Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
“Apontados” confirmam ou não pré-candidaturas à Prefeitura de Paulínia

Última atualização em 17 de novembro de 2018

Desde o último dia 7, quando o juiz eleitoral de Paulínia, Carlos Eduardo Mendes, anunciou eleição suplementar para prefeito da cidade, dentro de 90 dias, vários nomes surgiram como possíveis pré-candidatos à sucessão de Dixon Carvalho (Progressistas), cassado por abuso de poder econômico e captação ilícita de dinheiro nas eleições de 2016. O novo pleito ainda não tem data marcada para acontecer. 
Entre os nomes apontados, Tuta Bosco (PPS), terceiro colocado na última eleição municipal, e o prefeito interino Du Cazellato (PSDB) foram os primeiros a confirmar participação na possível disputa suplementar em Paulínia. “Na política, meu único objetivo é ser prefeito de Paulínia”, disse Tuta (PPS) ao Jornal Tribuna
“Vou disputar”, afirmou Cazellato (PSDB) durante coletiva de imprensa, após ser empossado interinamente no cargo pela Justiça Eleitoral, há dez dias (LEIA). Ele concorreu quatro eleições para vereador (2004/2008/2012/2016) e venceu em duas (2012 e 2016). Em janeiro do ano passado, foi eleito presidente da Câmara para o biênio que terminará em dezembro próximo.  
O Correio entrou em contato direto com outros possíveis pré-candidatos ao mandato-tampão na Prefeitura de Paulínia. “Eu não confirmo nada não”, respondeu a ex-vereadora e presidente municipal do PRTB, Angela Duarte. Em 2016, ela foi candidata à vice-prefeita na chapa encabeçada pelo então prefeito José Pavan Junior (PSDB), derrotado por Dixon Carvalho (Progressistas). 
Nesta quinta-feira (15), a ex-vereadora ponderou nas redes sociais que não pode se apresentar como candidata a prefeita, porque a Justiça Eleitoral ainda não marcou a eleição suplementar na cidade.  No entanto, sem afirmar que será a candidata, ela garantiu que o PRTB vai disputar a Prefeitura de Paulínia. “O partido vai lançar candidatura sim, com certeza, mas no momento oportuno e dentro da lei”. 
Perguntado pelo Correio se pretende mesmo concorrer para Prefeito, o vereador Marcos Roberto Bolonhezi, o Marquinho Fiorella (PSB), respondeu que “sim”, sem dar maiores detalhes. Entre 2008 e 2014, como então presidente do Legislativo, Fiorella assumiu interinamente a chefia do Executivo, pelo menos, cinco vezes, por conta de afastamentos sofridos pelos ex-prefeitos José Pavan Junior (2008) e Edson Moura Junior (2014). Fiorella (PSB) cumpre seu quarto mandato na Câmara Municipal. 
Vereador de 2009 a 2012, Adilson Domingos Censi, conhecido por Palito, também, falou ao Correio sobre a eleição suplementar paulinense. Palito disse que é fake a notícia que ele não é filiado a nenhum partido político e confirmou que vai disputar. “Estou filiado ao PROS desde 11 de maio de 2018 e serei candidato, sim”.  Em 2012, filiado ao PCdoB, Palito disputou pela primeira vez a Prefeitura de Paulínia, ficando em 4º lugar, com 5.456 votos. Na eleição seguinte, ele foi o candidato do Solidariedade (SD) a vice-prefeito, na chapa de Tuta Bosco (PPS), que terminou em terceiro colocado, com quase 14 mil votos recebidos.
Sanzio Rodrigues (MDB) disse ao Correio que está trabalhando e articulando muito para ser o candidato a Prefeito do partido, que tem como estrela o inelegível e ex-prefeito Edson Moura. “Com certeza, sou pré-candidato e, hoje, estou preparado e estruturado para disputar”, afirmou. Em 2012, Rodrigues se lançou candidato ao Executivo, mas acabou desistindo, e, quando Edson Moura Junior (MDB) assumiu a prefeitura, em julho de 2013, foi nomeado secretário dos Negócios da Receita
A empresária Lúcia Abadia, também apontada como prefeitável, explicou à reportagem que não se colocou como candidata, mas sim que amigos e um partido em especial (ela não quis revelar qual é) lhe chamaram para ser. “Como não me decidi, também não quero atrapalhar o partido em uma nova pessoa que, também, estão sondando”, explicou ela.
O funcionário público municipal Juliano Merkes confirmou que pretende disputar a eleição suplementar, mas que sua candidatura depende da aprovação do Democratas (DEM), partido ao qual é filiado. “Por enquanto, é extraoficial, pois, dependo deles (do partido). Mas estando tudo certinho, informarei vocês”, disse ele. Merkes, também, tem utilizado as redes sociais para divulgar que é pré-candidato.
Mais uma mulher apontada para a disputa suplementar na cidade, Edna Pereira, esposa do ex-vereador e presidente da Câmara Municipal, Jaime Donizete Pereira, o Jaiminho, confirmou sua participação pelo PSC (Partido Social Cristão), onde é filiada há mais de 15 anos. “O meu nome está à disposição, sim, pois, é preciso mudar a situação em que Paulínia se encontra”, disse a funcionária pública, que acaba de requer sua aposentadoria. 
Entre os seis candidatos que concorreram à eleição vencida pelo prefeito cassado Dixon Carvalho (Progressistas), o novato em disputa eleitoral Kielson Prado (PMB) ficou em quinto lugar, com 777 votos. Procurado pelo Correio, ele falou sobre o novo pleito na cidade. “Se tiver a eleição complementar, sou pré-candidato, sim”, afirmou. 
Bacharel em Direito, empresário, e primeiro suplente da coligação PTB/PSB/PPL/REDE, em 2016, quando recebeu 687 votos para vereador, Robert Paiva (PTB) ganhou notoriedade como relator da Comissão Processante (CP) que investigou o ex-prefeito Dixon (Progressistas) e 13 vereadores, acusados de trocar votos na Câmara por cargos na Prefeitura. Em seu relatório, Paiva opinou pela cassação dos mandatos do então prefeito e 12 vereadores, mas o caso acabou arquivado, sem julgamento do mérito pelo Plenário da Câmara (LEIA). 
“Se o presidente do meu partido não puder ser candidato eu pretendo sair sim, representando o PTB. É uma oportunidade diferenciada e acho que deveria fazer parte sim, por que não?”, respondeu ele, sobre disputar a eleição suplementar.  O presidente municipal do PTB é Francisco Almeida Bonavita Barros que, atualmente, encontra-se inelegível.  
Daniel Messias (PCO) é outro pré-candidato confirmado. “Estarei sim na disputa, pois, é preciso debater com os demais candidatos”, disse ele. Messias disputou o cargo em 2016, terminando em sexto lugar, com 124 votos. Ganhou projeção municipal quando esteve à frente do MCCE (Movimento de Combate contra a Corrupção Eleitoral), entre os anos de 2012 e 2015.
Filiado ao PSL, Bruno Bispo, também está entre os que pretendem disputar o mandato-tampão na Prefeitura de Paulínia, Aos 26 anos, casado, evangélico, estudante de psicologia, ele mora em Paulínia, no bairro São José, há mais de sete anos, porém, quando criança sempre vinha à cidade, visitar seu saudoso avô Antenor Bispo, o qual ele considerava como pai. É servidor público na Prefeitura de Campinas e, nos dias de folga, trabalha como bombeiro voluntário em Várzea Paulista. “O desafio é muito grande, eu sei, mas estou disposto a enfrentá-lo porque a nossa cidade necessita e merece passar por um verdadeiro processo de mudança em seu comando. Por isso, coloquei meu nome à disposição do partido”, disse ele.
Encerrando a lista de possíveis prefeitáveis ouvidos pelo Correio, o ex-vereador Gustavo Yatecola (PTdoB). “Sim, com certeza”, afirmou ele, sobre disputar a eleição suplementar. Yatecola cumpriu dois mandatos na Câmara, de 2008 a 2016, quando não conseguiu reeleger-se. É médico de carreira da rede municipal de saúde, onde atende no hospital municipal. Como primeiro suplente da coligação PSD/PTdoB foi convocado para assumir provisoriamente a vaga do titular Xandynho Ferrari (PSD), durante as sessões extraordinárias para votação e julgamento da denúncia contra o prefeito cassado e 13 vereadores, em fevereiro e setembro, respectivamente, deste ano.
Procurada pelo Correio, a ex-primeira-dama Lucila Pavan, também apontada como possível pré-candidata ao cargo, não respondeu nossa mensagem. O empresário Valmir Brustolin (PSDB) também não retornou nossa solicitação. 
Perfis
Marcada a eleição suplementar e confirmadas as candidaturas, pelas convenções partidárias, dos pré-candidatos citados nesta reportagem, bem como de outros que eventualmente sejam lançados,  o Correio fará o perfil completo de cada um, visando contribuir com a escolha dos eleitores paulinenses.  
Quase teve
Em abril de 2014, a Justiça Eleitoral de Paulínia cassou o mandato de Edson Moura Junior (PMDB), pela famosa fraude eleitoral nas eleições 2012, e determinou o reprocessamento dos votos para prefeito da cidade, naquele pleito.  Como Moura Junior e o segundo colocado José Pavan Junior, à época no PSB, receberam mais de 51% dos votos válidos, a então legislação eleitoral vigente previa eleição suplementar (LEIA)
No entanto, Moura Junior (PMDB) conseguiu liminar (decisão provisória) no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) para continuar no cargo, até o julgamento definitivo do caso, e o pleito suplementar nem chegou a ser marcado.  Ele foi cassado em fevereiro de 2015 e, como também previa a Lei Eleitoral da época, assumiu o segundo colocado, José Pavan Junior (PSDB).  
Atualmente, isso não é mais permitido, ou seja: em caso de cassação de prefeito, independentemente do número de votos obtidos pelos primeiros colocados na disputa anulada, a Justiça Eleitoral determina nova eleição para o cargo. 

Fotos: Facebook/Reprodução

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