Última atualização em 11 de abril de 2020
O
Correio conversou com
Vilma Aparecida Gomes, filha de
J. G. S., de 78 anos, o
primeiro paciente de Paulínia curado da Covid-19. Após dez dias internado no
Hospital Municipal de Paulínia (HMP), ele recebeu alta neste sábado (11) e continuará se recuperando em casa (
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Ela e o marido, Fernando Tadeu Farias, também de 53 anos, sentiram os sintomas da doença depois que voltaram de um cruzeiro pela costa brasileira, e um deles pode ter passado o vírus para o pai dela. “Foi praticamente um logo em seguida do outro. Primeiro foi meu marido, depois eu e por último meu pai”, disse ela.
O casal foi tratado no Hospital da Unimed em Campinas. Ela resumiu como foi enfrentar a doença. “Meu caso e do meu marido foram considerados moderados. Mesmo moderado, no nosso caso, a doença foi muito difícil de ser enfrentada. A falta de ar é um dos piores sintomas, mas os demais também não são fáceis”, disse ela, e complementou: “Sim, estamos (curados), mas precisamos manter isolamento por mais 10 dias”.
Vilma, que comemora a recuperação dela, do esposo e do pai, faz um alerta sobre a importância do isolamento social recomendado pelas autoridades de saúde para conter o avanço da Covid-19. “Que as pessoas levem a sério as formas de prevenções, se cuidem, não saiam de casa sem que realmente tenha necessidade, lavem diversas vezes as mãos, usem álcool gel e se saírem usem máscara”, disse ela.
Tratamento do pai
Durante a conversa com o Correio, Vilma Aparecida Gomes relatou que bem antes de ser diagnosticado com Covid-19, seu pai vem fazendo tratamento oncológico com um medicamento chamado Oncotherad, administrado pela equipe de Urologia do Hospital Municipal de Paulínia (HMP). “Maravilhosa equipe”, pontuou a advogada. Segundo ela, os médicos apontam que seu pai não evoluiu para um quadro grave da Covid-19, graças ao uso de Oncotherad.
“Os médicos estão assim incrivelmente felizes porque essa medicação ajudou o meu pai no tratamento (da Covid-19). De certa forma, ela impediu que ele tivesse os sintomas graves da doença. Meu pai, por ser uma pessoa de 79 anos praticamente, com problema cardíaco e hipertenso, a doença nele não desenvolveu como costumeiramente se desenvolve nas pessoas com esse quadro, com essa idade. Então, o tratamento com Oncotherad foi de suma importância nessa fase da doença do meu pai, que não desenvolveu um quadro grave, graças a esse tratamento”, afirmou ela.
O
Correio apurou que o
Oncotherad foi desenvolvido em 2018 por um grupo de pesquisadores da
Unicamp (Universidade de Campinas), entre eles, os médicos
Wagner Favaro (Unicamp) e
João Carlos Alonso,
urologista do Hospital Municipal de Paulínia (HMP).
O medicamento tem eficácia comprovada no tratamento de tumores na bexiga, causando a redução desse tipo de câncer em pacientes até então desenganados. Como uma imunoterapia, ele estimula a produção de proteínas das células de defesa e destrói os tumores, melhorando a qualidade de vida do paciente durante o tratamento.
ERRATA: Na legenda da foto, em vez de “contar“, leia-se “contra“. O atual sistema de publicação do Correio não permite alterar a legenda, sem deletar a matéria inteira, por isso, estamos corrigindo por aqui. Pedimos desculpas pelo erro.
ATUALIZAÇÃO: A advogada entrou em contato com o Correio autorizando a divulgação dos nomes dela e do marido. Por isso, o texto foi atualizado.
Foto: Reprodução
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