Correio Paulinense

Paulínia, 26 de julho de 2024
Apesar dos laudos “condenatórios” da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros, lojistas afirmam que shopping não oferece riscos iminentes

Última atualização em 12 de setembro de 2013

[imagem] Na tarde desta quinta-feira (12), um grupo de lojistas e funcionários do Paulínia Shopping protestou contra o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) elaborado pelo Ministério Público de Paulínia e que impede a reabertura total ou parcial do centro de compras até que todos os problemas de segurança sejam solucionados. 
Em nota distribuída durante a manifestação, os lojistas acusam a promotora Kelly Giovanni Altieri Arantes de dificultar a reabertura do Paulínia Shopping, através do TAC que prevê multa diária de R$ 500 mil, caso o município descumpra o termo.  Entretanto, a própria Prefeitura de Paulínia, através da Secretaria de Defesa Civil, e o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar apontaram várias irregularidades que comprometem a segurança de lojistas, funcionários e clientes do shopping.
Sem alvará de funcionamento, auto de vistoria do Corpo de Bombeiros e extintores contra incêndio em locais estratégicos, o Paulínia Shopping foi lacrado na manhã de sexta-feira (6). A interdição do centro de compras foi comandada pelo secretário da Defesa Civil de Paulínia, Paulo Mota. “O sistema de hidrantes, chuveiros automáticos, alarmes e a brigada de incêndio não funcionam. Em caso de urgência, a única opção para deixar o prédio é a porta principal do shopping, já que as saídas de emergência estão todas bloqueadas”, disse o secretário.
Na nota, os lojistas desmentem a versão conjunta da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. “Estamos aqui reunidos para mostrar para a população que o Paulínia Shopping não oferece riscos iminentes de incêndio, conforme vem sendo relatado esta semana”, afirmam eles. 
Dois dias após a interdição, a Prefeitura nomeou o secretário de Indústria e Comércio, Wilson Machado, como interventor do Paulínia Shopping. Apesar de não ter conhecimento técnico das irregularidades apontadas pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, Machado está à frente dos trabalhos para regularizar o centro de compras.
De acordo com o Secretário dos Negócios Jurídicos da Prefeitura, Arthur Augusto Campos Freire, a prefeitura precisa de 60 (sessenta) dias para realizar as obras que o shopping precisa. Este prazo é a principal preocupação dos lojistas. “Não podemos ficar fechados tanto tempo, porque não dispomos de capital suficiente para aguentar a burocracia e deixaremos na rua mais de 300 funcionários e suas famílias que dependem desses salários”, disseram na nota.
Nossa reportagem tentou falar com a promotora Kelli Giovanna Altieri Arantes, mas fomos informados que ela não deu expediente no dia de hoje (12). Após a manifestação em frente ao Fórum, os lojistas seguiram para a Prefeitura Municipal para, segundo informações, discutirem o problema com o interventor Wilson Machado. 
Histórico
O Paulínia Shopping está integrado ao Complexo Rodoviária Shopping, construído em 2004, na  gestão do então prefeito Edson Moura (PMDB), pai do atual prefeito Edson Moura Junior (PMDB). A obra custou R$ 75 milhões aos cofres públicos e foi inaugurada com show da cantora Ivete Sangalo, que recebeu R$ 550 mil por cerca de duas horas de apresentação.
Dois anos depois, o Paulínia Shopping foi aberto ao público sob a administração da Pró-Shopping, que ganhou o direito de explorar o espaço público durante 15 anos. O contrato de concessão foi assinado por Moura, que não exigiu da administradora do shopping Auto de Vistoria e Alvará do Corpo de Bombeiros e nem a implantação dos equipamentos de segurança necessários. 
Desde 2010, quando o prefeito era José Pavan Júnior (PSB), a Pró-Shopping foi notificada várias vezes para corrigir os problemas, mas nunca tomou providências. Em 2011, Pavan (PSB) decretou intervenção no shopping e entrou na justiça para romper o contrato com a Pró-Shopping e reassumir o controle do Paulínia Shopping. 
De acordo com a administração da época, além dos problemas na segurança do shopping, o contrato assinado pelo ex-prefeito Edson Moura (PMDB) com a empresa estava causando prejuízos ao município.  A Pró-Shopping recorreu da intervenção e conseguiu uma liminar judicial para continuar administrando o local, até a decisão final do processo. O empresário Robson Rodas, dono da Pró-Shopping, era amigo do ex-prefeito Edson Moura, na época em que a sua empresa venceu a licitação para administrar o centro de compras da cidade. 
Fotos: Lucas Rodrigues/CP Imagem 

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