Última atualização em 1 de julho de 2016
[imagem] Quase R$ 38 milhões destinados à construção de moradias populares foram remanejados para outros fins, entre 2011 e 2016
Em maio do ano passado, durante a inauguração da creche “Jandyra Oraggio Salvador”, no Residencial Vida Nova, o prefeito José Pavan Junior (PSDB) anunciou a construção de 1.460 casas, em parceria com a Caixa Econômica Federal, na área do antigo “Acampamento Menezes”, no bairro Saltinho.
Na ocasião, o prefeito informou que as obras começariam entre dezembro do ano passado e janeiro deste, entretanto, nenhuma moradia ainda foi levantada naquela área. Em novembro do ano passado, Pavan (PSDB) voltou a prometer as casas no “Menezes”, durante entrevista coletiva para anunciar o empreendimento da Sugoi Empreendimentos, no Bom Retiro.
Durante mais de seis anos, cerca de 180 famílias moraram em barracos improvisados na ocupação irregular, que ganhou o nome de “Acampamento Menezes” em referência à Vera Lucia Menezes, ex-coordenadora da invasão. Sem asfalto, rede de esgoto e água de torneira (o local era abastecido por caminhões pipas), as condições de moradia eram muito precárias.
Em novembro de 2014, a Prefeitura de Paulínia extinguiu o “Menezes”, barracos foram incendiados e outros derrubados por máquinas do município, após o então prefeito Edson Moura Junior (PMDB) transferir várias famílias para o terceiro módulo do Residencial Pazetti, e outras para prédios pertencentes ao município. Ele, também prometeu construir moradias na área desocupada, mas deixou o governo, em fevereiro do ano passado, sem cumprir a promessa.
Déficit e investimentos
O Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou um déficit habitacional de 10 mil moradias na cidade. De lá para cá, apenas 1.479 novas moradias foram construídas na cidade – 886 do Residencial Pazetti, financiadas pela Caixa Econômica Federal, e 593 do Residencial Vida Nova, pelo programa federal Minha Casa Minha Vida, em terreno doado pelo município.
Segundo dados do Portal de Transparência de Paulínia, entre 2011 e 2016 R$ 39.773.840,00 dos cofres municipais foram reservados para a construção de casas populares, entretanto, desse valor, R$ 37.948.813,52 foram remanejados para outros fins e nenhuma moradia construída.
Foto: Correio Imagem/Arquivo
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