Correio Paulinense

Paulínia, 29 de março de 2024
Aliados foram às últimas consequências, na tentativa de salvarem a pele do prefeito destituído pela Justiça Eleitoral

Última atualização em 8 de fevereiro de 2015

[imagem] Sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015: mais de 300 pessoas chegam à Câmara Municipal de Paulínia, para a posse do novo prefeito da cidade e, simplesmente, encontram as portas fechadas. A ordem era: NINGUÉM ENTRA. O DONO DA CASA – O POVO – protestou contra tamanha arbitrariedade, mas não partiu para cima. Esperou pela solução do problema, civilizadamente. Mais de uma hora depois do horário marcado, uma funcionária da Câmara entreabriu a porta e foi informada que a Justiça mandou abrir totalmente. Finalmente, o DONO DA CASA entrou, se acomodou e a posse aconteceu.

QUEM DEU A ORDEM PARA FECHAR: O ENTÃO PRESIDENTE INTERINO MARQUINHO FIORELLA (PP) OU O TITULAR SANDRO CAPRINO (PRB)? Um ou outro, jamais um Presidente Legislativo poderia ter dado uma ordem tão desastrada, antidemocrática e, sobretudo, desrespeitosa com a população – esta que o colocou, através, do voto, para representá-la. O ORDENADOR EXTRAPOLOU TODOS OS LIMITES DA ARROGÂNCIA E PARCIALIDADE POLÍTICA. É público e notório que ambos davam sustentação política ao ex-governo mourista, legitimados pela liberdade de escolha, que eles e todos nós temos. 
Entretanto, NAQUELE MOMENTO, quem mandou fechar as portas da Câmara não estava brigando pela aprovação de um Projeto de Lei do Governo ao qual era aliado, mas sim, direta e escancaradamente, pelo Chefe desse Governo, destituído do cargo pela mais alta corte eleitoral. Uma coisa foi Caprino (PRB), como líder do ex-governo, ter defendido e lutado com unhas e dentes pelo aumento abusivo do IPTU Municipal e Forella (PP), enquanto presidente, decidir com o seu voto de minerva o reajuste de quase 57%, proposto pelo então governo Moura Junior (PMDB). Uma coisa foi Caprino (PRB) e Fiorella (PP), juntamente com os demais vereadores mouristas, terem se submetido às ordens dos então “prefeitos” de Paulínia, durante o tempo em que (des) governaram a cidade. Em qualquer setor da vida, todas as ações têm as suas consequências.
Agora, outra coisa é mandar fechar as portas, desligar o sistema de refrigeração, trancar a sala de som, retirar microfones e esconder o livro de atas do Poder Legislativo, seja em qual circunstância for. Só faltou sumirem, também, com mesas e cadeiras da Casa.  Tudo isso, em cumprimento a última ordem dada pelos  “chefes” destituídos: IMPEDIR QUE O SEGUNDO E ÚLTIMO ATO OFICIAL DA INSTALAÇÃO DO NOVO GOVERNO MUNICIPAL FOSSE CONCRETIZADO NAQUELE DIA, CONFORME DETERMINAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL, POIS ESTAVAM CERTOS DE QUE REVERTERIAM A SITUAÇÃO. 
Por volta das 16h30min da sexta-feira, o presidente interino Marquinho Fiorella (PP) soltou um edital de convocação de posse, para às 10hs da manhã da próxima terça-feira (10), contrariando a determinação judicial de “posse imediata, logo após a diplomação”, a qual ocorreu às 18h00, no Cartório Eleitoral. Pronto, a manobra ordenada lá do Barão do Café estava oficializada e eles, enfim, ganhavam mais um tempo, enquanto o TRE e o TSE decidiam sobre os Mandados de Segurança (MS), para continuarem no poder. Não adiantou.

A Justiça Eleitoral interviu e a posse aconteceu. Além disso, o TSE rejeitou os dois mandados, tão aguardados por eles. Às oito e meia da noite, o presidente do Pauli Prev, Mário Lacerda, postou em uma rede social: “ainda não acabou! Engana-se quem pensa que é fim. Aliás o dia de hoje só termina a meia noite”, um recado subliminar sobre a expectativa do julgamento dos MS pelo TSE. Como se diz na linguagem “facebookiana”, “FAIÔ”, ou melhor “FAIARAM”.

Ora, se qualquer outra posse, além da marcada por Fiorella (PP), não tivesse efeito legal, por que ir até as últimas consequências para que nada acontecesse, antes de terça-feira (10)? É incoerente. Que deixassem acontecer e depois tomassem as medidas cabíveis, como estão dizendo que tomarão. Jamais poderiam ter descido tão baixo, batendo a porta legislativa na cara da população, trancando bens e documentos públicos, por conta e risco.  Em vez de obedecerem uma determinação legal, optaram por obedecer quem sempre agiu na ilegalidade. Mais um ato de insanidade política e cujas consequências serão inevitáveis. is.
Os vereadores mouristas Danilo Barros (PC do B), João Pinto Mota (PSDC), Zé Coco (PTB), Marquinho da Bola (PSB), Du Cazellato (PP) e o petista Custódio Campos, exerceram o direito de não irem à posse, por não fazerem parte da Mesa Diretora. Já o vereador Tiguila Paes (PRTB), 2º Secretário da Mesa, resolveu tomar para si a responsabilidade de fazer cumprir a determinação da Justiça Eleitoral, independente da sua condição de aliado do ex-prefeito, após entender, sábia e corajosamente, que ali não estava em jogo “alianças políticas”, mas sim A RECONQUISTA DA ESTABILIDADE POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO. Certamente será execrado pelos defensores do ex-governo, mas se permanecer consciente de que apenas cumpriu o importante papel de RESPEITAR A JUSTIÇA E O POVO, Tiguila Paes (PRTB) não será abalado e nem vencido pelas críticas. 
Foto: CP Imagem

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