Última atualização em 1 de maio de 2014
[imagem] O prefeito Edson Moura Junior (PMDB) e o vice dele Francisco Almeida Bonavita Barros (PTB) ainda aguardam julgamento do Recurso Especial Eleitoral (RESPE), pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), contra a cassação de seus respectivos diplomas e direitos políticos, dia 07 do mês passado, mas nos próximos dias uma nova decisão da Justiça Eleitoral de Paulínia pode ter o mesmo desfecho.
Segundo informações obtidas pelo Correio Paulinense Online, a juíza eleitoral Marcia Yoshie Ishikawa deve julgar um segundo processo contra Prefeito e Vice, pelas mesmas acusações – abuso de poder econômico, fraude e compra de votos (captação ilícita de sufrágio) nas eleições de 2012 – que os levaram à perda dos mandatos e à inelegibilidade por 8 (oito) anos.
Moura Junior (PMDB) e Bonavita (PTB) governam o município sustentados pela liminar que conseguiram no TRE, dia 15 do mês passado, e caso sofram uma nova condenação serão obrigados à conseguirem outra autorização do mesmo tribunal eleitoral, para permanecerem governando até o julgamento final do processo. O atual prefeito ficou fora do cargo por um dia, tendo sido substituído pelo presidente da Câmara de Paulínia, Marcos Roberto Bolonhesi, o Marquinho Fiorella (PP).
Falta ainda a Justiça Eleitoral decidir sobre a condenação de Francisco Almeida Bonavita Barros (PTB) no Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo, que julgou irregulares as contas de 2007 da Câmara Municipal de Paulínia, quando o atual vice-prefeito presidia a Casa. O TCE condenou Bonavita antes das eleições de 2012 e da diplomação dele no cargo de vice-prefeito, dia 16 de julho do ano passado. Segundo a legislação eleitoral, nestes casos, a condenação derruba Prefeito e Vice. O processo contra Bonavita (PTB) no TCE foi transitado em julgado, ou seja, sem possibilidades de mais recursos.
Vídeo “Só Papai”
Em relação à acusação de compra de votos, o processo original sobre a suposta prática de crime eleitoral, por parte do ex-prefeito Edson Moura (PMDB), o atual Moura Junior (PMDB) e o vice dele Bonavita (PTB), ainda não foi julgado pela Justiça Eleitoral. Neste processo foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação, além da perícia realizada no vídeo em que o atual prefeito e o pai dele, o ex-prefeito Edson Moura, foram gravados dentro de um quarto de uma residência no Bom Retiro, distribuindo dinheiro à eleitores em troca de voto.
Na época, outubro de 2012, o
Correio Paulinense impresso ouviu o respeitado perito Maurício de Cunto, de São Paulo, que baixou os vídeos do YouTube e analisou as imagens durante quatro dias. Segundo Cunto, os movimentos de contagem de “alguma coisa” feitas pelo ex-prefeito Edson Moura (PMDB) e a forma lembram muito maço de dinheiro.
“Ele não estava distribuindo selos dos Correios, vale-refeição, ou figurinhas para as pessoas”, disse o perito.
Cunto também garantiu que os vídeos postados no canal da internet não foram adulteradas, ou seja, montado ou editado. “Baixei todos eles (a gravação foi dividida em quatro vídeos) para o meu computador, juntei todos e depois dividi em mais de 100 mil quadros. Durante toda a gravação a imagem do quarto não muda, as cadeiras não mudam de lugar. Ou seja, o cenário é o mesmo, do início ao fim. Portanto concluí que o vídeo não foi editado”, afirmou ele. Relembre a matéria!
Na mesma época, entrevistamos com exclusividade, para o
Correio Paulinense impresso, Larissa Tauanne Macedo que apareceu nas imagens feitas dentro do quarto recebendo dinheiro do ex-prefeito Edson Moura (PMDB) e sendo assediada por ele. “Ele me deu R$ 500,00”, afirmou a moça e explicou:
“Eu não pedi dinheiro para ele. Ele é conhecido por dar dinheiro pra todo mundo e então me deu. Ele não ia ficar dando dinheiro à toa pra todo mundo, se não fosse em troca de apoio. Apoio pra candidatura dele, pra tá com ele politicamente”. Sobre o assédio, Larissa contou detalhes à nossa reportagem.
“Eu disse que era abuso, mas ele respondeu que era abuso que queria”. Relembre a entrevista e o vídeo.
Larissa confirmou também que o atual prefeito Edson Moura Junior (PMDB) e o vice dele Francisco Almeida Bonavita Barros (PTB) estavam no local e teriam participado do suposto esquema de compra de votos. Moura Junior (PMDB) aparece em uma das gravações contando e manuseando o que seriam notas de R$ 50,00. A imprensa regional classificou o escândalo como “arrastão de compra de votos” e os vídeos ficaram conhecidos na rede como “Só Papai”! Ainda não existe previsão de julgamento deste processo, que corre em segredo de justiça.
Foto: Lucas Rodrigues/CP Imagem
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