP), na Câmara Municipal de Paulínia, também foram rejeitadas pela maioria dos vereadores, presentes na 20ª sessão ordinária, nesta noite de terça-feira (21). 

CORREÇÃO: A maioria da Câmara Municipal de Paulínia rejeitou, na sessão de terça-feira (21), a sexta e sétima denúncias contra o prefeito Dixon Carvalho (PP), e não a “sétima e oitava”, como afirmamos acima. 

Dessa vez, o prefeito foi acusado de obstrução da Justiça, pelo estudante Jhonatan William Lozado de Oliveira e, pelo 3º sargento aposentado da Polícia Militar Luiz Roberto de Lima,  de favorecer o consórcio “Paulínia Sempre Limpa”, que venceu a milionária licitação do lixo da cidade, 
Além do placar, 7 a 4, os votos contra e a favor dos pedidos para investigar as acusações imputadas ao prefeito de Paulínia foram os mesmos. Confira abaixo.
CONTRA AS INVESTIGAÇÕES
Marcelo D2 (PROS), Xandynho Ferrari (PSD), Manoel Filhos da Fruta (PCdoB), João Pinto Mota (PSDC), Loira (PSDC), Zé Coco (PV) e Marquinho Fiorella (PSB).
A FAVOR DAS INVESTIGAÇÕES
Tiguila Paes (PPS), Kiko Meschiati (PRTB), Fábia Ramalho (PMN) e Fábio Valadão (PRTB),
AUSENTES NAS VOTAÇÕES
Danilo Barros (PR), Edilsinho Rodrigues (PSDB) e Flávio Xavier (PSDC)
Obstrução de Justiça
Em sua denúncia, o estudante Jhonatan William Lozado de Oliveira, sustentou  que o PRP (Partido Republicano Progressista)  municipal e o ex-presidente da legenda Mario Lacerda teriam abandonado ações eleitorais que ajuizaram contra o denunciado Dixon (PP),  em troca de cargos no primeiro escalão do atual governo municipal.  
De acordo com Lozado, durante a tramitação das ações na Justiça Eleitoral,  a presidência do PRP, antes dirigido por Lacerda, passou para o advogado Carlos Alberto Coelho, que depois foi nomeado, primeiro, Chefe de Gabinete da Secretaria de Turismo e Eventos e, depois, com a saída do então titular da pasta, David Rodrigues, ele assumiu interinamente a secretaria até 1º deste mês, quando o novo secretário Jarbas Elias Zuri Júnior  foi nomeado para o cargo.
Já Lacerda, que não compareceu a audiência de instrução da AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) 4389, provocando a extinção da ação, sem o julgamento do mérito, teria sido beneficiado pela  nomeação da nora Patrícia Groot Lacerda, para o cargo de Assessora Técnica de Gabinete da Secretaria de Habitação. 

O estudante afirmou não ter dúvidas de que a máquina pública municipal foi usada pelo prefeito Dixon (PP) para impedir que ações, que poderiam ameaçar a permanência dele no cargo e os seus direitos políticos, prosperassem na Justiça Eleitoral da cidade. Os argumentos não convenceu a maioria, que votou pelo arquivamento da denúncia.

Infração Político-Administrativa
Na segunda denúncia que apresentou, no Legislativo, contra Dixon (PP), o sargento aposentado Luiz Roberto de Lima ressaltou, entre outros fatos, suposto favorecimento ao Consórcio “Paulínia Sempre Limpa”, vencedor da concorrência pública do lixo da cidade, estimada em quase R$ 47 milhões e homologada dia 18 do mês passado. 

No entanto, uma decisão desta terça-feira (21),  da juíza Marta Brandão Pistelli, suspendeu os efeitos da referida concorrência (leia), foco da denúncia rejeitada pela Câmara. 

A licitação milionária também é um dos alvos da investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) de Campinas, sobre um suposto  esquema de fraudes em licitações e contratos de lixo em Paulínia e outras cidades de São Paulo e Minas Gerais, liderado, segundo o Ministério Público (MP), por uma das empresas contratadas pelo governo Dixon (PP):  a Filadelfia Locação e  Construção. 
Lima relatou vários ilícitos, segundo ele, verificados no edital da licitação e no julgamento da Comissão de Licitações do Município, bem como frisou que o dono da Cidade Nova Obras e Serviços Urbanos Ltda, também do consórcio “Paulínia Sempre Limpa”, é o empresário Geraldo Antonio Baraldi, apontado pela Justiça Eleitoral como “doador” de mais de R$ 830 mil à campanha de Dixon (PP), no ano passado.
A empresa Senepave Saneamento Ambiental,  que teve o pedido de suspensão da licitação do lixo atendido pela Justiça de Paulínia, também foi citada pelo PM aposentado. A Senapave contestou, judicialmente,  a habilitação de várias empresas que disputaram a concorrência pública, especialmente as que integram 0 consórcio “Paulínia sempre Limpa”. 
Foto: Correio Imagem/Arquivo

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