Última atualização em 23 de fevereiro de 2015
[imagem] O presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Paulínia, Valmir Brustolin, anunciou que 103 alunos da entidade voltaram às aulas na tarde hoje (23) e foram recebidos pela equipe de profissionais, com uma singela festinha de boas-vindas. “Após um ano tão difícil como foi o de 2014, tínhamos que receber nossas crianças de braços abertos e com renovadas esperanças de dias melhores, para todos”, comentou Brustolin.
De acordo com ele, dois fatores impulsionaram o retorno das aulas da APAE: “Primeiro, o gesto nobre e emocionante de professores e outros profissionais em atenderem voluntariamente às crianças, até que a situação financeira da entidade seja normalizada. Segundo, a nossa total confiança no prefeito José Pavan Junior, que sempre honrou e reconheceu a importância social da APAE. Aliás, o lema do Prefeito Pavan sempre foi o social e, por isso, nunca deixou em apuros não somente a APAE, mas todas as demais entidades que desenvolvem um trabalho sério, em prol dos que realmente precisam”, explicou.
Brustolin informou que o plano de trabalho da APAE para 2015, juntamente com o pedido de subvenção, foram entregues na Prefeitura ainda no ano passado. O ex-prefeito Edson Moura Junior (PMDB) deixou o cargo dia 4 deste mês, sem enviar à Câmara de Vereadores o Projeto de Lei das Subvenções Sociais e as entidades de Paulínia começaram o ano sem dinheiro e assim continuam. “Sabemos que a nova administração assumiu uma Prefeitura com muitas e grandes dificuldades e precisa de um tempo para levantar a real situação do nosso município. Todos nós, diretores, funcionários, pais e alunos da APAE confiamos que o Prefeito Municipal resolverá da melhor maneira possível não apenas o problema das entidades, mas todas as outras demandas do município, que necessitem de soluções urgentes”, afirmou.
Crise
O drama da APAE e de outras entidades assistenciais importantes de Paulínia começou ainda em 2013, quando o então prefeito Edson Moura Junior (PMDB) decidiu cortar por completo ou reduzir drasticamente os repasses da Prefeitura às instituições. O Caco (Centro de Ação Comunitária), com 37 anos de serviços prestados à população carente do município, foi condenada à falência e todos os seus funcionários desempregados. A AIJ (Associação para Infância e Juventude) teve que fechar os seus principais programas, deixando de atender milhares de pessoas, e também demitir todos os funcionários.
A Casa do Menor, AUPACC, Lar São Francisco de Assis e APAE tiveram as subvenções reduzidas em até 95%. Em 2013, a APAE recebeu da Prefeitura R$ 1,2 milhão, aprovados ainda na gestão Pavan (PSB), e em 2014, no então governo Moura Junior (PMDB), o valor caiu para R$ 240 mil, sendo que a entidade recebeu apenas uma parcela de R$ 24 mil – o prefeito cassado se recusou a pagar, mesmo a subvenção específica do ano passado tendo sido criada por ele e aprovada pela Câmara Municipal.
Com a mudança de governo, no último dia 6, quando Pavan (PSB) e Vanda (PSDB) foram empossados pela Câmara, em solenidade presidida pelo vereador Tiguila Paes (PRTB), a expectativa das entidades é que as subvenções deste ano sejam normalizadas.
Foto: Cedida/APAE
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