Correio Paulinense

Paulínia, 28 de março de 2024
Será que o “Manto de Cristal” seria construído até o fim do mandato do pai, assim como o filho disse que devolveria os mais de 12 milhões desviados da saúde e educação?

Última atualização em 10 de maio de 2015

[imagem] Com a mais recente sentença judicial da construção da “Pirâmide Mourista”, sobre a centenária Igreja São Bento e Museu de Paulínia (leia matéria), surge a pergunta que não quer calar: QUANDO E COMO OS MAIS DE 115 MILHÕES DE REAIS, PAGOS PELA OBRA EMBARGADA E, AGORA, PROÍBIDA, SERÃO DEVOLVIDOS AOS COFRES PÚBLICOS DE PAULÍNIA? Ixiii! Vai tempo, hein!

Talvez, somente as próximas gerações poderão ver o município recuperando o dinheiro surripiado, na cara dura. Se a decisão de primeira instância levou 10 (dez) anos para ser proferida, podemos imaginar o longo caminho que este processo ainda tem a percorrer –  Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), depois Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, e, por fim, o Supremo Tribunal Federal (STF), a Corte de todas as Cortes do Judiciário Brasileiro.

A “Pirâmide Mourista” é a prova mais cabal do descaso com o dinheiro do contribuinte paulinense, enganado pelo fracassado projeto político “Cidade Feliz” – um absurdo estelionato público. Naquela época, enquanto o criador da “Pirâmide” usava milhões para pagar uma obra embargada pela Justiça e que sequer foi concluída, a população paulinense já sofria com a precariedade na saúde, falta de moradia, educação em frangalhos, desemprego, segurança de quinta, assistência social defasada, entre outros problemas, que só foram se agravando de lá para cá, por consequência da ganância em cima do “dinheiro do público” e não apenas “público”, como bem frisou o jornalista Alexandre Garcia, âncora do Bom Dia Brasil (Globo), nesta reportagem, sobre o mais atual escândalo mourista, dessa vez, segundo o Ministério Público (MP), com a “participação especial” do vereador e presidente da Câmara de Paulínia, Sandro Caprino (PRB). 
Vereadora, Presidente da Câmara e primeira Vice-Prefeita de Paulínia, tudo na década de 90, a odontóloga Sonia Prado de Oliveira, conhecida como Doutora Sonia, até tentou fazer Edson Moura abrir a “caixa-preta” da “Pirâmide”, para depois tomar as providências cabíveis, mas os vereadores mouristas da época não permitiram. Rejeitaram dois Requerimentos dela sobre o tema e o ex-prefeito não teve que explicar bulhufas nenhuma – usou e abusou do dinheiro público, como ele bem queria e, o que foi mais grave, com total conivência da maioria dos vereadores da época. Ainda bem que daquela “maioria mourista” restou apenas o vereador Marquinho da Bola, que cumpre o seu quarto mandato na Câmara Paulinense.
No debate eleitoral de 2012, quando Edson Moura ainda mentia ser candidato à Prefeito, um dos seus adversários na disputa perguntou “ONDE ESTAVA O DINHEIRO DA PIRÂMIDE”. Visível e extremamente nervoso, o ex-prefeito gaguejou, gaguejou e não respondeu como quem perguntou esperava e muito menos à altura que o eleitor paulinense merecia. Foi muito constrangedor. Mesmo assim, vários seguidores do mourismo aplaudiram o “falso candidato” (falso porque ele era sabidamente inelegível), que saiu dos estúdios, montados em um buffet da cidade, como o “grande vencedor” do debate – #sóquenão!
Os milhões gastos na “Pirâmide”, inclusive com uma estrutura de chapas de inox, vidro e ferro, montada em frente à Igreja São Bento para abrigar a maquete do “monumento fantasma”, tiveram o mesmo destino de tantos outros utilizados em “elefantes brancos” de concreto, sem relevante serventia para a população: sumiram pelo ralo do descaso com o dinheiro público. Porém, perto dos mais de R$ 2 bilhões públicos, que Moura pai e Moura filho pretendiam gastar, respectivamente, com a criação da tal “Paulínia Filmes” e a Parceria Público-Privada (PPP) do Parque Brasil, o dinheiro torrado na “Pirâmide Fantasma” parece “gorjeta”. 
Enquanto a Justiça Cível cuida do caso da “Pirâmide” e de outras dezenas de processos, por improbidade administrativa, malversação e desvio de dinheiro público, vinculados ou não, a Eleitoral vai atuando nas ações de fraude, abuso de poder econômico e compra de votos, nas eleições 2012. O pai, que já estava inelegível em 2012, assim permanecerá, pelo menos até 2020. O filho, ficou prefeito de julho de 2013 a fevereiro deste ano, período em que foi cassado 7 (sete) vezes.

A despedida do cargo, no último dia 4 de fevereiro, foi “triunfal”. Juntamente com o seu sucessor interino, Sandro Caprino (PRB), desviou, segundo denúncia do Ministério Público (MP), mais de R$ 12 milhões de contas vinculadas à saúde, educação e outros setores prioritários do município, que amargam as piores condições de atendimento à população, consequência do que fizeram com o dinheiro das pastas no passado e no presente recente..  

À imprensa local, Caprino (PRB) disse que não desviou nada, apenas pagou o que o prefeito cassado havia deixado para ser pago (veja vídeo). Já Moura Junior (PMDB) afirmou em rede nacional (Bom Dia Brasil – Globo) que “apenas remanejou os recursos, mas que pretendia devolver o dinheiro, até o fim do mandato”.  Assim o dinheiro paulinense foi sumindo e eles ainda querem voltar para sumirem com outros “trocados” nossos. VAI UMA PIRÂMIDE FANTASMA OU UMA CONTA VINCULADA AÍ? 

Foto: Reprodução/Internet

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