Correio Paulinense

Paulínia, 25 de abril de 2024
DEPOIS DO “PL DO MENEZES”, A “EMENDA DA CENSURA” CAUSA CONFLITOS NA CÂMARA; Vereador não foi eleito para se intrometer na vida particular de ninguém; PAULÍNIA TEM O SEU “EDUARDO CUNHA"!

Última atualização em 27 de novembro de 2015

[imagem] Boaaaaaaaa taaaaaaaaarde, meus amoooooores! “Ontem na seção, fiquei um tanto preocupado, pois, os cidadãos que estavam contra os princípios cristãos, desacatam os Evangélicos, isso sim é discriminação”: palavras do respeitado e querido Pastor José Cosme, Presidente do Conselho dos Pastores Evangélicos de Paulínia (CONPEP), no grupo Muda Paulínia, que abrem a coluna de hoje, 27 de novembro de 2015, sobre mais um ATO POLÍTICO DESPREZÍVEL E REVOLTANTE do  Presidente da Câmara da City, Sandro Caprino (PRB), para mim, o pior vereador da história do Legislativo Paulinense. Antes dele, só vi um político tão dissimulado, bravateiro, falastrão, demagogo, manipulador, contraditório, ditador e extremamente irresponsável com coisas sérias.  Misericórdia!

Na minha interpretação e sem entrar no mérito da convicção religiosa, a declaração do querido pastor Cosme prova, por A mais B, que, novamente, Caprino (PRB) conseguiu a façanha de SEMEAR A DISCÓRDIA, ENTRE CIDADÃOS DE BEM DA NOSSA CIDADE. Por quê? Eu, explico.
PRIMEIRO, no ano passado, como líder de governo dos dois ex-prefeitos, Moura pai e Moura Junior, ele comandou diretamente o inesquecível Projeto de Lei 37/2014, que ficou conhecido como o “PL do Menezes”, por contemplar moradores do antigo Acampamento Menezes, no bairro Saltinho, com casas do Residencial Pazetti (Módulo 3). 

O vereador arregaçou as mangas, garantiu o apoio de colegas que antes eram contrários ao projeto, mobilizou a massa (leia-se, as famílias do Acampamento) para fazer pressão nas sessões, até que, no dia 02/09/2014, comemorou a aprovação do “PL do Menezes”, por 7 votos a 5, ao coro de “Sandro, Sandro, Sandro”, solto pelos moradores da invasão, que, finalmente, iriam “ganhar” a tão sonhada casa própria –  #SQN. Antes, durante e depois, o “PL do Menezes” provocou uma verdadeira guerra entre moradores do Acampamento e do Pazetti. 
As famílias do Menezes acusaram as do Pazetti de discriminá-las, enquanto as do  residencial só queriam ter os mesmos direitos concedidos às do Acampamento, pelo polêmico projeto – ou seja, casa sem entrada, sem pré-obra e em 360 prestações de meio salário mínimo. Nas redes sociais, na Câmara e nas ruas, foram meses de troca de acusações e ofensas, enquanto o então líder governista Caprino (PRB) e seus “dois prefeitos” assistiam tudo de camarote. Até hoje, a convivência entre os moradores dos dois primeiros módulos e os do módulo 3, segundo dizem, não é tão amistosa. Tudo consequência de um projeto maculado pela desigualdade de direitos e, sobretudo, fruto da prepotência e arrogância de três políticos, que nenhuma city merece.
AGORA, a história se repete, dessa vez, envolvendo um assunto mais polêmico e delicado ainda: a chamada “IDEOLOGIA DE GÊNERO”. A Mesa Diretora da Câmara, presidida por Caprino (PRB),  apresentou um Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município, o 01/2015, acrescentando no Artigo 81 da Carta Magna Municipal, o seguinte parágrafo: “Não será objeto de deliberação qualquer proposição legislativa que tenha por objeto a regulamentação de políticas de ensino, currículo escolar, disciplinas obrigatórias, ou mesmo de forma complementar ou facultativa, que tendam a aplicar a ideologia de gênero, o termo “gênero” ou orientação sexual”.  
Pois bem. E quem está à frente de tudo, pra variar? O Presidente da Mesa, claro, colocado no cargo, justamente, pelos dois ex-prefeitos autores do “PL do Menezes”, em agradecimento a atuação de Caprino (PRB) como defensor ferrenho dos desmandos mouristas, enquanto foi líder do pior governo da história local. Pior com pior, se entendem. Voltando ao tema principal,  o tal PROJETO DE EMENDA NÃO TEM A MENOR RAZÃO DE SER, uma vez que o Plano Municipal de Educação (PME), pautado pelo próprio Caprino (PRB) e aprovado pelos vereadores,  em junho deste ano, já EXCLUIU A IMPLANTAÇÃO DA “IDEOLOGIA DE GÊNERO” NAS ESCOLAS DA CITY. Repito:  O PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, QUE TEM VIGÊNCIA DE 10 ANOS, JÁ EXCLUIU A IMPLANTAÇÃO DA “IDEOLOGIA DE GÊNERO” NAS ESCOLAS DA CITY. 
(Como disse uma advogada consultada pelo Correio, nesta matéria, esse Projeto de Emenda nada mais é do que uma forma absurda e inaceitável de CENSURAR O DIREITO CONSTITUCIONAL DO VEREADOR: O DE LEGISLAR SOBRE QUALQUER ASSUNTO).
Então, pra que criar uma confusão dos infernos, apresentando uma Emenda sobre um tema que já foi resolvido no PME? “Realmente, dentro do PME não existe nada (sobre ideologia de gênero), mas o que acontece é que ela (ele quis dizer “ele”, o PME) está frágida (ele quis dizer “frágil”, pois a palavra “frágida” não existe)”, justificou Caprino (PRB), durante a votação. Ou seja, para ele, apenas a exclusão do assunto do PME , a “Carta Magna” da Educação Municipal, não basta – a Lei Orgânica tem que proibir qualquer futura discussão sobre a questão.  “A Emenda não proíbe, ela apenas dificulta ao máximo futuras proposituras sobre o assunto. Depois, se quiserem, é só os vereadores se juntarem e mudar a lei, pronto”, argumentou o Presidente, como se a Lei Orgânica do Município fosse uma coisa qualquer, que pode ser mudada a qualquer hora, na maior tranquilidade. Mais do que falta de preparo, pra mim, isso é um descaso com a Carta Magna da Cidade.
Os argumentos descabidos do “SALVADOR DOS MORADORES DO ANTIGO MENEZES” E, AGORA, “DEFENSOR-MOR DA FAMÍLIA”,  não convenceram os vereadores Custódio Campos (PT), Doutor João Mota (PT) e Angela Duarte (PRTB).

“O senhor instigou uma coisa que não está sendo discutida (ideologia de gênero, sexualidade ou coisa do tipo, mas sim a censura vergonhosa ao trabalho do legislativo)  nesta Casa. O senhor não tem o direito de instigar a violência, e sim de exercer a sua função, como Presidente”, disparou Angela (PRTB). Pra quê!!! Caprino (PRB) pediu a palavra, levantou o dedinho e classificou  como irresponsável a declaração da vereadora, pois ele não estaria instigando nada. Pergunto: “Jura, vereador? E o que aconteceu na sessão foi instigado por quem? Pelo Cavalo de João Dantas?”. 

Credenciado pelos seus 20 anos de advocacia, o Doutor João Mota (PT), mandou bem na lata: “ESSA EMENDA É ILEGAL, APLICANDO-SE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL; É ILEGAL, APLICANDO-SE A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO”. O presidente continuou batendo o pé, que não. Já  Custódio Campos, como não fazia há um bom tempo, deu um verdadeiro show de coerência e responsabilidade com um assunto tão sério. “Essa Emenda está criando uma neurose na sociedade. Algumas pessoas me perguntaram se era hoje que iríamos votar o projeto do banheiro, que coloca todas as crianças no mesmo banheiro, quando isso não está aqui (apontando para o projeto da Emenda). A Câmara está gerando um mal entendido na população”, disse o petista, e finalizou: “NÃO RENUNCIO À MINHA CONDIÇÃO DE LEGISLAR. A partir do momento que coloco isso (ele quis dizer se votasse favorável à Emenda) na Lei Orgânica estou dizendo que não sou competente e não tenho discernimento para ver o que é melhor para sociedade. Por isso voto contrário à legalidade e também ao mérito deste projeto”. Bravoooooooo!!!!
O vereador Zé Coco (PTB) argumentou que O TAL PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO “NEM PRECISAVA ESTAR NA CASA”, o que comprova  a inconsequência do presidente Caprino (PRB) de pautar um assunto que (repito), já havia sido ENCERRADO, POR 10 ANOS, PELO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (PME). A gana eleitoreira capriniana gerou, no passado, e está gerando, agora, mais uma vez, conflitos entre pessoas do bem, as quais, sem exceção, possuem pais, mães, irmãos, tios, avós, sobrinhos, ou seja, FAMÍLIAS. Vejam o quanto pode ser nocivo para a sociedade um ato irresponsável de alguém que deveria pautar suas ações públicas, também, pela paz e harmonia entre as diferentes camadas da sociedade, que o elegeu para representá-la em um poder tão importante, como o Legislativo. É um absurdo.
Enquanto Custódio, Doutor João Mota e Angela não renunciaram ao papel para o qual foram eleitos pela sociedade – O DE LEGISLAR, seja sobre que assunto for, onze vereadores renunciaram, sem o menor constrangimento, e a legalidade da Emenda absurda – SINÔNIMO DE CENSURAfoi aprovada, com o voto de Caprino (PRB), por 12 a 3. Quem imaginaria uma coisa dessas? Realmente, Caprino (PRB) pode ser considerado o “Eduardo Cunha” de Paulínia, pois, assim como o lá de Brasília, faz e aprova o que quer, por aqui. Até o apoio de vereadores mais esclarecidos, como o médico Gustavo Yatecola (PT do B) e o advogado Fábio Valadão (PROS), dois amigos queridos, ele conseguiu. “Parabéns, Presidente”! 
Gente, não é possível que os vereadores não consigam enxergar que, assim como aconteceu no caso do “PL do Menezes”, o que o presidente da Casa quer é: primeiro MÍDIA, E DEPOIS OS VOTOS DAQUELES QUE ACREDITAM EM SUAS “BOAS INTENÇÕES”. E o mais engraçado é ver  vereadores caindo feito patinhos, nas armadilhas caprinianas, independente se por ingenuidade, falta de atenção, ou mesmo pelas conveniências do  jogo político. Não importa: há coisas que não podem acontecer, coisas que eles não podem concordar só porque o “Presidente quer”, afinal, é bom lembrar que  nenhum Presidente é dono da Câmara e muito menos dos mandatos de seus colegas – TÔ ERRADO? 
O “Eduardo Cunha” de Paulínia conseguiu o que queria: convidou líderes religiosos para acompanhar uma coisa e foi aprovada outra (lamentavelmente, a maioria dos vereadores embarcou na dele) e a sessão foi um verdadeiro furdunço, com gritos e insultos pra tudo quanto é lado. Maaaaaaaaas, depois da aprovação da Emenda, Caprino (PRB) entregou a Mesa ao Vice Fiorella (PP) e só retornou ao Plenário quando o primeiro-secretário Zé Coco (PTB) começou a leitura das Ementas das Moções do dia. 
Finalizando, por hoje, quero deixar uma mensagem ao Presidente da nossa Câmara e demais vereadores:

“Presidente, quem o senhor pensa que é, para brincar assim com as pessoas? Esse seu discurso em DEFESA DA FAMÍLIA, para mim, é falso e demagogo, ao quadraaaaaaaaado. E me responda outra coisa: QUAL FAMÍLIA O SENHOR DIZ DEFENDER? A minha é que não é, pois a minha, meu pai, minha mãe (mesmo lá do céu), meus irmãos e eu defendemos. Portanto, sugiro que o Senhor faça o mesmo com a sua, e deixa as dos outros em paz. NENHUM POLÍTICO, INCLUSIVE O SENHOR, FOI ELEITO PARA SE INTROMETER NA VIDA PARTICULAR DAS PESSOAS E MUITO MENOS DEFINIR O QUE É OU NÃO É FAMÍLIA. 


No seu caso, o senhor e os demais vereadores foram eleitos para criar e aprovar leis, que beneficiem a vida da população, especialmente, as pessoas mais carentes. Estou falando de mais EDUCAÇÃO, TRANSPORTE, SAÚDE, EMPREGO, HABITAÇÃO, SEGURANÇA E MENOS CORRUPÇÃO. Além disso, os senhores foram eleitos, também, para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, oriundos dos impostos pagos por brancos, negros, ricos e pobres, gays ou héteros.

O Senhor, como atual ordenador de despesas do Legislativo Paulinense, deveria mesmo é gastar menos o dinheiro do contribuinte paulinense em tantas contratações de serviços de necessidade duvidosa e, pior, sem nenhum benefício à população.


Demais Vereadores, prestem mais atenção em projetos que são verdadeiras armadilhas, em benefício exclusivo de um só beltrano ou sicrano. Não se deixem levar por certas pressões, arquitetadas por quem não está nem aí com os Senhores, pois na hora H, bem sabem que é cada um por si – OU NÃO É?”
Bem meus amores, é o que tenho para hoje. Um fim de semana espetacular e abençoado para todos nós. QUE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO NOS LIVRE DE TODO MAL, AMÉM! Muitos beijos e abraços. Au revoir!

Foto: Reprodução/Internet

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