Correio Paulinense

Paulínia, 29 de março de 2024
NA PRESSÃO SIM. NO MANIFESTO SIM. Se assim caíram as maiores ditaduras do mundo, por que temer um ditadorzinho vingativo e frágil?

Última atualização em 6 de abril de 2014

[imagem] Grandes e históricas ditaduras foram derrubadas mundo afora, aos gritos, e junto com elas carrascos genocidas, opressores de povos cansados de não terem o domínio sobre as próprias vidas. Muitas ainda continuam de pé, mas logo serão tombadas pelo brado retumbante de milhares de vítimas, sedentas de liberdade, respeito e dignidade. Chega. A nossa intenção não é contribuir com nenhuma tese sobre as tiranias que mancharam com o sangue de milhões de inocentes a história da humanidade, por isso, esta introdução básica basta como gancho para o tema central do artigo de hoje.

Por aqui, Paulínia City, não temos tanques nas ruas, pelotões armados até os dentes, em cada esquina, e muito menos um “Saddam Hussein” de ferro, bem no centro da Praça dos Bombeiros, para derrubarmos pelo pescoço, assim como fizeram os iraquianos com um dos maiores ditadores de todos os tempos. E devemos dar graças à Deus, por isso. 
O que temos por aqui, Paulínia City, é um ditadorzinho egocêntrico, megalomaníaco, vingativo e paciente da síndrome da “superioridade máxima”. Acima de tudo e de todos – “ele é o bom, é o bom, é o bom”. Entretanto, mesmo com toda esta supremacia, quem disse que é preciso emprestar guindaste do exército americano para derrubá-lo? Isso é coisa lá das bandas de Bagdá. Na verdade, o nosso ditadorzinho foi derrubado em 2012 pela Lei da Ficha Limpa, uma iniciativa do verdadeiro exército formado por mais de um milhão de eleitores brasileiros, cansados de tantos “fichas-sujas”, comandando Cidades, Estados e até a Federação.
Claro que a Lei da Ficha Limpa ainda está longe de ser a “vassoura” que a sociedade brasileira tanto deseja ver em ação, varrendo todos os “fichas-sujas” para bem longe dos Poderes Legislativo e Executivo deste país. Porém, pra quem não tinha nada, foi um grande e importante passo. Muitos “fichas-sujas” até perderam o direito à disputa, mas não o de continuar governando. E para que serve filhos, esposas, maridos, genros, noras, irmãos, enfim, a parentada toda? Para essas horas, é claro. Ainda mais com uma Legislação Eleitoral tão generosa com a laia podre da política e Tribunais que corroboram a perpetuação no poder de uma espécie que tanto mal faz ao nosso país. 
José Antonio Dias Toffoli, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou à favor da candidatura de um filho que substituiu o pai “ficha-suja” confesso, horas antes das últimas Eleições Municipais, fazendo a seguinte ressalva: “Este Tribunal tem que impedir este tipo de fraude eleitoral”. Ou seja, Toffoli reconheceu a fraude, mas votou à favor dela. 
Hoje, quase onze meses depois da decisão do TSE, dia 23 de maio do ano passado, quem está pagando o preço da fraude não é Toffoli e nem os seus colegas Nancy Andrighi, Carmén Lúcia, Marco Aurélio e Laurita Vaz, que também assinaram embaixo. Se eles soubessem pelo menos de um terço do que está acontecendo por aqui, em Paulínia City, certamente se arrependeriam de não ter acompanhado a ministra Luciana Lóssio, a única a votar contra o deferimento da volta do ditadorzinho – a candidatura do filho, objeto oficial do julgamento, serviu apenas para legalizar o “golpe de mestres” – autor intelectual e julgadores.
Entre tantas maldades e ações praticadas, em tão pouco tempo, contra a população da cidade, especialmente a mais carente, estão segurando as chaves de 372 casas, compradas com muito sacrifício por famílias que venderam quase tudo para realizar o grande sonho. Na semana passada, prometeram soltar as chaves a partir de amanhã, segunda-feira, 07 de abril de 2014.

Caso a promessa seja cumprida, esta será uma data que ficará marcada para sempre na vida das famílias. Será um alívio, pois mesmo fazendo das tripas corações para pagarem a “pré-obra”, nada se compara ao preço da humilhação, falta de respeito e indiferença, impostas pelo ditadorzinho, por trás das cortinas. Caso soltem mesmo as chaves, a partir de amanhã, os dois manifestos, a mobilização nas redes sociais e a cobertura da imprensa contribuíram e muito para esta conquista.

O mais curioso é que mesmo pisoteadas por quem deveria respeitá-las, entregando logo as chaves das casas que compraram com o suor de anos de trabalho, alguns proprietários temem o lado vingativo do ditadorzinho e criticam a firmeza de quem está lutando por eles e por todos. Líder fraco e medroso, causa perdida. Não tem que temer não. Tem que ir “pras cabeças” e exigir o que é de direito. Tem que avisar mesmo: “olha se não cumprir, vamos às ruas”. O povo iraquiano acordou, foi pra cima de um ditador cruel e o tirou do poder. Então, como temer a vingança de um ditadorzinho tão pesado quanto a tal “menina de isopor”, derrubada por uma ventania um pouco mais forte, na Primavera de 2009? Avante!
Foto: Goran Tomasevic/Reuters

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