Última atualização em 13 de julho de 2025

A Secretaria de Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente de Paulínia (Seddema) está recuperando a Lagoa Santa Terezinha, um dos mais antigos, importantes, bonitos e frequentados espaços públicos da cidade. Entretanto, a forma de execução da obra tem sido criticada por moradores da região.
Assim, na quinta-feira (10), o prefeito Danilo Barros (PL) convocou o secretário da pasta ambiental e especialista no assunto, Rafael Golin, para explicar, tecnicamente, como está sendo feita a recuperação da lagoa.
De acordo com o secretário, ao longo dos anos, se depositou muita terra na Santa Terezinha e, com isso, a profundidade na maior parte da lagoa era de apenas 20cm. Golin explicou o desassoreamento (retirada da terra): “Nós fechamos metade da lagoa e transferimos a água para a outra metade, junto com os peixes e animais que frequentam a lagoa”.
Ainda segundo ele, depois da terra retirada e a lagoa revitalizada, a Santa Terezinha voltará a ser um habitat salubre para peixes e mais de 65 espécies de répteis, anfíbios, aves e mamíferos, que vivem no local. Golin afirmou que, além de ter catalogado, uma empresa contratada monitora com frequência essas espécies, inclusive para que a compensação ambiental seja visada pensando nesses animais.
Questionado por Barros, o secretário respondeu sobre o provável futuro da lagoa, sem a intervenção que está sendo feita. “Se uma ação como essa não fosse realizada, num prazo de cinco a seis anos, provavelmente, essa lagoa estaria seca já. Nós perderíamos um espaço que todo mundo conhece”, garantiu Golin.
Peixes mortos
Nesta semana, um morador da cidade gravou e enviou à EPTV Campinas imagem de três peixes mortos no entorno da lagoa. Procurada pela reportagem da afiliada global, a Prefeitura de Paulínia informou, segundo a emissora, que os animais “estão sendo conduzidos de acordo com os protocolos ambientais”.
“O fato é que grande parte da lagoa tinha apenas 20cm de profundidade e com grande quantidade de plantas aquáticas, condições que reduz a quantidade de oxigênio na água. A obra vai garantir que o local retome suas condições originais e garanta um ambiente saudável não só para os peixes como também aos demais animais do local, como aves, répteis e anfíbios”, completou o Executivo, de acordo com a EPTV.