Correio Paulinense

Paulínia, 28 de março de 2024
Atletas e professores sofrem com a falta de condições mínimas para exercerem a cidadania, através do esporte

Última atualização em 20 de janeiro de 2014

Por Lucas Rodrigues
[imagem] Com o Orçamento deste ano estimado em R$ 1.435.765.000,00 (um bilhão, quatrocentos e trinta e cinco milhões e setecentos e sessenta e cinco mil reais), sendo que deste total foram designados R$ 17.464.780,00 (dezessete milhões, quatrocentos e sessenta e quatro mil e setecentos e oitenta reais) para Desportos e Lazer, fica difícil acreditar que atletas e professores de diversas modalidades sofrem com a falta de apoio municipal ao esporte. 
O faixa marrom Emerson Mi é apenas um dos muitos atletas que vem sofrendo com a falta de apoio da Secretaria de Esportes e Recreação (SER). O paulinense lutador de Jiu-Jitsu da Academia Blaster de Paulínia é o atual Campeão Brasileiro da modalidade e para ser o número um treina e se esforça diariamente para representar a cidade em diversas competições regionais, estaduais, nacionais e internacionais. Por amor ao esporte Mi engrandece um munícipio que em todo o Brasil tem a fama de “rico”, no maior estilo super potência financeira. 
Quando um atleta  paulinense sobe no lugar mais alto do pódio  todos acham que o apoio público é forte, mas a realidade não é bem esta. No último fim de semana (18 e 19), Mi deixou de competir no importante Trial Abu Dhabi, que aconteceu no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo e reuniu os maiores nomes do Jiu-Jitsu Internacional, mas o lutador de Paulínia não pôde participar por falta de condições financeiras para arcar com transporte, alimentação e inscrição para o evento. 
Segundo o mestre Leandro Moura, esta não foi a primeira vez que este episódio ocorreu na Blaster. Durante todo o ano de 2013 a academia não recebeu nenhum incentivo público. Diversos lutadores de Muay Thai, MMA, Karatê e Jiu-Jitsu deixaram de competir em torneios importantes por falta de apoio financeiro. A “Puro Esporte” relatou esses problemas nas edições impressa do Correio Paulinense, mas nada foi resolvido.
Outro triste exemplo do descaso é o Projeto Shiran Mercival Daminelli, criado com o intuito de levar a cidadania, através da arte marcial, para cerca de 120 judocas, entre 7 a 17 anos. Porém, nunca recebeu nenhuma ajuda da Prefeitura e por isso o Sensei Mercival Breda Daminelli se desdobra para conseguir o mínimo de condições para seguir adiante. Por causa da falta de apoio o número de atletas reduziu para apenas 30.
Outro descaso com o judô de Paulínia foi o fechamento da Associação pela Infância e Juventude (AIJ), onde o Sensei Mercival ministrou aulas para cerca de 1000 judocas, de 6 a 15 anos, durante três anos e meio nos bairros Monte Alegre, Bom Retiro, Amélia, João Aranha e Betel. Infelizmente as crianças e adolescentes foram abandonados e muitos perderam a única esperança de um futuro melhor, pois a maioria sonhava em ter uma carreira promissora na arte marcial japonesa, que se tornou potência olímpica. O Mercival até hoje não recebeu nenhum direito trabalhista e a única saída foi a porta dos fundos e o esquecimento por parte da Prefeitura.
Após ser “dispensado”, o Sensei Mercival, por conta própria, conseguiu manter uma equipe de aproximadamente 40 judocas, que em 2013 se superaram e venceram inúmeros torneios regionais e estaduais. Os alunos representaram muito bem Paulínia e a cidade que nunca apoiou os esforços dos atletas esteve por muitas vezes, no ano passado, no lugar mais alto do pódio. 
Ainda estamos no início do ano e a Equipe Mercival/CT Brasil está sofrendo uma enorme dificuldade, pois metade da equipe não têm condições de custear o registro na Federação Paulista de Judô (FPJ). Os alunos que querem participar das competições paulistas tem até 1° de março para resolver se inscreverem, mas infelizmente o risco de muitos talentos paulinenses ficar de fora do Estadual é grande. 
Foto: Lucas Rodrigues/CP Imagem

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